DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE LAMINITE NOS MEMBROS TORÁCICOS DE UM EQUINO DA RAÇA QUARTO DE MILHA

Publicado em 18/02/2020 - ISBN: 978-65-990055-2-7

Título do Trabalho
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE LAMINITE NOS MEMBROS TORÁCICOS DE UM EQUINO DA RAÇA QUARTO DE MILHA
Autores
  • Marianne Thais Silva de Andrades
  • Vinícius Botelho Oliveira
  • Daniela Arantes Perrut
  • Flora da Silva de Macena
  • Maria Clara Macedo de Almeida
Modalidade
Relato de caso
Área temática
Clínica e Cirurgia Equina
Data de Publicação
18/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Inglês
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/resumossirccerj/222064-diagnostico-e-tratamento-de-laminite-nos-membros-toracicos-de-um-equino-da-raca-quarto-de-milha
ISBN
978-65-990055-2-7
Palavras-Chave
Laminite, quarto de milha, diagnóstico.
Resumo
A Laminite é uma inflamação das lâminas do casco, que ao se agravar pode gerar complicações sistêmicas, entre elas a diminuição na perfusão capilar no interior do membro, quantidades significativas de desvios arteriovenosos, necrose isquêmica nas lâminas, podendo resultar em grau de rotação ou afundamento da terceira falange, dependendo das lesões causadas. Essa enfermidade é de etiologia multifatorial e ocorre ocasionalmente, podendo acometer vários animais de uma mesma propriedade por serem submetidos às mesmas condições de manejo, gerando uma baixa na performance do animal e prejuízo econômico. Frequentemente afeta os membros torácicos, responsáveis por suportar aproximadamente 60% da massa corporal do animal, em casos mais graves os quatro membros podem ser atingidos. Todos os animais são suscetíveis a doença, devido ao casqueamento incorreto, mas algumas raças utilizadas em atividades esportivas, como quarto de milha, possuem maior predisposição para desenvolvimento da doença. A patologia acontece em dois quadros o agudo e crônico, no agudo os primeiros sinais são dor, devido a inflamação das lâminas, aumento do pulso das artérias digitais à palpação, aumento da temperatura sobre a parede do casco, claudicação e relutância ao se movimentar. Já no quadro crônico, que é a continuação do processo agudo inicia-se com o primeiro sinal de deslocamento da falange distal dentro da cápsula do casco e os sinais clínicos podem se abranger a deformação e esfacelamento do casco. O diagnóstico baseia-se na observação dos sinais clínicos e anamnese, pode-se realizar como exame complementar a radiografia. Na literatura existem diversos métodos para intervenção da laminite, tais como, em casos agudos o emprego do repouso absoluto, estabilização da falange, administração de analgésico, anti-inflamatório, antibiótico sistêmico, cama feita de areia e crioterapia, nas primeiras horas ou em caso de rotação da falange distal. O objetivo desse relato de caso é demonstrar a forma de diagnóstico utilizada e conduta terapêutica aplicada para o tratamento do paciente. Equino, macho, da raça quarto de milha, 6 anos de idade, destinado a Team Roping apresentando histórico de dificuldade locomotiva. Durante o exame clínico, observou-se que o animal apresentava um quadro de laminite, “pisava em ovos”, sustentava o peso do corpo nos membros pélvicos, obtinha bastante dificuldade em apoiar os membros torácicos e em locomover-se, e o grau de dor do membro esquerdo era maior que do direito. O diagnóstico foi feito através do teste de pinça, onde o resultado foi positivo para os dois membros torácicos. Foi realizado o exame radiográfico nas projeções latero-medial e dorso palmar, observou-se rotação da terceira falange, na qual o membro torácico esquerdo tem maior rotação que o membro torácico direito, além do grau de dor no esquerdo ter sido maior. O tratamento terapêutico aplicado nos dois primeiros dias foi a crioterapia por 40 minutos em cada casco. No terceiro dia o ferrador foi na propriedade e realizou o tratamento ortopédico, baseando-se no laudo da radiografia, fez o casqueamento corretivo, angulando a falange na posição anatômica correta. Após, foi feita a colocação da palmilha Behoof (silicone e gesso). Foi administrado anti-inflamatório não esteroidal fenilbutazona injetável intravenoso na dose de 4.4 mg/kg e firocoxibe na dose de meio comprimido por via oral por 14 dias. Em 30 dias houve grande melhoria na clínica do animal e não foi realizado outro exame de imagem, por escolha do proprietário. Desta forma, tendo em vista o tema abordado e alta prevalência da laminite em equinos, é de suma importância o conhecimento sobre a mesma, para que haja prevenção, através de um manejo adequado, deve-se evitar trabalhos exaustivos ao aparelho locomotor do animal em solos duros e realizar um casqueamento correto. É necessária uma boa anamnese, observação dos sinais clínicos e resolução de exame radiográfico para auxilio no diagnóstico precoce da doença.
Título do Evento
I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ANDRADES, Marianne Thais Silva de et al.. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE LAMINITE NOS MEMBROS TORÁCICOS DE UM EQUINO DA RAÇA QUARTO DE MILHA.. In: Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Estácio de Sá (Estr. Boca do Mato, 850 - Vargem Pequena/RJ. CEP 22783-320), 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/resumosSIRCCERJ/222064-DIAGNOSTICO-E-TRATAMENTO-DE-LAMINITE-NOS-MEMBROS-TORACICOS-DE-UM-EQUINO-DA-RACA-QUARTO-DE-MILHA. Acesso em: 11/05/2025

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