PROTOCOLO ANESTÉSICO COM FENTANIL EM CIRURGIA DE OSTEOSSÍNTESE DE CARAPAÇA EM JABUTI- CHELONOIDIS CARBONÁRIA

Publicado em 27/01/2021 - ISSN: 2237-4949

Título do Trabalho
PROTOCOLO ANESTÉSICO COM FENTANIL EM CIRURGIA DE OSTEOSSÍNTESE DE CARAPAÇA EM JABUTI- CHELONOIDIS CARBONÁRIA
Autores
  • Karen Pinheiro Dos Santos Martins
  • Áster Patricia Kerschr Bento
  • Luísa de Souza Silva
  • Eduardo Villela
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Anestesiologia
Data de Publicação
27/01/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/samvet2020/320620-protocolo-anestesico-com-fentanil-em-cirurgia-de-osteossintese-de-carapaca-em-jabuti--chelonoidis-carbonaria
ISSN
2237-4949
Palavras-Chave
Ortopedia, Silvestre, Fratura, quelônios, PIVA
Resumo
Introdução Fraturas de carapaça e plastrão em jabuti são traumas emergenciais muito comuns na rotina clínica, decorrente de quedas, mordidas de predadores e atropelamento por veículos. Dependendo da extensão do trauma, os órgãos vitais ficam a mostra podendo ter rompimento, ficando vulneráveis a infecções secundárias que podem evoluir e causar um quadro de septicemia. Este estudo tem como objetivo discorrer sobre um protocolo anestésico com fentanil visando a analgesia transoperatória do paciente no procedimento cirúrgico de emergência, após trauma por atropelamento. Relato de caso Trata-se de um Jabuti de 7 anos, pesando 1,3 kg, encaminhado para procedimento cirúrgico emergencial após atropelamento. Na avaliação clínica o animal estava sem movimentos das patas traseiras mas com sensibilidade a dor, levemente desidratado e com lesão extensa de carapaça no lado direito aparentemente sem ruptura de vísceras. O paciente foi encaminhado ao exame radiográfico, onde não foram observadas mais fraturas além da carapaça. Para a anestesia, foi utilizado na medicação pré anestésica do animal dexmedetomidina (0,1 mg/kg), seguido de indução anestésica com propofol (4mg/kg), por via intramuscular e intravenoso, respectivamente, e manutenção com isoflurano. Para a analgesia do paciente foi administrado um bolus único de fentanil (25mg/kg). Durante o procedimento, o paciente se manteve com estabilidade hemodinâmica, com a frequência respiratória normalizada, porém com uma leve bradicardia, frequência cardíaca caiu para 3bpm, mas não houve a necessidade de correção anestésica. No pós-operatório foi realizado tramadol (8mg/kg) e meloxican (0,5 mg/kg). Resultados e discussão A escolha do protocolo anestésico do fentanil associado ao anestésico inalatório, teve como fim proporcionar ao animal intensos efeitos analgésicos e hipnóticos, além de apresentar uma rápida indução e recuperação anestésica, respectivamente. No entanto, a importância de sua associação, deve-se com fim de promover menos efeitos colaterais que são indesejáveis a estabilidade hemodinâmica. Sendo assim, há uma redução da quantidade de isoflurano e uma potencialização do opioide, fornecendo uma analgesia adequada e recuperação mais imediata. Apesar do animal apresentar uma bradicardia leve, esse parâmetro era esperado já que foi administrado opioide associado a um alfa 2- agonista, dexmedetomidina, que apesar do seu efeito sedativo, miorrelaxante e analgésico, seu efeito adverso consiste em diminuição da frequencia cardíaca dos animais, que não apresentou mudanças significativas que prejudicaria a hemodinâmica do animal. Seguido os quarenta minutos de procedimento cirúrgico, foi interrompido o fornecimento do anestésico inalatório em que o animal retornou, em poucos minutos, sem apresentar parâmetros de dor ou desconforto. Conclusão Podemos concluir que apesar de poucos estudos na literatura sobre uso do opióide fentanil em jabutis, o protocolo escolhido mostrou-se eficaz e seguro, já que seus parâmetros no transanestésico se mantiveram como esperado e o animal teve um pós-cirúrgico imediato e livre de dor. Além disso, vale ressaltar que apesar de na literatura dizer que o procedimento anestésico de répteis tem seu efeito mais prolongado, quando comparado com mamíferos, o paciente apresentou retorno rápido e seguro visto que foi um procedimento com uma anestesia balanceada. Referências CAVALCANTE, R. L; CROSIGNANI, N; MUCILLO, M; STEDILE, R; ALIEVI, M; BECK, C. A; SCHICOCHET, F; NÓBREGA, F; ROCHA, J. P. Protocolo anestésico em tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) para celioscopia exploratória. Acta Scientiae Veterinariae. v. 35. n. 2. p. 311-312, 2007 CUNHA, L. G. Influência da morfina, fentanil e tramadol na concentração anestésica mínima do isoflurano em papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva). 2013. 88f. Dissertação (mestrado em Ciências Veterinárias) - Universidade Federal de Mato Grosso, 2013. PARRA, B. S; BOCARDO, M; FERREIRA, L. L; GONZAGA, P. A. L; PASCHAOL, G. R; PEREIRA, D. M. Sedativos e anestésicos em répteis e aves ornamentais. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. v. 7. n. 12. p. 1-7, 2009
Título do Evento
VI SAMVET 2020 - Semana Acadêmica da Pós-Graduação em Medicina Veterinária - SamVet / VI Mostra de Trabalhos da Medicina Veterinária
Título dos Anais do Evento
Anais SamVet 2020
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MARTINS, Karen Pinheiro Dos Santos et al.. PROTOCOLO ANESTÉSICO COM FENTANIL EM CIRURGIA DE OSTEOSSÍNTESE DE CARAPAÇA EM JABUTI- CHELONOIDIS CARBONÁRIA.. In: Anais SamVet 2020. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SamVet2020/320620-PROTOCOLO-ANESTESICO-COM-FENTANIL-EM-CIRURGIA-DE-OSTEOSSINTESE-DE-CARAPACA-EM-JABUTI--CHELONOIDIS-CARBONARIA. Acesso em: 02/08/2025

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