OSTEONECROSE IDIOPÁTICA DE OCORRÊNCIA ESPONTÂNEA EM MAXILA: RELATO DE CASO.

Publicado em 15/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
OSTEONECROSE IDIOPÁTICA DE OCORRÊNCIA ESPONTÂNEA EM MAXILA: RELATO DE CASO.
Autores
  • Mariana Chris França de Hollanda
  • Vinícius Costa Barbosa
  • Gines Alves de Sousa
  • Nathália De Almeida Freire
  • Thayanne Calcia
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
Geral
Data de Publicação
15/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sc_fase/194063-osteonecrose-idiopatica-de-ocorrencia-espontanea-em-maxila--relato-de-caso
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Osteonecrose, idiopática, mandíbula, sequestro ósseo
Resumo
A osteonecrose dos maxilares é uma condição clínica caracterizada pela presença de osso exposto ou sondável na cavidade oral, cuja permanência se dá por mais de oito semanas após a identificação (Ruggiero et al., 2014). Infecção, trauma e diminuição da vascularização são fatores envolvidos em sua patogênese. O uso de alguns medicamentos reabsortivos e a radioterapia prévia de cabeça e pescoço são classicamente associados ao estabelecimento da osteonecrose, contudo, alguns casos ocorrem sem causa estabelecida (McMahon et al., 2014). Neste relato, apresentamos um caso incomum de osteonecrose da maxila não relacionada ao uso de antirreabsortivos e sem fator associado identificável. Paciente do gênero feminino, 53 anos, apresentou-se à Clínica de Diagnostico Integrado do Ambulatório Escola (AMBE-Fase) com queixa dentária, sem sintomatologia dolorosa. A paciente relatou ser hipertensa e, para controle pressórico, tomava losartana, fármaco prescrito por seu médico. Ainda, informou ter recentemente descoberto quadro de artrose, sem ainda buscar tratamento para a condição. Negou tabagismo e declarou consumir bebida alcoólica esporadicamente. A paciente portava próteses dentárias removíveis superiores e inferiores com necessidade de troca. Ao exame físico extraoral, não apresentou alterações. Contudo, ao realizar-se o exame intraoral, observou-se uma região amarelada em maxila, de contorno bem definido, na região supravestibular na região dos molares direitos. A lesão era endurecida à palpação, apresentava aparência de osso necrótico e era circundada por mucosa oral de aspecto normal. Quando questionada, a paciente relatou ter ciência da presença da alteração, no entanto, não procurou ajuda profissional por não saber o diagnóstico nem apresentar dor associada à lesão. A região não apresentava sinais clínicos de infecção, nem drenagem de pus. Quando novamente questionada, informou nunca ter utilizado fármacos antirreabsortivos ou bisfosfonatos, tampouco ter histórico de câncer ou radioterapia de cabeça e pescoço. Com base nos achados clínicos, solicitou-se uma radiografia panorâmica para melhor avaliação do quadro. No exame de imagem, observou-se discreta rarefação óssea na região correspondente à lesão, característica compatível com o diagnóstico clínico prévio de osteonecrose dos maxilares. Considerando o relato fornecido na anamnese e a ausência de fatores etiológicos associados à ocorrência dessa exposição óssea, o diagnóstico foi de osteonecrose dos maxilares idiopática. A osteonecrose dos maxilares é uma condição clínica de crescente ocorrência atualmente, principalmente devido ao uso, por vezes indiscriminado, de fármacos antirreabsortivos. Nesses pacientes, o osso torna-se avascular e sua resposta frente a manipulações, como exodontias, está alterada, desencadeando o processo de necrose (Ruggiero et al., 2014). Em nosso caso, apresentamos a ocorrência de osteonecrose idiopática, quadro clínico incomum. Além disso, em nosso relato, a maxila foi o sítio acometido, o que ocorre em menor frequência quando comparado ao osso mandibular (Marx et al., 2003). Diversas estratégias terapêuticas podem ser utilizadas nesses casos, a depender da apresentação clínica. O uso de fármacos antimicrobianos, a laserterapia e o debridamento cirúrgico são algumas delas (Marx et al., 2005). A paciente encontra-se atualmente em acompanhamento em nossa clínica de Diagnóstico e realizará sessões de laserterapia com laser de baixa potência a fim de propiciar o sequestro do osso necrótico, possibilitando, assim, o recobrimento do osso subjacente.
Título do Evento
Semana Científica FMP/FASE
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

HOLLANDA, Mariana Chris França de et al.. OSTEONECROSE IDIOPÁTICA DE OCORRÊNCIA ESPONTÂNEA EM MAXILA: RELATO DE CASO... In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SC_FASE/194063-OSTEONECROSE-IDIOPATICA-DE-OCORRENCIA-ESPONTANEA-EM-MAXILA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 02/05/2025

Trabalho

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