UM ITINERÁRIO CONCEITUAL PARA MÚSICA GOSPEL INCLUSIVA (MGI)

Publicado em 14/07/2024 - ISBN: 978-65-272-0570-8

Título do Trabalho
UM ITINERÁRIO CONCEITUAL PARA MÚSICA GOSPEL INCLUSIVA (MGI)
Autores
  • Alan Soares Bezerra
  • Thiago Soares
Modalidade
Resumo
Área temática
Comunicação, consumo e religiões
Data de Publicação
14/07/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/religiocom2024/857575-um-itinerario-conceitual-para-musica-gospel-inclusiva-(mgi)
ISBN
978-65-272-0570-8
Palavras-Chave
Música Gospel Inclusiva; Mercado Fonográfico; Música Gospel; Cultura Pop; Performance.
Resumo
A ideia de Música Gospel Inclusiva não é pura. Ela é atravessada tanto por questões mercadológicas - que estão presentes na espiral de consumo da música gospel - como religiosas - a partir das negociações por ela desencadeadas. Na música gospel, o “inclusivo” é uma categoria em disputa pela representatividade de corpos dissidentes que fura a bolha das lógicas dominantes que reproduz e cristaliza a fé cristã. Daí, percebemos artistas cristãos LGBTQIAPN+ terem as igrejas inclusivas para desenvolver sua espiritualidade e músicas fundamentadas nas teologias inclusiva/queer. Nessa direção, a playlist “Gospel LGBTQIAPN+” criada por Yob Borba Produções, nos abriu as portas a partir dos rastros deixados de cantores cristãos LGBTQIAPN+ que conciliam sua fé e a arte. Com 90 canções e 6h58min de duração, identificamos: título, duração, artista, estilo/gênero, álbum pertencente, e, tipificamos se gospel ou MGI. A duração variava de 2min a 8min, e os estilos entre: Louvor e adoração, pop rock, romântica, pop, clássica, MPB, disco, pentecostal, Rap, R&B, Soul, eletrônico, sertanejo e country. Destas, de acordo com sua poética (composição e tematização), encontramos como MGI 11 canções produzidas por 7 artistas: Bruno Camurati produziu 04, Arthur Bezerra 02, Lucas Borba, Gil Monteiro, Rosania Rocha, Daniel Osias e Felipe Allef uma. São elas: “Bem me quer” de Bruno Camurati; “Conflitos” de Daniel Osias; “Maltrapilho” de Bruno Camurati; “Eu consegui (I Did It)” de Arthur Bezerra; “Redenção” de Rosania Rocha; “Cor do Amor” de Gil Monteiro; “O amor” de Lucas Borba; “Canto para sobreviver” de Bruno Camurati; “Deus daqui” de Bruno Camurati; “Espelho” de Arthur Bezerra; e, “Amado do Senhor” de Felipe Allef. A partir daí, recorremos às fontes históricas para compreender a porosidade que a música sacra, religiosa, evangélica e gospel sempre tiveram. Ela ocupou um entrelugar de sagrada/profana, pois, por mais que seu fim em uma dada medida fosse sacro, seus meios de desenvolvimento ao utilizarem de artistas/compositores seculares no início, de compositores/músicos que transitam do mercado fonográfico secular e gospel no meio, e dessa permutabilidade que hoje rompe as fronteiras do que é ser cristão, endereçam as composições e produções desse segmento musical. O gospel tupiniquim criado em 1990 ratifica isso e os ajustes rapidamente realizados pelo segmento às mudanças do mercado secular também. A playlist mostrou que a poética delas agencia temas de relevância social, acionando: política, resistências e uma outra narrativa possível contra o totalitarismo e fundamentalismo. Assim, as tematizações foram: hipocrisia religiosa, lógicas dominantes da branquitude, heteronormatividade e cisgeneridade; os sentimentos e pensamentos de culpa, suicídio, ansiedade, depressão, crises de identidade e bullying; julgamentos; violência contra mulher; homofobia; e a convocação de utilizar todos os espaços como luta. Compreendemos a MGI como a dissidência da produção musical, que pode ser produzida por artista e/ou banda LGBTQIAPN+ e que tenha na sua poética abordagem interseccional que atravesse questões de raça, gênero, sexualidade no escopo da música cristã.
Título do Evento
RELIGIOCOM - 4º Congresso Internacional de Comunicação e Religiões
Cidade do Evento
Engenheiro Coelho
Título dos Anais do Evento
Anais do Religiocom - Congresso Internacional de Comunicação e Religiões
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BEZERRA, Alan Soares; SOARES, Thiago. UM ITINERÁRIO CONCEITUAL PARA MÚSICA GOSPEL INCLUSIVA (MGI).. In: Anais do Religiocom - Congresso Internacional de Comunicação e Religiões. Anais...Engenheiro Coelho(SP) UNASP, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/religiocom2024/857575-UM-ITINERARIO-CONCEITUAL-PARA-MUSICA-GOSPEL-INCLUSIVA-(MGI). Acesso em: 02/06/2025

Trabalho

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