DIREITO À CIDADE NA AMÉRICA LATINA E O CARIBE: PARADIPLOMACIA, MOBILIDADE URBANA E DESAFIOS DAS METRÓPOLES SUSTENTÁVEIS NA REGIÃO

Publicado em 10/03/2025 - ISBN: 978-65-272-1241-6

Título do Trabalho
DIREITO À CIDADE NA AMÉRICA LATINA E O CARIBE: PARADIPLOMACIA, MOBILIDADE URBANA E DESAFIOS DAS METRÓPOLES SUSTENTÁVEIS NA REGIÃO
Autores
  • Gustavo Menon
  • Wagner Tadeu Iglecias
Modalidade
Seminário de Pesquisa
Área temática
Metrópoles Latino-americanas, cidades e seus desafios
Data de Publicação
10/03/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/pensar-e-repensar/880882-direito-a-cidade-na-america-latina-e-o-caribe--paradiplomacia-mobilidade-urbana-e-desafios-das-metropoles-susten
ISBN
978-65-272-1241-6
Palavras-Chave
Direito à cidade; América Latina; Urbanização.
Resumo
As cidades da América Latina e do Caribe enfrentam uma série de desafios urbanos derivados do quadro de dependência e subdesenvolvimento que caracteriza a região. A urbanização acelerada, a desigualdade social, a falta de infraestrutura adequada e a degradação ambiental são apenas alguns elementos que desafiam a governança urbana na região. O acesso desigual aos serviços públicos, estabelecendo zonas centrais e periféricas nos espaços urbanos, são fatores que corroboram para a perpetuação da pobreza e da exclusão social nas cidades latino-americanas e caribenhas. A falta de recursos e investimentos em infraestrutura, em áreas como transporte público, saneamento básico, habitação e resultam em condições precárias de vida para grande parte da população urbana, intensificando as violências e opressões que conjugam elementos de classe, raça e gênero na reprodução das desigualdades em suas múltiplas dimensões. Além disso, a rápida urbanização sem um planejamento adequado, para além das já conhecidas condições precárias de habitabilidade, com milhões de pessoas morando em encostas de morros, várzeas de rios, áreas de mananciais, favelas e cortiços, tem levado a um aumento da informalidade e da precariedade no mercado de trabalho, contribuindo para a marginalização e superexploração do trabalho de grandes contingentes populacionais. A violência urbana, a falta de acesso a serviços de saúde e educação de qualidade e a degradação ambiental e a oferta insuficiente de equipamentos públicos de cultura e lazer são outros desafios que as cidades da região enfrentam em meio ao quadro histórico de dependência e subdesenvolvimento das economias latino-americanas. De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a população da região alcançou 660 milhões de pessoas em 2022. Deste contingente, 29% viviam abaixo da linha da pobreza, sendo que 11,2% na extrema pobreza. As próprias más condições de vida no campo força, há décadas, milhões de pessoas a migrarem para os centros urbanos, concentrando demandas nas cidades e tornando ainda mais complexa a gestão urbana. Também segundo a CEPAL, estima-se que em 2025 a América Latina e o Caribe contarão com uma população total de 697 milhões de habitantes, sendo que cerca de 571 milhões de pessoas viverão em áreas urbanas na região. Diante desse cenário, a Agenda 2030, com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) se apresenta a partir de um conjunto de metas e desafios para o desenvolvimento sustentável das cidades em todo o planeta. Entre alguns dos objetivos elencados pela agenda encampada pelo Sistema ONU está a redução das desigualdades, a promoção da inclusão social, o acesso universal a serviços básicos e a construção de cidades resilientes e sustentáveis. Neste contexto de crescente urbanização, este Seminário de Pesquisa convida a uma reflexão profunda sobre como o conceito de direito à cidade vem sendo apropriado pelo Sul Global, sobretudo diante da realidade latino-americana e caribenha. Em sinergia com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, sobre cidades sustentáveis, o presente grupo de trabalho pretende revisitar o conceito de direito à cidade, formulado por Henri Lefebvre e David Harvey, por meio de um estudo comparativo e, especialmente, sinalizar novas abordagens latino-americanas atuais desse conceito. Para isso, serão recebidos trabalhos que estabeleçam aproximações e distanciamentos sobre os desafios das metrópoles na região, abrangendo os desafios previstos pela Agenda 2030. Dessa maneira, o Seminário de Pesquisa visa apontar questões de mobilidade, paradiplomacia e tendências de segregação e gentrificação nos espaços urbanos de Nuestra América. Serão problematizados os principais dilemas e contradições que se manifestam na vida das cidades periféricas na América Latina e Caribe, observando como que o sistema econômico influencia e condiciona, em grande medida, as formas de sociabilidade presentes nas cidades.
Título do Evento
IV Simpósio Internacional Pensar e Repensar a América Latina II Congresso Internacional Pensamento e Pesquisa sobre a América Latina
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Simpósio Internacional Pensar e Repensar a América Latina e do Congresso Internacional Pensamento e Pesquisa sobre a América Latina
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MENON, Gustavo; IGLECIAS, Wagner Tadeu. DIREITO À CIDADE NA AMÉRICA LATINA E O CARIBE: PARADIPLOMACIA, MOBILIDADE URBANA E DESAFIOS DAS METRÓPOLES SUSTENTÁVEIS NA REGIÃO.. In: Anais do simpósio internacional pensar e repensar a América Latina e do congresso internacional pensamento e pesquisa sobre a América Latina. Anais...Sao Paulo(SP) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/pensar-e-repensar/880882-DIREITO-A-CIDADE-NA-AMERICA-LATINA-E-O-CARIBE--PARADIPLOMACIA-MOBILIDADE-URBANA-E-DESAFIOS-DAS-METROPOLES-SUSTEN. Acesso em: 08/12/2025

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