O GOLPE NA BOLÍVIA EM 2019: IMPERIALISMO CONTRA EVO MORALES.

Publicado em 10/03/2025 - ISBN: 978-65-272-1241-6

Título do Trabalho
O GOLPE NA BOLÍVIA EM 2019: IMPERIALISMO CONTRA EVO MORALES.
Autores
  • Paulo Niccoli Ramirez
Modalidade
Lançamento de Livros (impressos e virtuais)
Área temática
Política e extremas-direitas na América Latina
Data de Publicação
10/03/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/pensar-e-repensar/911465-o-golpe-na-bolivia-em-2019--imperialismo-contra-evo-morales
ISBN
978-65-272-1241-6
Palavras-Chave
Bolívia, Golpe, 2019, Evo Morales, extrema-direita, Fake-news, imperialismo.
Resumo
“O Golpe de 2019 na Bolívia – Imperialismo contra Evo Morales” é resultado de extenso processo de pesquisa sobre os pormenores que conduziram à deposição de Evo Morales, entre elas a trama imperialista que envolveu os EUA, Brasil, o apoio de meios de comunicação e extrema-direita locais e os interesses políticos das elites econômicas bolivianas. O livro ainda apresenta entrevista realizada com Evo Morales na Bolívia em março de 2022, na localidade de Villa Tunari, no Trópico de Cochabamba. Evo relata as conquistas de seu governo quando eleito e reeleito no período 2005-2019, até o golpe. Evo descreve o combate aos interesses imperialistas norte-americanos em função das reservas de lítio, fundamentais para a operacionalização da 4ª Revolução Industrial. Associa esse elemento como principal causa do golpe de Estado que sofreu em novembro de 2019. Há análise da ascensão da figura de Evo Morales e do MAS (Movimento ao Socialismo) na década de 1990 e as políticas adotadas nos seus três mandados até o golpe em 2019, quando concorria ao quatro mandato. Evo foi um presidente decolonial, pois a partir e sua identidade e políticas étnicas, buscou promover nacionalizações e reduzir os elevados índices de desigualdade social que atingia sobretudo os povos originários bolivianos. A eleição de 2019 envolveu polêmicas sobre a possibilidade de Evo concorrer. Tratava-se de sua quarta eleição consecutiva e o impedimento constitucional. Para tanto, convocou um plebiscito conhecido como 21F em 2018. Às vésperas do pleito, a sociedade boliviana foi contaminada por fake-news operadas em redes sociais e pelos maiores meios de comunicação de propriedade das elites conservadoras e aliados à extrema-direita. Entre as notícias falsas, criou-se a existência de um suposto filho jamais assumido que comoveu parte considerável dos eleitores. No entanto, foi descoberta a fraude em relação a esta história e a inexistência da criança apenas após a derrota no plebiscito (por uma margem inferior a 2%). A opinião pública Bolívia conviveu com visões políticas conflitantes sobre a legalidade ou não da elegibilidade de Morales até a realização das eleições em novembro de 2019. Movimentos de extrema-direita sediados na cidade de Santa Cruz de la Sierra, principalmente, articularam o golpe de Estado não reconhecendo o resultado das eleições. O problema em torno dos resultados se deveu ao acompanhamento que a OEA (Organização dos Estado Americanos) fez do processo eleitoral. Foi uma análise precoce e equivocada, antes mesmo da publicação dos resultados oficiais, os auditores da OEA construíram a hipótese de fraude a partir de votos vindos de regiões distantes e dominado por povos indígenas. Diversos estatísticos mundo a fora e associações de classe internacionais, no ano de 2020, demonstraram cientificamente o caráter tendencioso do relatório da OEA, que sequer levou em consideração resultados de eleições anteriores em que o próprio Evo havia alcançado esmagadora maioria e muito próximos ao que levou a sua vitória em 2019 para o quarto mandato. O relatório da OEA desconsiderou não só eleições pretéritas como também o fato de a Bolívia possuir uma das maiores, senão a maior, população selvática do mundo com regiões longíquoas em que os votos demoram muitos dias para serem apurados. A partir desse relatório equivocado da OEA, os grupos de extrema-direita, meios de comunicação, grupos evangélicos e Igreja Católica, com apoio dos EUA e do Brasil de Bolsonaro impulsionaram campanha para o golpe, deposição e captura (vivo ou morto) de Evo Morales. O presidente viu-se na necessidade de renunciar ao cargo para evitar o aumento da escalada da violência contra indígenas, apoiadores populares e políticos do MAS. Com risco de morto, resolveu fugi da Bolívia com o apoio do governo mexicano de Lopez Obrador, que forneceu um avião oficial para a fuga e exílio, e do presidente argentino, Alberto Fernández que, um mês após o golpe recebeu em seu país o presidente boliviano deposto.
Título do Evento
IV Simpósio Internacional Pensar e Repensar a América Latina II Congresso Internacional Pensamento e Pesquisa sobre a América Latina
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Simpósio Internacional Pensar e Repensar a América Latina e do Congresso Internacional Pensamento e Pesquisa sobre a América Latina
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RAMIREZ, Paulo Niccoli. O GOLPE NA BOLÍVIA EM 2019: IMPERIALISMO CONTRA EVO MORALES... In: Anais do simpósio internacional pensar e repensar a América Latina e do congresso internacional pensamento e pesquisa sobre a América Latina. Anais...Sao Paulo(SP) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/pensar-e-repensar/911465-O-GOLPE-NA-BOLIVIA-EM-2019--IMPERIALISMO-CONTRA-EVO-MORALES. Acesso em: 25/10/2025

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