APLICABILIDADE DA VIDEOMEDIASTINOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DE PATOLOGIAS TORÁCICAS - HUGG/UNIRIO

Publicado em 15/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
APLICABILIDADE DA VIDEOMEDIASTINOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DE PATOLOGIAS TORÁCICAS - HUGG/UNIRIO
Autores
  • Pedro Guimarães Rocha Lima
  • Maria Ribeiro Santos Morard
  • Rossano Kepler Alvim Fiorelli
  • Mario Lyrio Pereira
  • Alexandre Finóquio Virla
  • Lorena Duarte Fernandes
  • Alfredo Jorge Vasconcellos Duarte
  • Pablo Nogueira Linhares Marques de Magalhães
Modalidade
Trabalhos Científicos
Área temática
Geral
Data de Publicação
15/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sc_fase/190374-aplicabilidade-da-videomediastinoscopia-no-diagnostico-e-estadiamento-de-patologias-toracicas---huggunirio
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
videomediastinoscopia, câncer de pulmão, pulmão, cirurgia torácica, linfonodomegalia, mediastino, estadiamento, diagnóstico
Resumo
Introdução: A mediastinoscopia cervical é um método invasivo que possibilita o diagnóstico de doenças torácicas com comprometimento mediastinal e permanece como o padrão ouro para o estadiamento mediastinal do câncer de pulmão. A videomediastinoscopia (VM) é a versão contemporânea aprimorada da mediastinoscopia convencional (MC) e que apresenta vantagens técnicas claras, porém ainda faltam dados objetivos quanto à sua superioridade em termos de sensibilidade e segurança. Objetivo: Avaliar a sensibilidade diagnóstica da VM no estadiamento do câncer de pulmão e no diagnóstico de outras doenças com envolvimento mediastinal. Avaliar o número de estações linfonodais mediastinais biopsiadas e taxas de complicações da VM comparando com a MC, método previamente utilizado na Divisão de Cirurgia Torácica do HUGG. Metodologia:Realizou-se um estudo transversal e observacional onde foram analisadas 69 VM realizadas entre os anos de 2012-2019 com a finalidade de diagnosticar e/ou estadiar o câncer de pulmão com evidência de linfonodomegalia mediastinal (LM) na TC de tórax ou massa pulmonar = 3 cm ainda que sem evidência de LM, ou outras doenças com suspeita de envolvimento mediastinal. O instrumento utilizado foi o videomediastinoscópio Karl Storz de Lerut (figura 1). Os pacientes foram agrupados e analisados segundo as variáveis: sexo, idade, história clínica, evidência na TC de tórax de linfonodos mediastinais e/ou de massa pulmonar, realização prévia de broncoscopia, estações linfonodais biopsiadas e cirurgia complementar. 43 MC realizadas entre os anos 1994-2012 também foram analisados, sendo utilizado o mediastinoscópio Karl Storz convencional. Os dados foram catalogados e analisados através de planilhas do software Microsoft ® Excel 2013 (15.0.4659.1000 Copyright© Microsoft Corporation 2013). Resultados: No total de 69 VM, a média de idade dos pacientes foi 59,3 anos, sendo 37 do sexo feminino (53,6%) e 32 do sexo masculino (46,4%); Vinte e cinco (36,23%) com histórico de tabagismo, sendo 14 mulheres (56%) e 11 homens (44%). Houve um total de 482 biópsias em linfonodos mediastinais distribuídos nas estações 2R, 2L, 4R, 4L e 7, média de 6,98 biópsias por paciente. Foram diagnosticados 22 casos (31,9%) de câncer de pulmão com acometimento linfonodal – sensibilidade de 100% e especificidade de 80%; 10 casos (14,5%) de outras doenças – sensibilidade 100% e especificidade 63%. Os demais 37 pacientes (53,6%) foram linfadenites inespecíficas sem malignidade. Destes 37 pacientes, 04 tiveram confirmação diagnóstica de câncer de pulmão sem envolvimento mediastinal e 02 de outras doenças benignas igualmente sem envolvimento mediastinal. A sensibilidade geral do método foi de 84%. Na MC, obteve-se um total de 58 biópsias, média de 1,35 por paciente e foram diagnosticados 07 casos (16,27%) de câncer de pulmão, 14 casos (32,5%) de outras doenças e 22 casos (51,23%) de linfadenites inespecíficas sem malignidade. Não houve óbito nem complicações trans ou pós-operatórias na VM, enquanto na MC houve 01 caso de paralisia recorrencial transitória. Dos 69 casos de VM, a broncoscopia foi realizada previamente em 34, com diagnóstico conclusivo em 4 casos (CA pulmão). Destes 34 casos, a VM foi positiva em 15. Dos 30 casos em que a broncoscopia foi negativa, a VM foi positiva em 14 (09 CA pulmão). Destes 14 casos positivos, 12 apresentavam linfonodomegalia mediastinal na TC. Em relação à TC, havia evidência de LM em 46 dos 69 casos, do quais a VM demonstrou positividade em 20 casos. Conclusão: A VM mostrou-se importante ferramenta para o diagnóstico e estadiamento do câncer de pulmão e de outras patologias com acometimento mediastinal. Demonstrou ser um método seguro, eficaz, com mortalidade zero e com especificidade diagnóstica de 100%. Possibilitou maior número de biópsias, bem como maior número de estações linfonodais biopsiadas em relação à MC.
Título do Evento
Semana Científica FMP/FASE
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Pedro Guimarães Rocha et al.. APLICABILIDADE DA VIDEOMEDIASTINOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DE PATOLOGIAS TORÁCICAS - HUGG/UNIRIO.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SC_FASE/190374-APLICABILIDADE-DA-VIDEOMEDIASTINOSCOPIA-NO-DIAGNOSTICO-E-ESTADIAMENTO-DE-PATOLOGIAS-TORACICAS---HUGGUNIRIO. Acesso em: 12/06/2025

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