BEIRAL: UMA COMUNIDADE À MARGEM DE BOA VISTA/RR

Publicado em 15/12/2023 - ISBN: 978-65-272-0139-7

Título do Trabalho
BEIRAL: UMA COMUNIDADE À MARGEM DE BOA VISTA/RR
Autores
  • NADINE SILVA DOS SANTOS
  • Claudia Helena Campos Nascimento
  • Paulo Ricardo Carvalho de Freitas
  • Rithelly Lobato Lima
Modalidade
Artigo completo
Área temática
Eixo temático 3 — Paisagem cultural e projetos de intervenção: Paisagem cultural e planejamento urbano e territorial
Data de Publicação
15/12/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/paisagemcultural/663558-beiral--uma-comunidade-a-margem-de-boa-vistarr
ISBN
978-65-272-0139-7
Palavras-Chave
núcleo histórico; identidade cultural; Parque do Rio Branco; exclusão; gentrificação
Resumo
No núcleo inicial da capital roraimense existe uma região que foi ao longo dos tempos, denominada “beiral”. Esse lugar, onde tradicionalmente se instalou a população tradicional cuja relação com o rio Branco garantiu o desenvolvimento de atividades agrícolas e de pesca, voltadas à subsistência e abastecimento local, atualmente corresponde aos bairros Centro, Calungá e São Vicente. Sendo considerada uma das áreas mais antigas de Boa Vista, também foi conhecida como “olaria”, por ter sido importante território de produção de materiais cerâmicos para as obras de infraestrutura de implantação do Plano Urbanístico de Darcy Aleixo Derenusson, a partir da década de 1940. Durante o período conhecido como boom do garimpo, entre as décadas de 1930 e 1940, houve um crescimento expressivo dessa área que, em 1962 passa a ser denominada Caetano Filho, a pedido dos moradores, por decreto do então prefeito Olavo Brasil, caracterizando o espaço como um núcleo histórico da cidade, mas não como bairro. A partir de então esse território à beira rio assume identidade cultural, como mercado de pescados e pela relação ribeirinha, com habitações em palafitas, cujas vicissitudes da dinâmica com as águas atribuiu condição marginal na cidade, que passou a se refletir em novas atividades, como venda de drogas. Os investimentos públicos em equipamentos e serviços também se instalaram às margens do “beiral”, tais como escolas e creches, gerando outras questões associadas ao processo de exclusão, com ações de repressão, tratando a comunidade como área de risco, que foi inserida no bairro Calungá. Ações mais recentes, como a instalação do Parque do Rio Branco, provocou a remoção dessa população e deslocamento para novas áreas de exclusão na periferia da cidade, em claro processo de gentrificação, com esgarçamento das relações físicas, simbólicas e sociais. O presente artigo tem como objetivo expor o papel do poder público, de forma intencional, de apagamento de memórias dos moradores em relação àquele território que, após a remoção da população tradicional, já foi inclusive titularizado como núcleo histórico e hoje abriga majoritariamente atividades institucionais, sem ter, contudo, solucionado questões que foram motivadoras do processo de intervenção: mitigação das atividades de tráfico. O texto se fundamentará em revisão de fontes, entrevistas com antigos moradores e registros de campo.
Título do Evento
VI Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, NADINE SILVA DOS et al.. BEIRAL: UMA COMUNIDADE À MARGEM DE BOA VISTA/RR.. In: Anais do Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto. Anais...Belo Horizonte(MG) Belo Horizonte, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/paisagemcultural/663558-BEIRAL--UMA-COMUNIDADE-A-MARGEM-DE-BOA-VISTARR. Acesso em: 07/05/2025

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