MÉTODOS TERAPÊUTICOS PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA LACERANTE PROFUNDA EM MUAR

Publicado em 18/02/2020 - ISBN: 978-65-990055-2-7

Título do Trabalho
MÉTODOS TERAPÊUTICOS PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA LACERANTE PROFUNDA EM MUAR
Autores
  • Federico dos Santos Cupello e Rodrigo Oliveira de Pinho
  • André luiz Vieira de Castro Pessôa
  • Marina Jorge de Lemos
  • Valéria Nunes senra de Oliveira
  • Erika Astrid Caminha Helman
Modalidade
Relato de caso
Área temática
Clínica e Cirurgia Equina
Data de Publicação
18/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Inglês
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/resumossirccerj/221849-metodos-terapeuticos-para-cicatrizacao-de-ferida-lacerante-profunda-em-muar
ISBN
978-65-990055-2-7
Palavras-Chave
cicatrização, equídeo, ferida, muar,
Resumo
A ocorrência de feridas e traumas em equídeos é algo frequente na rotina desses animais. O manejo de feridas em equídeos de um modo geral é algo relativamente delicado, uma vez que complicações não são raras de ocorrer, e estas podem retardar o tratamento e elevar os custos, fazendo com que animais de baixo valor agregado sejam descartados. Alguns pontos devem ser observados quando se trata de manejo de feridas, tais como epitelização completa sem formação de cicatrizes, menor tempo possível para tratamento, evitar recorrência ou complicações que prolonguem o mesmo. O tecido de granulação exuberante é uma complicação comum que ocorre durante o tratamento e é uma característica particular da espécie e que deve ser controlado ao máximo durante todo tratamento. O presente relato refere-se a um muar fêmea, de aproximadamente um ano, pelagem castanha, trezentos quilos, em uma propriedade na região de Cachoeira de Macacu no estado do Rio de Janeiro com uma ferida profunda ocasionada por um fio de arame liso. Pelos moradores da propriedade foi relatado que o fio já estava há dois dias pelo menos garroteando a pata do animal na região do terço médio do metatarso e que por se tratar de animal de difícil manuseio, os mesmos não conseguiram prestar socorro de imediato. Com a chegada do veterinário foi feita a contenção do animal e iniciou-se o protocolo de primeiros socorros, onde foi feito tricotomia ampla do local e higienização com água e clorexidina degermente. Por se tratar de objeto passível de contaminação usou-se o protocolo para tal com soro antitetânico, quatro dias de uma associação com Fenilbutazona e Dexametasona na dose de 4ml para cada 100 kg SID i.v., por conter edema e para controle da dor e em seguida, todo tecido já apresentando sinais de necrose foram removidos através de debridamento cirúrgico. Após retirada do tecido verificou-se uma área muito extensa com exposição óssea, e por isso em primeiro momento o tecido de granulação foi a única alternativa para reduzir a exposição óssea, e decidiu-se reduzi-lo somente numa segunda etapa do tratamento, uma vez que fechar a ferida recobrindo o osso era a única alternativa viável para evitar uma possível complicação como osteomielite. Durante todo tratamento foram feitas sessões de ozônio terapia intra-retal e local três vezes por semana. No local da ferida foram realizadas bandagens contendo açúcar cristal por acelerar o crescimento do tecido de granulação e ter ação bacteriostática, gaze, clorexidina degermante ocluindo com atadura e tubo de PVC na frente do membro e atrás visando sustentar o membro para que ele pudesse ser imobilizado o mais próximo possível da origem anatômica, e ajudar na sustentação do membro. O curativo era trocado a cada dois dias por três meses e foi a administrado nesse momento antibiótico Ceftiofur (4,4 mg/kg, SID, durante 10 dias, i.m.) seguido de antiinflamatório Meloxicam (0,5 mg/kg, SID, durante 5 dias, i.m.). A partir do momento que o tecido de granulação cobriu toda lesão e recobriu o osso, a cada troca de curativo era feito limpeza profunda com escarificação da área lesionada para que fosse estimulada uma neo vascularização e um novo tecido finalizasse a cicatrização. Após três meses, os curativos passaram a ser trocados a cada três ou quatro dias devido a dificuldade da manipulação do animal pelos moradores da propriedade e nesta etapa só eram utilizados nessa etapa algodão embebidos de solução a base de Rifamicina sódica. Nesse momento foi feito uso do sulfato de cobre e solução concentrada contendo 360mg/g de Policresuleno para reduzir o tecido exuberante e tratou-se a ferida até a sua completa cicatrização. Durante dois meses após completa cicatrização o animal foi submetido a sessões de fisioterapia o que concluiu o tratamento restabelecendo completamente o animal as suas atividades restando apenas uma pequena cicatriz.
Título do Evento
I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PINHO, Federico dos Santos Cupello e Rodrigo Oliveira de et al.. MÉTODOS TERAPÊUTICOS PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA LACERANTE PROFUNDA EM MUAR.. In: Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Estácio de Sá (Estr. Boca do Mato, 850 - Vargem Pequena/RJ. CEP 22783-320), 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/resumosSIRCCERJ/221849-METODOS-TERAPEUTICOS-PARA-CICATRIZACAO-DE-FERIDA-LACERANTE-PROFUNDA-EM-MUAR. Acesso em: 02/05/2025

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