TOTALITARISMO E FACES DA VIOLÊNCIA NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT

Publicado em 04/07/2017

Campus
Centro Universitário do Vale do Ipojuca - DeVry | UNIFAVIP
Título do Trabalho
TOTALITARISMO E FACES DA VIOLÊNCIA NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT
Autores
  • Danilo Bezerra da Silva
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Direito
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/47502-totalitarismo-e-faces-da-violencia-no-pensamento-de-hannah-arendt
ISSN
Palavras-Chave
Hannah Arendt. Violência. Totalitarismo. Discurso.
Resumo
Introdução: Pretende-se com este resumo expandido abordar através de uma análise a partir da perspectiva de Hannah Arendt, as nuances do totalitarismo e as faces da violência. Principalmente no que diz respeito a essa forma totalitária de governo. Usando da filosofia e bebendo inevitavelmente da história. Não se trata aqui de um emaranhado de palavras vindas de uma perspectiva longínqua. E por mais que as análises sejam realizadas, a profundidade de tal tema sempre será além do que se pode conceber de primeira mão. Hannah Arendt, não apenas fora uma espectadora, fria e calculista como alguns conceberam a época, ela partiu aparentemente, de uma perspectiva neutra, evitando assim que suas paixões aflorassem. Este resumo expandido tem o intuito de trazer a sociedade à reflexão sobre a violência como um instrumento totalitário. Objetivo: Objetiva-se com este resumo compreender como as noções do totalitarismo e violência estão situadas no pensamento de Hannah Arendt. Método: Este projeto utilizará o método fenomenológico de Husserl, por ser uma ferramenta muito importante no campo da pesquisa, é através deste método que buscaremos compreender a violência como um fenômeno social na perspectiva arendtiana de poder, que não nasce necessariamente no campo externo do ser, e que precisa ser compreendido. Como afirmara, Creswell (1998) descrevendo a fenomenologia como sendo a “descrição das experiências vividas”. Ou seja, aquilo que é posto fala por si, e assim o seu significado falará não necessariamente para buscar uma solução, mas para alargar a discussão sobre o fenômeno da violência e as nuances do totalitarismo. Resultados: Percebe-se no pensamento de Hannah Arendt que a violência na época do auge do totalitarismo no pós-Primeira Guerra, existia uma verdadeira predominância muito peculiar das diversas faces da violência. O Governo totalitário conseguiu legitimar seus atos através dos discursos de poder. A violência na perspectiva arendtiana não dá margem nem mesmo a uma previsibilidade do por vir, e que o se aproximar dos atos de violência trará isso todas as vezes em que nos achegarmos próximo a esta violência tão citada por ela. Ela afirma que a violência foi, e talvez continue sendo, um objeto ou instrumento de consideração, provavelmente, pelo fato de que alguns ainda compreendem a violência como um instrumento próprio para aquisição do poder. A guerra, o mais brutal dos meios de expandir os artificies mais ardilosos de violência, já foi considerado um meio de acelerar o chamado desenvolvimento econômico. Usar meios de violência para conquistar ideais, é como retroceder, o avanço esperado, e muitas vezes considerado como tal, não tem em sua essência alicerces fortes o bastante para carregar sobre si a verdade da mentira que sobrepuja os discursos de poder. Não é se não a riqueza uma das maiores fontes (in)justificáveis de aquisição de poder, por meio dos atos de violência que acompanham a humanidade desde que esta se entende como tal. A riqueza é o próprio instrumento de violência, claro, desde que seja usado para tal fim. Ela se torna, um falso poder, tendo em vista que ao olhar dela, o poder não é um produto que se encontra no mercado, o poder real é uma conquista que se garante em uníssono. Conclusão: Assim sendo, Arendt compreende a violência como um instrumento definidor e caracterizador do totalitarismo, instituindo uma forma distinta de pensar a violência como ferramenta para aquisição de poder. O totalitarismo, por sua vez, toma os discursos como a principal arma de persuasão da massa no pensamento arendtiano, legitimando o ilegitimável, a exemplo do nazismo. Portanto, Hannah Arendt inaugura uma forma diferente de pensar a política, fazendo a distinção do poder real e o poder banal. Nas palavras da Hannah Arendt, ´´a violência sempre pode destruir o poder; do cano de uma arma emerge o comando mais efetivo, resultando na mais perfeita e instantânea obediência. O que nunca emergirá daí é o poder`` (Arendt, 1994, p.42).
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Danilo Bezerra da. TOTALITARISMO E FACES DA VIOLÊNCIA NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/47502-TOTALITARISMO-E-FACES-DA-VIOLENCIA-NO-PENSAMENTO-DE-HANNAH-ARENDT. Acesso em: 03/05/2025

Trabalho

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