CASO DE RAIVA EM POTRA MANGALARGA MACHADOR

Federico dos Santos Cupello e Rodrigo Oliveira de Pinho; Raquel Campi; Marina Jorge de Lemos; Natalia Santana; Pablo Veríssimo Rosa Cardoso

Todos os Trabalhos

Trabalho

Título do Trabalho

CASO DE RAIVA EM POTRA MANGALARGA MACHADOR

Autores

Federico dos Santos Cupello e Rodrigo Oliveira de Pinho
Raquel Campi
Marina Jorge de Lemos
Natalia Santana
Pablo Veríssimo Rosa Cardoso

Modalidade

Relato de caso

Área temática

Clínica e Cirurgia Equina

Data de Publicação

18/02/2020

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Inglês

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/resumossirccerj/220583-caso-de-raiva-em-potra-mangalarga-machador

ISBN

978-65-990055-2-7

Palavras-Chave

equino, equídeo, raiva, vírus, zoonose

Resumo

A raiva é uma zoonose fatal, doença infecciosa de caráter agudo causada por um vírus RNA envelopado da família Rhabdoviridae e está distribuído de forma global. A doença é transmitida através da mordedura de morcegos hematófagos, e afeta animais domésticos e silvestres, onde a transmissão ocorre pela inoculação do vírus presente na saliva. Bovinos e equídeos são as espécies mais afetadas devido à exposição em ambientes abertos constantemente. A raiva possui característica neurotrópica, apresentando sinais clínicos neurológicos, porém em equinos pode variar sua manifestação, diferenciando-as em forma paralítica e forma furiosa. Geralmente, os animais acometidos pelo vírus, apresentam anormalidades em seu comportamento, sejam eles ataxia, prostração ou agressividade, estão presentes também a sialorréia, paralisia da face, tremores musculares, incoordenação, entre outras alterações. Após o surgimento dos sinais clínicos, na maioria das vezes o animal vem a óbito após o 5° (quinto) dia, podendo variar, e o tempo de incubação é descrito entre 15 (quinze) e 60 (sessenta) dias. Para o diagnóstico é necessário à associação dos sinais clínicos com o exame de imunofluorescência direta, que detecta antígenos do vírus da raiva em tecidos cerebrais, no qual é o teste de eleição e só é possível sua realização após a morte do animal. Não há tratamento estipulado para essa doença, para o controle da mesma é necessária vacinação anual dos animais, e isolamento dos suspeitos. Este trabalho tem o intuito de relatar o caso de uma potra (fêmea equina) de 10 (dez) meses de idade, da raça Mangalarga Marchador que apresentava alterações comportamentais, alguns dias após a pulverização com organofosforados em um piquete ao lado. A queixa principal era que o animal não se alimentava á 03 (três) dias, estava prostrada, porém bebia água normalmente e que havia sido submetida à primovacinação com vacina polivalente e antirrábica á 28 (vinte e oito) dias. Ao exame clínico foi observada frequência cardíaca e respiratória normais, mucosa extremamente ictérica, sialorréia, hipermotilidade intestinal e diarreia. Devido ao histórico e sinais clínicos, foi realizado hemograma completo e bioquímico, no qual não foi positivo para anemia, porém apresentou significativa alteração nas enzimas hepáticas. O animal foi isolado para diagnóstico terapêutico após 05 (cinco) dias do início dos sinais clínicos, no qual a primeira opção foi diferencial para intoxicação por organofosforados, iniciou-se fluidoterapia, antitóxico venoso 100ml/dia diluído em solução fisiológica, Sulfato de atropina 1% (0,5mg/kg) SC. Após a administração dos fármacos o animal apresentou ligeira melhora, cessou a sialorréia e normalização da coloração de mucosa. Foi realizado o mesmo procedimento durante 04 (quatro) dias. No 6° (sexto) dia o animal apresentou piora do quadro, demonstrando agressividade, incoordenação e cegueira. No 7°(sétimo) dia o animal se apresentava em decúbito com movimentos de pedalagem vindo a óbito no dia seguinte. Após o início de novos sinais clínicos e óbito do animal a suspeita de encefalomielite se destacou, sendo realizada a coleta do encéfalo e medula para técnica de Imunofluorescência direta (IFD), tendo como resultado positivo para Raiva. Os animais que tiveram contato com o paciente antes do isolamento foram identificados e observados para novos casos possíveis.

Título do Evento: I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Cidade do Evento: Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento: Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

PINHO, Federico dos Santos Cupello e Rodrigo Oliveira de et al.. CASO DE RAIVA EM POTRA MANGALARGA MACHADOR.. In: Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Estácio de Sá (Estr. Boca do Mato, 850 - Vargem Pequena/RJ. CEP 22783-320), 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/resumosSIRCCERJ/220583-CASO-DE-RAIVA-EM-POTRA-MANGALARGA-MACHADOR. Acesso em: 10/05/2025