PARALISIA FACIAL CONGÊNITA: CONSEQUÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS

Publicado em 15/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
PARALISIA FACIAL CONGÊNITA: CONSEQUÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS
Autores
  • Bruna Carbonelli Hortas
  • Fernanda Trece Torres
  • LANA SAYURI MAKITA
  • RODOLFO VIEIRA HAACK
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
Geral
Data de Publicação
15/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sc_fase/194844-paralisia-facial-congenita--consequencias-oftalmologicas
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Oftalmologia, Oftalmopediatria, Sinal de Bell, Parasilia Facial
Resumo
INTRODUÇÃO: A paralisia facial (PF) é definida clinicamente como paralisia facial do sétimo par craniano que está presente ao nascimento. A sua incidência é de 2 a cada 1000 nascidos vivos.1 A paralisia do nervo facial é geralmente unilateral, sendo possível evidenciar sinais como ausência de rugas na testa, dobras nasolabiais rasas ou ausentes no lado afetado, movimento prejudicado dos lábios, assimetria da face, especialmente ao chorar com desvio da comissura labial. Em casos graves, apresenta também fechamento ocular prejudicado, completa ausência de movimentos faciais no lado afetado, assimetria facial em repouso e dificuldade na alimentação por causa do comprometimento da sucção. RELATO DO CASO CLÍNICO: Recém-nascido (RN), feminino, branco, nascido por parto cesáreo, a termo, pesando 4365 gramas, Apgar 9-9. Pré-natal com início no primeiro trimestre, sem intercorrências. Ao nascer, apresentou assimetria dos músculos da face com desvio da comissura labial a direita, apagamento do sulco nasolabial à esquerda e fraqueza orbicular do olho esquerdo ao fechamento ocular, configurando paralisia facial à esquerda, sem demais alterações neurológicas ao exame. As sorologias para infecções congênitas foram solicitadas, apresentando resultado negativo. Durante internação foi realizada a ultrassonografia transfontanela, sem alterações. Pela neuropediatria foi dada a hipótese diagnóstica de paralisia facial congênita ou paralisia facial à compressão do nervo facial intra-útero. Na avaliação oftalmológica foi observada ausência de reflexo de Bell no olho esquerdo com exposição corneana, com ausência de lesões ou ceratite, fundoscopia sem alterações, sendo prescrito lubrificação ocular contínua com oclusão palpebral periódica. RN permaneceu estável, recebendo alta no 5º dia de vida para acompanhamento ambulatorial. Retornou no dia seguinte para realização de ressonância magnética do encéfalo, que também não apresentou alterações. DISCUSSÃO: As principais etiologias da PF são anomalias do desenvolvimento intra-útero e condições congênitas adquiridas pós-natais. As causas do desenvolvimento incluem infecções intrauterinas e aplasia do núcleo do nervo facial, enquanto que as adquiridas são normalmente relacionadas ao parto, especialmente o uso de fórceps. O diagnóstico é inicialmente clínico com exame físico e análise do histórico do parto. Exames complementares são necessários para avaliação etiológica como sorologias, sendo importantes para exclusão de infecções congênitas. Os exames de imagem nos permitem visualizar alterações anatômicas e anomalias do nervo facial.5 Se não houver melhora após 3 meses de vida, realiza-se da eletromiografia. As alterações oculares associadas a essa condição são olho seco e lesão de córnea por exposição devido a impossibilidade de fechamento ocular. O tratamento pode ser subdividido em temporário, utilizando lubrificantes tópicos, visando controlar o ressecamento ocular para proteção de lesão corneana, uso de toxina botulínica ou tarsorrafia, que são opções que causam ptose palpebral. Quando não há previsão de melhora funcional do nervo, faz-se a proteção a longo prazo da córnea, optando por realizar o tratamento permanente como cirurgias. CONCLUSÃO: Os casos de paralisia facial em neonatos são infrequentes na prática médica. O presente caso foi definido como idiopático. O estudo mostrou escassez de referências bibliográficas relacionadas ao assunto. Ressalta-se com o caso a importância do diagnóstico precoce para uma conduta eficaz afim de evitar complicações oftalmológicas durante o desenvolvimento em pacientes portadores de PF, promovendo melhor qualidade de vida.
Título do Evento
Semana Científica FMP/FASE
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

HORTAS, Bruna Carbonelli et al.. PARALISIA FACIAL CONGÊNITA: CONSEQUÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SC_FASE/194844-PARALISIA-FACIAL-CONGENITA--CONSEQUENCIAS-OFTALMOLOGICAS. Acesso em: 16/07/2025

Trabalho

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