DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DA RAIVA HUMANA NO ESTADO DO CEARÁ NO PERIODO DE 1990 A 2013

Publicado em 04/07/2017

Campus
Faculdade Nordeste - DeVry | Fanor – Dunas
Título do Trabalho
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DA RAIVA HUMANA NO ESTADO DO CEARÁ NO PERIODO DE 1990 A 2013
Autores
  • Valdiane Carneiro Do Nascimento Silva
  • Elane Rodrigues Nogueira
  • Nayane Furtado de Oliveira
  • Lildenia Silva de Lima
  • Bruna de Souza Rodrigues
  • Patricia Moreira Collares
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Fisioterapia
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/47493-dados-epidemiologicos-da-raiva-humana-no-estado-do-ceara-no-periodo-de-1990-a-2013
ISSN
Palavras-Chave
Dados epidemiológicos, OMS, Raiva humana, Brasil e Ceará.
Resumo
Introdução: A raiva humana (RH) é uma entidade mórbida viral, que agride o sistema nervoso central (SNC) - encefalomielite aguda e letal, cujo agente etiológico pertence à família Rhabdoviridae e ao gênero Lyssavirus. É transmitida por secreções infectadas de mamíferos (urbanos e silvestres), atingindo o organismo através da mordedura ou da ferida aberta, sendo raras as transmissões através de inalação de aerossóis, ingestão ou transplante de tecidos infectados. O período de transmissibilidade nos cães se dá entre 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sintomas. Os sintomas no homem iniciam-se com mal estar geral, anorexia, cefaleia, náuseas, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Sua importância deriva do fato de ser letal em aproximadamente 100% dos casos, tendo relevância considerável tanto no aspecto econômico, causando prejuízos à pecuária, como em saúde pública (Gomes, 2012; Ceará, 2014; Queiroz, 2009;). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, 55.000 pessoas evoluam para o óbito devido à doença (OMS, 2012). Objetivo: Relatar dados epidemiológicos sobre a raiva humana entre os anos de 1990 a 2013, no mundo, Brasil e Ceará, contextualizando a sua definição e etiologia, com a incidência regional e agente transmissor. Método: Foram consultados artigos científicos, revistas especializadas, informativos da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Ministério da Saúde e DATASUS, no período de 02 á 14 de novembro de 2016, referente aos anos de 1990 a 2013. As palavras-chave utilizadas foram dados epidemiológicos, OMS, raiva humana, Brasil e Ceará. Resultados: Estudos realizados pela OMS em 2012, mostraram que a RH está presente na maioria dos continentes, com exceção, da Antártida. Cerca de 24 países como Austrália e Canadá, estão livres da doença na forma endêmica, enquanto continentes como África e parte da Ásia são considerados áreas de alto risco (WHO, 2012). No Brasil, a partir de 1993, houve um declínio e uma certa estabilização na quantidade de casos de RH, porém entre os períodos de 2006 a 2013 apresentou um aumento mais concentrado na região Nordeste, o que é confirmado no estudo da OMS, sendo cães, primatas e morcegos os principais agentes epidemiológicos (Ceará, 2014). No período de 1990 a 2013, o Ceará registrou 45 casos da doença, tendo como principal agente epidemiológico urbano o cão, com um percentual de 62,2% do total de casos, enquanto os transmissores silvestres, sendo o principal deles o sagui, apresentaram cerca de 37,8%. Dentre os municípios de maior incidência destacaram-se Fortaleza com 16 casos, seguido de Caucaia com 5. A partir de 2014, houve uma queda significativa na incidência da doença no Ceará, o que podemos atribuir aos programas de controle e conscientização populacional (Ceará, 2014). Conclusão: Apesar dos avanços no controle da raiva no Brasil nessa década, decorrentes de um trabalho integrado das três esferas de gestão que compõem o Sistema Único de Saúde - SUS, muitos desafios ainda persistem (Ministério da Saúde, 2009). No interior do Ceará foi confirmada a primeira morte por raiva humana após quatro anos sem nenhuma ocorrência do tipo (Nascimento, 2016) chamando a atenção para a necessidade do aumento de informações e prevenção, no momento requer uma vigilância permanente para os diferentes componentes da cadeia de transmissão da doença. Recomenda-se, portanto, que haja uma revisão do sistema de informação da raiva humana no país, estado e município, objetivando a atualização ano a ano dos casos confirmados, e que sejam incentivados estudos sobre os tipos de ciclos de transmissão da raiva humana para definir estratégias de controle específicas, intensificando as ações de controle da enfermidade de acordo com as áreas de risco (Araujo, 2003). Faz necessário reforçar essas atividades, bem como manter o compromisso internacional de eliminação da raiva humana.
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Valdiane Carneiro Do Nascimento et al.. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DA RAIVA HUMANA NO ESTADO DO CEARÁ NO PERIODO DE 1990 A 2013.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/47493-DADOS-EPIDEMIOLOGICOS-DA-RAIVA-HUMANA-NO-ESTADO-DO-CEARA-NO-PERIODO-DE-1990-A-2013. Acesso em: 18/07/2025

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