CORPOREIDADE AFRICANA E DEFICIÊNCIA: DECOLONIALIDADE COMO PARADIGMA CONTRA A DICOTOMIA HUMANO E ANIMAL

Publicado em 26/09/2021 - ISBN: 978-65-5941-340-9

Título do Trabalho
CORPOREIDADE AFRICANA E DEFICIÊNCIA: DECOLONIALIDADE COMO PARADIGMA CONTRA A DICOTOMIA HUMANO E ANIMAL
Autores
  • Gabrielle da Silva Monteiro
  • GABRIELY KRUGER DUTRA
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
GT 28 | Psicologia, Direitos Humanos e a Politização da Deficiência
Data de Publicação
26/09/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sbpp/381968-corporeidade-africana-e-deficiencia--decolonialidade-como-paradigma-contra-a-dicotomia-humano-e-animal
ISBN
978-65-5941-340-9
Palavras-Chave
capacitismo, contracolonial, deficiência, decolonialidade, afrocentricidade, humanidade
Resumo
O presente trabalho é uma reflexão oriunda de duas pesquisadoras da Universidade Federal Fluminense - sendo nós duas mulheres, uma negra e a outra com deficiência - que compartilham experiências acerca do tema da deficiência e da perspectiva africana. Nesse sentido, o intuito de conectar esses saberes que nos atravessam é pensar o capacitismo como uma força que atravessa pessoas com deficiência - como marcação da diferença - mas também pessoas negras, LGBTQIA+, mulheres e pessoas de classe desfavorecidas. Dessa forma, trazer o conhecimento decolonial e propor uma ferramenta epistemológica contracolonial é o nosso objetivo, pois na perspectiva africana o corpo é universo, logo, está intrinsecamente conectado. Portanto, trazer tais perspectivas como paradigma da dicotomia humano e animal pensando na Sunaura Taylor é urgente. Sendo o capacitismo uma noção que hierarquiza, em termos de capacidade, quais corpos são mais ou menos capazes, por aptidão, devido ao modo como a desumanização opera, por conta da história do pensamento ocidental, essa força é interseccional atravessando raça, classe, gênero e deficiência. Segundo, o conceito de categoria animal (Taylor, 2017) enquanto existir uma cisão entre humanos e não humanos, por definição existirá um modelo de humanidade que não abarca a todos, ou seja, sempre haverá sujeitos à margem do “ser humano”.Portanto, a grande problemática que se estabelece é na construção de uma categoria válida de humanidade: ser um animal movido pela razão e o que foge disso, é marcado pela irracionalidade animalesca. Então, os corpos marcados pela diferença são considerados irracionais, e com essa justificativa, animalizados. No presente trabalho, convocamos uma perspectiva afrocêntrica como ferramenta contracolonial e contra a corponormatividade já que no paradigma da afrocentricidade é impossível pensar a realidade sem a conectividade. Assim, não existe a ideia de separação das partes tão bem articuladas, já que é essa experiência, tal como ela se dá, que permite a comunicação do corpo com o universo. Nesse viés, os sentidos se tornam potência já que servem como ferramenta para conhecer a realidade, interna e externa
Título do Evento
XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política | Ofensivas anti-democráticas, colonialidade, experiências de subjetivação política e a crise da democracia no Brasil
Título dos Anais do Evento
Anais do XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MONTEIRO, Gabrielle da Silva; DUTRA, GABRIELY KRUGER. CORPOREIDADE AFRICANA E DEFICIÊNCIA: DECOLONIALIDADE COMO PARADIGMA CONTRA A DICOTOMIA HUMANO E ANIMAL.. In: Anais do XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política. Anais...Belo Horizonte(MG) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sbpp/381968-CORPOREIDADE-AFRICANA-E-DEFICIENCIA--DECOLONIALIDADE-COMO-PARADIGMA-CONTRA-A-DICOTOMIA-HUMANO-E-ANIMAL. Acesso em: 16/12/2025

Trabalho

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