FEMINISTAS OU MIMIMISTAS? UMA ANÁLISE SOBRE A ACEITAÇÃO SOCIAL DO MOVIMENTO FEMINISTA E SUAS VERTENTES NA ATUALIDADE

Publicado em 04/07/2017

Campus
Centro Universitário do Vale do Ipojuca - DeVry | UNIFAVIP
Título do Trabalho
FEMINISTAS OU MIMIMISTAS? UMA ANÁLISE SOBRE A ACEITAÇÃO SOCIAL DO MOVIMENTO FEMINISTA E SUAS VERTENTES NA ATUALIDADE
Autores
  • Nadeje Pereira dos Santos
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Direito
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/48164-feministas-ou-mimimistas-uma-analise-sobre-a-aceitacao-social-do-movimento-feminista-e-suas-vertentes-na-atualida
ISSN
Palavras-Chave
Feminismo, Aceitação social, Militância, Gênero, Igualdade
Resumo
O movimento Feminista é um marco na história no que tange à reivindicação de direitos, de igualdade, de justiça social, de cidadania feminina e valorização da mulher. O movimento contribuiu para a conquista de novos espaços de atuação para a mulher, e luta por uma vida sem violência em razão do gênero, pela autonomia sobre o corpo, e principalmente pelo fim da cultura machista opressora. Embora apresente essas características positivas, almeje melhores condições de vida e promoção de direitos, o movimento enfrenta obstáculos na aceitação social em razão da militância constante, do ativismo de grupos feministas e atitudes consideradas “radicais e imorais” realizadas pelas militantes. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva traçar uma análise sobre a dificuldade da aceitação social do movimento feminista na atualidade. O trabalho foi realizado através da metodologia bibliográfico-exploratória, com o fim de apontar os fatores que corroboram com a não aceitação do movimento, em detrimento da falta de perspectiva social da pluralidade que o feminismo representa. Sendo assim, a resistência em aceitar o movimento se externa a partir de termos como: feminazis, mimimistas, vitimistas etc. sem que haja uma visão ampla sobre o dinamismo e a pluralidade que o movimento possui, logo, vive-se feminismos múltiplos e simultâneos, que não se resumem à mulher branca, de classe média alta que milita por direitos civis, mas se diversifica com a mulher negra, a mãe, a jovem, a lésbica, a periférica, entre outros tantos mundos de mulheres que existe. Conforme não há um entendimento sobre o movimento feminista e suas vertentes, o julgamento social sobre ele passa a ser unitário, sem levar em conta que cada divisão age e milita de uma forma diferente, e consequentemente o produto desse julgamento equivocado são termos pejorativos como mimimistas e feminazis. A exemplo de vertentes do movimento temos o feminismo negro, o feminismo liberal, o feminismo radical, o feminismo interseccional, entre outros, onde cada um possui visões diferentes e lutam por objetivos diversificados, no entanto, são conectados pelo princípio das busca pela promoção de direitos e liberdades individuais. O feminismo negro, milita contra a dupla opressão que a mulher negra sofre, e nesse caso, encontra dificuldade de recepção social em razão do preconceito e do estigma de vitimização que a elas foram atribuído; por outro lado, o feminismo interseccional procura atender demandas de gênero e de minorias, militando em favor das diversas raças, classes sociais, outras formas de feminismo, e assim, por seu caráter matizado não é aceito pela sociedade por ser considerado imoral de mais pra ser legítimo. Quanto ao feminismo na sua forma radical, é revolucionário, vê o capitalismo como fonte de desigualdade de gênero e a gênese da opressão da mulher nos papeis sociais. O feminismo torna-se alvo da coletividade a partir da manifestação pública de suas vertentes, logo, se a marcha das vadias realiza um protesto, o feminismo no geral é atacado, gerando comentários como “as feminazis que protestam nuas”, se as liberais protestam contra as desigualdade de gênero no mercado de trabalho, o obstáculo de aceitação social expressa “tudo agora é mimimi pra essas mulheres”, e se o feminismo interseccional profere liberdades e igualdades para as mulheres independente de como ela são, a não aceitação social expressa-se em “não sou obrigada a ser feminista”. Em suma, o feminismo em pleno século esta envolto por amarras sociais, e isso prejudica o seu desenvolvimento, pois o movimento preza pela ascensão da mulher, que por tanto tempo vem sendo oprimida, posta como submissa, privada de direitos e constrangida à desigualdade de gênero. Ninguém é obrigado a ser feminista, ou ser ativista feminista, no entanto, a aceitação social do movimento é necessária para que a mulher alcance seu direito de ser mulher, sem mais estigmas e opressões.
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, Nadeje Pereira dos. FEMINISTAS OU MIMIMISTAS? UMA ANÁLISE SOBRE A ACEITAÇÃO SOCIAL DO MOVIMENTO FEMINISTA E SUAS VERTENTES NA ATUALIDADE.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/48164-FEMINISTAS-OU-MIMIMISTAS-UMA-ANALISE-SOBRE-A-ACEITACAO-SOCIAL-DO-MOVIMENTO-FEMINISTA-E-SUAS-VERTENTES-NA-ATUALIDA. Acesso em: 27/08/2025

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