MULHER CIGANA: DO SENSO COMUM AO DIREITO ÉTNICO

Publicado em 04/02/2020 - ISBN: 978-85-5722-416-2

Título do Trabalho
MULHER CIGANA: DO SENSO COMUM AO DIREITO ÉTNICO
Autores
  • Joanny D’arc dos Praseres Santos
Modalidade
Comunicação oral
Área temática
Gênero e políticas públicas
Data de Publicação
04/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ngp2018/104122-mulher-cigana--do-senso-comum-ao-direito-etnico
ISBN
978-85-5722-416-2
Palavras-Chave
Mulheres,Ciganas,Preconceito,
Resumo
O artigo tem o objetivo de compreender e desmistificar a visão errônea do senso comum sobre as ciganas representando-a como aquela que transita pelas ruas implorando para ler a sorte nas mãos de quem passa em troca de míseros centavos, ou ainda na figura de uma mulher que pode decifrar o futuro pela bola de cristal ou cartas de tarô. Essa perspectiva reducionista é resultante de idéias construídas erroneamente, que se cristalizaram na sociedade em forma de estereótipos desde o século XV, transformando essa mulher em personagem folclórico. Nessa época, viajantes e memoristas referiam-se às ciganas como “sujas”, “trapaceiras” e “ladras”, sendo sinônimo de barbárie e imoralidade. Foi pesquisada em plataformas acadêmicas as palavras chaves, sendo notória a escassez de estudos e pesquisas. Na contemporaneidade, o povo cigano convive cotidianamente com esse preconceito histórico e o estigma que se agrava pela intensa mobilidade desse grupo e por seu modo de vida particular, recaindo nas mulheres ciganas uma considerável parte de opressão e exploração. Apesar dos limites impostos por uma cultura machista e pela fragilidade nas políticas públicas, a mulher cigana busca garantir sua acessibilidade a documentos civis obrigatórios, acesso à saúde pública, à educação e permanência nas escolas, uma luta histórica marcada por limites e possibilidades na efetivação de uma identidade livre de estigmas. O fato de não estarem inclusas em programas de assistência social à educação reforça esse ciclo de miserabilidade pela alta taxa de analfabetismo que dificulta uma inserção qualificada no mercado de trabalho. Desse modo, vencer o preconceito e a discriminação nas práticas sociais dirigidas ao povo cigano, em especial à mulher cigana, consiste em uma tarefa em longo prazo, que necessita de uma combinação de políticas governamentais e o empoderamento das ciganas.
Título do Evento
II Simpósio Internacional em Narrativas Gênero e Política
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do II Simpósio Internacional em Narrativas Gênero e Política: Mulheres e resistência em tempos de violação de direitos
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, Joanny D’arc dos Praseres. MULHER CIGANA: DO SENSO COMUM AO DIREITO ÉTNICO.. In: Anais do II Simpósio Internacional em Narrativas Gênero e Política: Mulheres e resistência em tempos de violação de direitos. Anais...Belo Horizonte(MG) UniBH, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ngp2018/104122-MULHER-CIGANA--DO-SENSO-COMUM-AO-DIREITO-ETNICO. Acesso em: 08/06/2025

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