O DESMONTE DA PAISAGEM FABRIL TÊXTIL ALAGOANA: A CONVERSÃO DAS ANTIGAS FÁBRICAS “PROGRESSO” E “PEDRA” EM CENTROS DE COMPRA

Publicado em 15/12/2023 - ISBN: 978-65-272-0139-7

Título do Trabalho
O DESMONTE DA PAISAGEM FABRIL TÊXTIL ALAGOANA: A CONVERSÃO DAS ANTIGAS FÁBRICAS “PROGRESSO” E “PEDRA” EM CENTROS DE COMPRA
Autores
  • Mônica Peixoto Vianna
  • Mariana Maximo da Silva
  • Denise Pereira de Souza
Modalidade
Artigo completo
Área temática
Eixo temático 3 — Paisagem cultural e projetos de intervenção: Restauração e conservação de paisagens históricas
Data de Publicação
15/12/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/paisagemcultural/675116-o-desmonte-da-paisagem-fabril-textil-alagoana--a-conversao-das-antigas-fabricas-progresso-e-pedra-em-centros-
ISBN
978-65-272-0139-7
Palavras-Chave
Rio Largo, Delmiro Gouveia, paisagem cultural, indústria têxtil
Resumo
Desde meados do século XIX, a paisagem cultural alagoana se viu marcada pela implantação da indústria têxtil, tornando-se suporte para um processo de urbanização e modernização do cotidiano, do trabalho, da política e da subjetividade. Mesmo com todos os fatos que propiciaram o seu crescimento, a indústria de algodão em Alagoas não conseguiu acompanhar a evolução dos seus concorrentes, e sua produção recuou nos anos de 1930 em virtude de uma série de fatores, como a reestruturação da produção algodoeira dos Estados Unidos, a ascensão da indústria cafeeira, a diversificação da produção na região sudeste do Brasil e a escassez de mão de obra. Tudo isso culminou no declínio de todo o sistema, que acabou por acarretar o fechamento e o desmonte das fábricas e das suas vilas fabris. Este artigo investiga as justificativas e as características desse processo de desmonte sofrido pelas fábricas têxteis alagoanas, focando nos casos daquelas que tiveram seu uso alterado como as antigas fábricas “Progresso” em Rio Largo-AL e “Pedra” em Delmiro Gouveia-AL. A atividade têxtil, que se consolidou industrialmente entre o século XIX e o início do século XX, proporcionou, à nível nacional, maior destaque ao comércio nordestino, graças à fatores como à existência de matéria prima abundante, de mão-de-obra barata e de fácil acesso a importação através de vias hidrográficas e linhas férreas. Em 1857, foi fundada a “fábrica Cachoeira", atualmente no município de Rio Largo, e, junto dela, foi incorporada a “Fábrica Progresso”, organizada em 1892, mas cujo funcionamento data de 1893. Hoje ambas pertencem à Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos. Devido a fatores econômicos nacionais e com a disseminação de pragas nas plantações de algodão, a “Fábrica Cachoeira” fechou as portas em 1968 e a “Fábrica Progresso” em 1980. O que restou da antiga fábrica “Progresso” em Rio Largo, depois de ficar sem uso por mais de 30 anos, foi reformado em meados de 2015 e, parte da edificação passou a abrigar o Shopping Progresso, enquanto outra parte continuou fechada, e o restante foi repartido em vários pontos comerciais. Já no antigo município de Água Branca, atualmente chamado de Delmiro Gouveia, foi edificada em 1914, a chamada Fábrica da “Pedra”. Após várias mudanças de gestão, em 31 de janeiro de 2017, a Fábrica teve suas atividades encerradas definitivamente, após mais de 100 anos de história. Com seu fechamento, o complexo ficou inativo e, em 2022, se tornou também um shopping center, preservando parte da estrutura das edificações e se adequando às necessidades dessa nova estrutura. Percebe-se assim, a necessidade dessa pesquisa pelo contínuo processo de desmonte que esses núcleos vêm sofrendo, alguns sendo demolidos, sem deixar registros de sua história, e outros mudando completamente de uso e alterando sua configuração espacial, apagando da memória essas antigas paisagens fabris.
Título do Evento
VI Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VIANNA, Mônica Peixoto; SILVA, Mariana Maximo da; SOUZA, Denise Pereira de. O DESMONTE DA PAISAGEM FABRIL TÊXTIL ALAGOANA: A CONVERSÃO DAS ANTIGAS FÁBRICAS “PROGRESSO” E “PEDRA” EM CENTROS DE COMPRA.. In: Anais do Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto. Anais...Belo Horizonte(MG) Belo Horizonte, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/paisagemcultural/675116-O-DESMONTE-DA-PAISAGEM-FABRIL-TEXTIL-ALAGOANA--A-CONVERSAO-DAS-ANTIGAS-FABRICAS-PROGRESSO-E-PEDRA-EM-CENTROS-. Acesso em: 16/07/2025

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