FEMINILIDADES SERTANEJAS E MEDICALIZAÇÃO: CARTOGRAFIA DE UMA GRUPALIDADE DE MULHERES NO SERTÃO SERIDOENSE

Publicado em 26/09/2021 - ISBN: 978-65-5941-340-9

Título do Trabalho
FEMINILIDADES SERTANEJAS E MEDICALIZAÇÃO: CARTOGRAFIA DE UMA GRUPALIDADE DE MULHERES NO SERTÃO SERIDOENSE
Autores
  • Iasmin Sharmayne Gomes Bezerra
  • Ana Karenina De Melo Arraes Amorim
  • Maria Teresa Nobre Lisboa - UFRN
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
GT 05 | Feminismos, subjetividade e política: tessituras a partir do Sul Global
Data de Publicação
26/09/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sbpp/381901-feminilidades-sertanejas-e-medicalizacao--cartografia-de-uma-grupalidade-de-mulheres-no-sertao-seridoense
ISBN
978-65-5941-340-9
Palavras-Chave
gênero; mulheres; saúde mental; gestão autônoma da medicação; sertão.
Resumo
Na perspectiva pós-estruturalista adotada neste trabalho, identifica-se o sujeito universal de alguns feminismos, centrado na mulher eurocêntrica, branca, intelectualizada e heterossexual, como insuficiente e limitante para compreender a subordinação de mulheres. Isso porque as feminilidades são diversas e possuem diferentes lugares políticos e sociais, considerando que suas vidas são atravessadas por questões regionais, de classe, étnicas e históricas específicas. Portanto, ao compreender a singularidade que compõe as histórias de vida das mulheres, questionamos sobre os efeitos de gênero nos corpos de mulheres sertanejas e medicalizadas. Subjetivadas no sertão pela identidade de “mulher-macho”, supostamente fortes e desprovidas de medo constante, muitas vezes, submissas e silenciadas, indagamos sobre quais são os desdobramentos biopoliticos em suas vidas. Assim, com essa dissertação objetivamos discutir os modos de subjetivação de mulheres sertanejas em sofrimento psíquico e medicalizadas, na cidade de Currais Novos, Rio Grande do Norte. O estudo se caracteriza como uma pesquisa-intervenção, ao alegar que só se conhece o campo ao intervir sobre ele. Utilizou-se da cartografia como um caminho a ser traçado ao longo da pesquisa, que transforma a realidade no seu processo, ao adentrar no mundo das relações, conexões e afetações atravessadas pelas complexidades sociais das quais o/a pesquisador/a faz parte e onde se subjetiviza. Além disso, o estudo se constitui como uma análise documental, pois nasceu da pesquisa de campo realizada durante 7 meses, em 24 encontros semanais, de aproximadamente 1h30. Através da formação de um grupo de mulheres, que utilizou a estratégia da Gestão Autônoma da Medicação - GAM, em uma Unidade Básica de Saúde, durante a residência multiprofissional em Atenção Básica, na qual a primeira autora desse trabalho exerceu o cargo de psicóloga. Alguns dados nessa pesquisa anterior não foram analisados, o que suscitou um novo projeto que está sendo trabalhado no mestrado. As participantes da pesquisa foram 12 mulheres de raça, classe, gerações (30 a 65 anos), sexualidade e de 06 territórios distintos da região analisada. A análise dos dados está em andamento por meio da análise de narrativas das participantes, construídas diante de diários cartográficos e das gravações em áudio, que ficaram como arquivos, dos encontros do grupo intitulado “GAM-Mulheres”. Os resultados analisados até o presente momento, pretendem descrever: 1) quem são as mulheres medicalizadas no sertão seridoense; 2) os efeitos biopolíticos dos psicofármacos nos corpos das mulheres; 3) modos de cuidado em saúde mental partilhados e construídos entre as mulheres no interior do Sertão; 4) refletir como a grupalidade GAM poderá servir como um dispositivo feminista e antimanicomial.
Título do Evento
XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política | Ofensivas anti-democráticas, colonialidade, experiências de subjetivação política e a crise da democracia no Brasil
Título dos Anais do Evento
Anais do XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BEZERRA, Iasmin Sharmayne Gomes; AMORIM, Ana Karenina De Melo Arraes; UFRN, Maria Teresa Nobre Lisboa -. FEMINILIDADES SERTANEJAS E MEDICALIZAÇÃO: CARTOGRAFIA DE UMA GRUPALIDADE DE MULHERES NO SERTÃO SERIDOENSE.. In: Anais do XI Simpósio Brasileiro de Psicologia Política. Anais...Belo Horizonte(MG) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sbpp/381901-FEMINILIDADES-SERTANEJAS-E-MEDICALIZACAO--CARTOGRAFIA-DE-UMA-GRUPALIDADE-DE-MULHERES-NO-SERTAO-SERIDOENSE. Acesso em: 16/07/2025

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