RELATO DE CASO: ERITRODERMIA ESFOLIATIVA DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO.

Publicado em 15/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
RELATO DE CASO: ERITRODERMIA ESFOLIATIVA DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO.
Autores
  • Thaís Maia de Oliveira
  • Attilio Valentini
  • Renata de Almeida Peralta
  • Paulo Combacau Gonçalves
  • Luciana Teixeira Velloso
  • Patricia Laura de Lacerda Viggiano
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
Geral
Data de Publicação
15/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sc_fase/195137-relato-de-caso--eritrodermia-esfoliativa-desafios-no-diagnostico
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Eritrodermia esfoliativa, ptiríase rubra pilar, psoríase
Resumo
Introdução: A eritrodermia esfoliativa é uma síndrome definida por eritema e descamação difusos, podendo cursar com prurido. A distinção do presente trabalho consiste na dificuldade em estabelecer um diagnóstico diante de um quadro de eritrodermia esfoliativa, sendo os mais prováveis: psoríase ou ptiríase rubra pilar (PRP). Relato de caso: Paciente masculino, 47 anos, branco. Relatou início de lesões hiperemiadas e escamativas em couro cabeludo, sem outros sintomas. Evoluiu com pápulas, depois com placas, estendendo-se pelo tronco, abdome e dorso. Procurou emergência e foi medicado com Hidrocortisona injetável. Com piora do quadro, foi internado no Hospital Alcides Carneiro, Petrópolis/RJ, e as hipóteses consideradas foram de psoríase e PRP. A análise histopatológica de duas biópsias de pele obtidas revelou padrão psoriasiforme de resposta tecidual, havendo paraceratose extensa que se intercalava com áreas mais focais, além de acantose relativamente regular com ectasia e congestão de vasos papilares. Sendo considerado compatível com Psoríase sem que PRP pudesse ser afastada. Optou-se por prescrever Metotrexato inicialmente na dose de 17,5mg/semana, permanecendo com essa dose por 3 semanas, sendo aumentada para 20mg/semana, por mais 4 semanas, sem resposta. Assim, decidiu-se pela suspensão do mesmo, iniciando a Acitretina na dose de 30mg/dia, tendo melhora após 1 semana. Discussão: A eritrodermia esfoliativa se inicia com placas eritematosas, podendo atingir todo corpo, com descamação amarelada ou branca. Em fase avançada, pode haver destruição dos anexos, liquenificação e fissuras, alopécia generalizada, distrofia ungueal, edema periorbital crônico, ectrópio, epífora, adenopatia e hepatomegalia. É necessária, na maioria das vezes, a realização de múltiplas biópsias cutâneas. O presente relato aborda um caso de eritrodermia escamativa, de instalação aguda, tendo duas etiologias mais prováveis: psoríase e PRP. A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações, imunomediada, de base genética, com grande polimorfismo de expressão clínica. Manifesta-se por placas eritematoescamosas, bem delimitadas, pruriginosas, circundadas por halo claro em áreas de traumas constantes na pele. A eritrodermia ocorre em pacientes com psoríase em placas que sofrem agudização, mas também pode ser uma evolução da psoríase pustulosa generalizada. A psoríase eritrodérmica acomete mais de 90% da superfície corporal, com eritema intenso, esfoliação difusa, alopécia, alterações ungueais. A PRP é uma rara dermatose inflamatória pápulo-escamosa e com uma clínica muito variada. Sua etiologia é desconhecida, pode ser adquirida ou uma herança familiar. Quando eritrodérmica é caracterizada pela presença de placas eritematoescamosas, alaranjadas, bordas elevadas e áreas sãs em seu interior, na face e couro cabeludo, evoluindo de forma craniocaudal, principalmente em região palmoplantar, mucosa oral e ocular e unhas. Os quadros leves de psoríase podem ser tratados com corticóides tópicos ou intralesionais ou ceratólítico. Nos casos moderados/graves a fototerapia é a primeira opção. Caso não haja melhora iniciamos Metotrexate 7,5-25mg/semana VO durante 6 semanas ou Acitretina 0,5 a 1,0 mg/kg/dia antes do almoço durante 3 meses. Já como opções ao tratamento da PRP tem-se o uso de hidratantes ou ácido láctico a 12%, em oclusão, seguido de corticoide tópico. Acitretina oral na dose de 0,5 a 1mg/kg/dia com benefício máximo ocorrendo em 3 meses ou Metotrexato na dose inicial de 15mg-30mg/semana, utilizados em pacientes resistentes ao tratamento tópico. Conclusão: O caso ilustra a busca pelo diagnóstico correto com o fito de proporcionar o controle adequado eritrodermia, evitando complicações. A biópsia associada ao exame clínico e laboratorial é de grande importância. Após o início do tratamento com Acitretina, a melhora do paciente foi evidente, restabelecendo a autoestima do paciente e garantindo seu retorno ao convívio social.
Título do Evento
Semana Científica FMP/FASE
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, Thaís Maia de et al.. RELATO DE CASO: ERITRODERMIA ESFOLIATIVA DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO... In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SC_FASE/195137-RELATO-DE-CASO--ERITRODERMIA-ESFOLIATIVA-DESAFIOS-NO-DIAGNOSTICO. Acesso em: 10/05/2025

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