LARINGOPLASTIA SEGUIDA DE VENTRICULECTOMIA EM EQUINO HEMIPLÉGICO

Publicado em 18/02/2020 - ISBN: 978-65-990055-2-7

Título do Trabalho
LARINGOPLASTIA SEGUIDA DE VENTRICULECTOMIA EM EQUINO HEMIPLÉGICO
Autores
  • Fernando Silva Ramos
  • Lysandra Martineli Fonseca
  • Henrque Bragança Jesus
  • Mauricio Gomes de Sousa
Modalidade
Relato de caso
Área temática
Clínica e Cirurgia Equina
Data de Publicação
18/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Inglês
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/resumossirccerj/222085-laringoplastia-seguida-de-ventriculectomia-em-equino-hemiplegico
ISBN
978-65-990055-2-7
Palavras-Chave
Hemiplegia Laríngea, Laringoplastia, Ventriculectomia
Resumo
A hemiplegia laríngea é considerada a causa mais comum de obstrução das vias aéreas superiores de equinos, afetando o desempenho atlético dos mesmos, causada por uma neuropatia do nervo laríngeo recorrente (NUNES, 2017). Essa disfunção na função motora provoca uma dessincronização na adução e abdução da cartilagem aritenóide acarretando no desenvolvimento de um ruído respiratório característico quando o equino se movimenta e, levando a uma diminuição no trânsito de ar pela laringe (STEINER, 2013). No dia 18 de setembro de 2019 foi atendido um eqüino macho da raça Puro Sangue Inglês, com 4 anos, pesando 455 kg, competidor de turfe, cujo animal apresentou histórico de queda no desempenho esportivo, dispnéia e exacerbação de ruídos respiratórios quando exercitado. Procedeu-se a endoscopia no intuito de diagnosticar possíveis anomalias no trato respiratório superior, na qual foi detectada uma hemiplegia total da cartilagem aritenóide esquerda, sendo indicada a correção cirúrgica. Previamente ao procedimento foram realizados exames hematológicos pré-operatórios; hemograma, perfil renal e hepático, os quais apresentaram resultados dentro dos valores de referência. Com prévio jejum sólido e hídrico o animal foi encaminhado a sala de indução anestésica, onde foi realizada medicação pré-anestésica com 0,05 mg/kg de acepromazina e 0,05 mg/ kg de xilazina. Transcorridos 5 minutos foi realizada indução anestésica com 2,2 mg/ kg de Cetamina e 0,1 mg/kg de midazolam, em seguida, ao assumir o decúbito, o animal foi conduzido ao centro cirúrgico e posicionado em decúbito lateral direito e a manutenção anestésica, se baseou em anestesia geral balanceada com um agente Inalatório: isoflurano e anestesia intravenosa: Triple Driple. Foi realizada a Técnica de “Tie Back” guiada por endoscopia e com acesso lateral esquerdo da laringe, o procedimento consistiu na ancoragem, por meio de fio inabsorvível, da margem caudal da cartilagem aritenóide á superfície da lâmina cricóide no seu ramo caudal, com a realização da ancoragem, foi realizada uma leve tração em sentido lateral da cartilagem aritenóide, provocando um abdução lateral e permanente dessa cartilagem, a manobra permite com que esta retorne a sua posição anatômica original. Após a laringoplastia o animal foi posicionado em decúbito dorsal e uma incisão na borda ventral da cartilagem tireóide permitiu o acesso ao ventrículo laringiano, localizado lateralmente as pregas vocais, realizando-se a ventriculectomia total. O pós-operatório foi conduzido com curativos diários baseados na lavagem da ferida com permanganato de potássio 1% e aplicação tópica de rifamicina 2% durante 15 dias, além de aplicação sistêmica de 25.000 UI de penicilina G benzatina, 1,1 mg/ kg de flunixim meglumine e omeoprazol 2,2 mg/kg durante 7 dias. Transcorridos 15 dias do procedimento cirúrgico o animal apresentou completa remissão dos sinais clínicos, retornando ao seu desempenho normal e manutenção da estabilidade das cartilagens aritenóides, confirmado através de uma nova endoscopia. Segundo Poças (2015) a laringoplastia associada a manobra de ventriculocordectomia tem sido técnicas consideradas efetivas e duradouras na correção da hemiplegia laríngea em cavalos atletas. No que tange as possíveis complicações pós cirúrgicas, dentre elas a redução do grau de abdução aritenóide, tosse aguda e inflamação laríngea, na maioria das vezes são resolúveis e de cariz temporário (POÇAS 2015; ZAPATA, 2014). Oliveira (2013) afirma que a ventriculectomia associada a laringoplastia aumentam o diâmetro da rima glótica elevando os índices de melhora clínica. A taxa de sucesso das técnicas quando aplicadas simultaneamente varia de 25 á 75% (PARENTE, 2011). A aplicação de técnicas operatórias adequadas na terapêutica de equinos hemiplégicos melhora o prognóstico da patologia. As técnicas de Tie back seguida por Ventriculectomia apresentaram resultados satisfatórios no tratamento da afecção.
Título do Evento
I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RAMOS, Fernando Silva et al.. LARINGOPLASTIA SEGUIDA DE VENTRICULECTOMIA EM EQUINO HEMIPLÉGICO.. In: Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Estácio de Sá (Estr. Boca do Mato, 850 - Vargem Pequena/RJ. CEP 22783-320), 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/resumosSIRCCERJ/222085-LARINGOPLASTIA-SEGUIDA-DE-VENTRICULECTOMIA-EM-EQUINO-HEMIPLEGICO. Acesso em: 06/05/2025

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