A MÃE PRETA E O OBJETO DE AMOR NAS SOCIEDADES COLONIZADAS: O APAGAMENTO DAS BABÁS NA PSICANÁLISE

Publicado em 26/09/2021 - ISBN: 978-65-5941-340-9

Título do Trabalho
A MÃE PRETA E O OBJETO DE AMOR NAS SOCIEDADES COLONIZADAS: O APAGAMENTO DAS BABÁS NA PSICANÁLISE
Autores
  • Adriana Simões Marino
  • ALINE SOUZA MARTINS
  • Bárbara Cristina Souza Barbosa
  • Estanislau Alves Da Silva Filho
  • Mariana Cavichioli Almeida
  • Priscila Santos
  • Tahamy Louise Duarte Pereira
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
GT 01 | A transmissão em psicanálise no contexto brasileiro: racialização para uma formação ético-política
Data de Publicação
26/09/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sbpp/383967-a-mae-preta-e-o-objeto-de-amor-nas-sociedades-colonizadas--o-apagamento-das-babas-na-psicanalise
ISBN
978-65-5941-340-9
Palavras-Chave
babá; mãe preta; psicanálise.
Resumo
O texto apresenta a importância de considerarmos a figura da mãe preta no processo de constituição da subjetividade, considerando, especialmente, o cuidado praticado por babás no complexo de Édipo. A partir das críticas à descrição freudiana desse processo, apresentadas pelas autoras Rita Segato (2006), Lélia Gonzalez (1983) e Anne McClintock (2010), se pretende destacar as discussões em torno da interseccionalidade entre gênero, raça e classe que evidenciam relações de poder que influenciaram a construção teórica e a desconsideração da importância dessas trabalhadoras na constituição subjetiva. Para essas autoras babás, amas de leite, mães pretas e as cuidadoras pagas e escravizadas, sofreram um processo de apagamento pela historiografia psicanalítica e pelo romance familiar burguês. Segato (2006) define esse processo como “foraclusão da mãe-preta”, enquanto, Gonzalez (1983) e McClintock (2010) o identificam como "denegação". Para todas as autoras existem consequências sintomáticas a nível psíquico e social, como a misoginia e o racismo pela via do fetiche, da degradação ou do apagamento. Com esse trabalho apresentamos parte do grande número de releituras do complexo de Édipo com as quais temos nos deparado contemporaneamente e os impasses teóricos impostos por aqueles que reivindicam a importância das cuidadoras e escravizadas na constituição psíquica. Esse trabalho realizado a partir de uma construção coletiva do Grupo de Relações Raciais Psicanálise e Gênero que parte do Laboratório PSOPOL, dialoga fortemente com a proposta do GT 01, "A transmissão em psicanálise no contexto brasileiro: racialização para um formação ético-política" inclusa no Eixo 1 que pretende, como citado no resumo da mesa, discutir a formação em psicanálise e suas alternativas, discutindo conceitos, teorias, estratégias discursivas de apagamento/esvaziamento epistêmico-crítico de discursos raciais, além de considerar a racialização do sujeito na psicanálise usando conexões com trabalhos de outras áreas e saberes que ajudem a pensar a transmissão ético-política da psicanálise
Título do Evento
XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política | Ofensivas anti-democráticas, colonialidade, experiências de subjetivação política e a crise da democracia no Brasil
Título dos Anais do Evento
Anais do XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MARINO, Adriana Simões et al.. A MÃE PRETA E O OBJETO DE AMOR NAS SOCIEDADES COLONIZADAS: O APAGAMENTO DAS BABÁS NA PSICANÁLISE.. In: Anais do XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política. Anais...Belo Horizonte(MG) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sbpp/383967-A-MAE-PRETA-E-O-OBJETO-DE-AMOR-NAS-SOCIEDADES-COLONIZADAS--O-APAGAMENTO-DAS-BABAS-NA-PSICANALISE. Acesso em: 19/07/2025

Trabalho

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