DE BÚFULO PARA BORBOLETA: FEMINISMO E DECOLONIALIDADES NA FORMAÇÃO EM DANÇA DE SALVADOR

Publicado em 03/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-102-3

Título do Trabalho
DE BÚFULO PARA BORBOLETA: FEMINISMO E DECOLONIALIDADES NA FORMAÇÃO EM DANÇA DE SALVADOR
Autores
  • Agatha Simas Souza
Modalidade
Resumo
Área temática
Linha 03 – Cultura e Conhecimento: Transversalidade, Interseccionalidade e (in)formação
Data de Publicação
03/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ppgdc2020/293544-de-bufulo-para-borboleta---feminismo-e-decolonialidades-na-formacao-em-danca-de-salvador
ISBN
978-65-5941-102-3
Palavras-Chave
Dança, Formação, Decolonialidade, Iansã, Feminismo
Resumo
As formas de representação do corpo negro na formação dos artistas soteropolitanos vêm sendo discutido nas pesquisas atuais, principalmente pelo Nordeste vir se destacando como um catalisador de ações político-afirmativas que potencializam o sentido da negritude. O percurso trilhado pela artista-autora, alinha-se ao desejo de endossar as pesquisas em Dança com uma narrativa de transgressão de processos metodológicos formativos para dançarinos de Salvador, que subverta o sistema educacional colonialista, adotando uma perspectiva decolonial, entendendo seu histórico de imersão e referência. Neste relato, a autora descreverá uma experiência vivenciada em sua aula de dança afro brasileira, inspirada na orixá Iansã, para dialogar sobre as relações de gênero e corpo ancestral no cotidiano. A relação estabelecida da autora com a orixá Iansã é abordada desde a infância configurando seu percurso familiar e artístico em suas diversas metamorfases de uma mulher borboleta. Climatizando suas aulas ao aprofundar sobre a mitologia africana, escolhendo o conto de transformação de Iansã de Búfalo para Borboleta, a autora investe no estudo sobre os princípios de Laban para trabalhar o arquétipo da orixá, como potência para tecer formas de representatividade da mulher no contexto atual. De acordo com as estatísticas sobre a violência à mulher, reforça-se a urgência em traçar um diálogo sobre feminicídio, feminicídio de mulheres negras, mãe-sólo, hipersexualização ao corpo da mulher negra, salários desiguais para mulheres entre outras formas de subjugação ao gênero. Essas premissas aproximam a relação que Iansã teve com seus parceiros afetivos e com os poderes adquiridos ao subverter seu contexto de opressão, logo, a autora encontra no mito de transformação de Iansã de Búfalo para Borboleta, uma conectividade para traçar a relação mulher-Iansã-feminismo-representatividade. A vivência em questão, ressignificou a atuação profissional da artista, mulher, e ativista, vangloriando subsídios para sua nova fase: professora. Falar de Iansã em um contexto social onde as desigualdades de gênero se destacam no mercado de trabalho, nas relações heteronormativas, na política e família, é buscar subsídios para dar voz a um processo metodológico decolonial de aprendizagem em um sistema capitalista, misógino e opressor em suas relações de gênero.
Título do Evento
Congresso de Difusão do Conhecimento
Título dos Anais do Evento
Congresso de Difusão do Conhecimento - ANAIS
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SOUZA, Agatha Simas. DE BÚFULO PARA BORBOLETA: FEMINISMO E DECOLONIALIDADES NA FORMAÇÃO EM DANÇA DE SALVADOR.. In: Congresso de Difusão do Conhecimento - ANAIS. Anais...Salvador(BA) PPGDC, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ppgdc2020/293544-DE-BUFULO-PARA-BORBOLETA---FEMINISMO-E-DECOLONIALIDADES-NA-FORMACAO-EM-DANCA-DE-SALVADOR. Acesso em: 02/07/2025

Trabalho

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