OSTEOSTIXIS COMO TRATAMENTO DE FRATURA CORTICAL INCOMPLETA POR ESTRESSE NO TERCEIRO METACARPIANO DE UM CAVALO PURO SANGUE INGLÊS EM TREINAMENTO

Publicado em 18/02/2020 - ISBN: 978-65-990055-2-7

Título do Trabalho
OSTEOSTIXIS COMO TRATAMENTO DE FRATURA CORTICAL INCOMPLETA POR ESTRESSE NO TERCEIRO METACARPIANO DE UM CAVALO PURO SANGUE INGLÊS EM TREINAMENTO
Autores
  • Lara Cascardo de Aquino
  • Bianca Cascardo
  • Federico dos Santos Cupello e Rodrigo Oliveira de Pinho
  • Pablo Veríssimo Rosa Cardoso
  • Luana Rodrigues Martins
Modalidade
Relato de caso
Área temática
Clínica e Cirurgia Equina
Data de Publicação
18/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Inglês
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/resumossirccerj/220727-osteostixis-como-tratamento-de-fratura-cortical-incompleta-por-estresse-no-terceiro-metacarpiano-de-um-cavalo-pur
ISBN
978-65-990055-2-7
Palavras-Chave
calcificação, fratura, remodelamento, osteostixis
Resumo
As fraturas de estresse representam uma das mais sérias formas de claudicação, tendo como maior consequência às perdas econômicas na indústria equestre, por exemplo, com Puro Sangue Inglês (PSI). A periostite de fadiga faz parte do complexo da doença dorsal metacárpica (DMD), acometendo a maioria dos PSI em treinamento e destes, alguns apresentam alterações radiográficas no III metacarpiano (III MTC), resultando em afastamento dos exercícios por conta das claudicações de origem carpiana e metacarpo/metatarso-falangeanas. Evidenciadas meses após o episódio inicial, as fraturas dorsais unicorticais incompletas da DMD em equinos ocorrem por conta do inadequado remodelamento do III MTC. O presente relato aborda sobre um equino, macho, inteiro, da raça PSI com 3 anos de idade, que correu um páreo de 1000m na pista de grama no Jockey Club Brasileiro, apresentando queda de performance. O animal foi examinado logo após o páreo não apresentando alterações. No dia seguinte, foi evidenciada claudicação do membro anterior esquerdo, onde em 48h evoluiu para grau 3/4 sendo necessária a avaliação clínica e radiográfica. Clinicamente, evidenciou-se claudicação ao trote e na palpação digital foi observado dor, calor e entumecimento local em toda a face dorsal do III MTC esquerdo. Radiograficamente, foi visualizada uma fratura cortical incompleta oblíqua na face dorsolateral do terço médio do III MTC com direcionamento dorsodistalpalmaroproximal. Neste exame, foram utilizados os posicionamentos: dorsopalmar, lateromedial, dorsomedial-palmarolateral obliqua e dorsolateral-palmaromedial obliqua. Em seguida, foi iniciado o tratamento com 4mg/kg E.V. SID de fenilbutazona por 5 dias consecutivos, associado ao confinamento em cocheira além de crioterapia, pomadas antiflogísticas e antiinflamatório local a base de dimetisulfóxido e diclofenacodietilamônio. Também foi feita imobilização por bandagem da canela e boleto anterior esquerdo. Após 5 dias do início da terapia medicamentosa o animal apresentou sensível redução dos sinais clínicos e do grau de claudicação, mas não o suficiente para seu retorno às pistas, optando-se pela correção cirúrgica através do método de osteostixis. Após 15 dias, a cirurgia foi realizada com o animal em decúbito lateral, sob anestesia geral. Foi feita a assepsia do membro e a fratura foi analisada por radiografias e grampos cirúrgicos posicionados como marcadores radiopacos. Foi feito um total de 6 perfurações corticais com distância de 1cm entre elas e na disposição tipo diamante. Foram utilizadas brocas de alvenaria não cirúrgicas de 2mm de diâmetro para aço e furadeira convencional não cirúrgica. Ao término das perfurações realizou-se radiografia para confirmação da extensão e profundidade das perfurações. Ao final da cirurgia, foi aplicado iodopovidona tópica e realizado o curativo fechado com bandagem cirúrgica e liga autoadesiva. Nos pós cirúrgico, o animal foi medicado diariamente por 7 dias com antiinflamatório não esteróide (fenilbutazona 4,4mg/kg SID) e antibiótico (gentamicina 6,6mg/kg SID) E.V., com repouso por 3 semanas na cocheira. Em seguida, foram iniciadas pequenas caminhadas 2x/dia com gradual evolução. Por volta de 1 mês após a cirurgia, foi realizada uma radiografia onde conclui-se que havia estágio inicial de calcificação tanto na linha da fratura, quando nas perfurações. Realizou- se outra ao fim de 4 meses de tratamento, onde constatou-se total calcificação e,clinicamente, ausência de claudicação e dor à palpação. Após 9 meses, o animal voltou às pistas sem nenhuma alteração radiográfica. Na inspeção visual, observou-se aumento da face dorsomedial da canela, o que não foi empecilho para o restabelecimento da campanha atlética com primeiro lugar no pódio em sua estreia após a osteostixis. Ao final deste, concluímos que os exames complementares foram essenciais para o diagnóstico e escolha do tratamento cirúrgico de custo moderado e execução pouco complexa, sendo efetivo para o tratamento da fratura.
Título do Evento
I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

AQUINO, Lara Cascardo de et al.. OSTEOSTIXIS COMO TRATAMENTO DE FRATURA CORTICAL INCOMPLETA POR ESTRESSE NO TERCEIRO METACARPIANO DE UM CAVALO PURO SANGUE INGLÊS EM TREINAMENTO.. In: Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Estácio de Sá (Estr. Boca do Mato, 850 - Vargem Pequena/RJ. CEP 22783-320), 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/resumosSIRCCERJ/220727-OSTEOSTIXIS-COMO-TRATAMENTO-DE-FRATURA-CORTICAL-INCOMPLETA-POR-ESTRESSE-NO-TERCEIRO-METACARPIANO-DE-UM-CAVALO-PUR. Acesso em: 14/06/2025

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