CONTEÚDO DE ESTEREÓTIPOS DE MULHERES NO CONTEXTO DE TRABALHO SOB A VISÃO DE UNIVERSITÁRIOS

Publicado em 04/07/2017

Campus
Faculdade Integral Diferencial - DeVry | Facid
Título do Trabalho
CONTEÚDO DE ESTEREÓTIPOS DE MULHERES NO CONTEXTO DE TRABALHO SOB A VISÃO DE UNIVERSITÁRIOS
Autores
  • Natália Fernandes Teixeira Alves
  • Iara Andrade De Oliveira
  • Luana Elayne Cunha De Souza
  • Luciana Maia
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Psicologia
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/47290-conteudo-de-estereotipos-de-mulheres-no-contexto-de-trabalho-sob-a-visao-de-universitarios
ISSN
Palavras-Chave
Estereótipos; gênero; mulher; mercado de trabalho; preconceito.
Resumo
Apesar da discussão em torno da participação das mulheres no mercado de trabalho ter aumentado nas últimas décadas, estas ainda continuam a ganhar, consideravelmente, menos do que os homens. Pesquisas apontam que as condições de trabalho entre homens e mulheres ainda não são igualitárias. Embora a diferença salarial entre gêneros tenha caído 12,1%, entre 1990 e 2014, o salário das mulheres continua sendo apenas 84% em relação ao dos homens na América Latina, mesmo quando o tempo de estudo e o nível de escolaridade são equivalentes para esses dois grupos. Essa situação pode ser relacionada com a existência de estereótipos e preconceito. A formação de estereótipos é um processo que tem a função cognitiva de facilitar a categorização social, simplificando o processamento de informações por meio da generalização de certas características para membros de determinado grupo social. Segundo a teoria do Modelo de Conteúdo de Estereótipos de Fiske e colaboradores, os indivíduos tendem a categorizar os outros em função de características que expressam as dimensões de competência ou sociabilidade. Os estereótipos comumente partilhados sobre mulher são que mulheres de negócios, são consideradas com alta competência e baixa socialização caracterizando o preconceito invejoso, já entre as donas de casa são consideradas alta socialização e baixa competência caracterizando o preconceito paternalista. Observando as características dos preconceitos supracitados, é possível compreender a relação desse fenômeno com a busca da valorização do endogrupo, grupo de pertença do sujeito, e se esta ocorre por meio da desvalorização do exogrupo. Dessa forma, os estereótipos e preconceitos existentes na sociedade podem ser relacionados às relações de diferenciação grupal. Este estudo tem como objetivo analisar a atribuição de estereótipos por universitários acerca de mulheres no contexto de trabalho, considerando o gênero dos participantes. Para tanto, realizou-se uma pesquisa com 97 estudantes universitários, com idade média de 27,2 anos (DP=9,96), a maioria do sexo feminino (52%). Os participantes responderam a uma lista contendo 15 estereótipos, 8 relativos à dimensão de competência (a=0,97) e 7 sobre sociabilidade (a=0,97), sendo respondidos em uma escala Likert de 1 (“Nada”) a 7 (“Muito”). Os resultados de um teste t de Student indicaram que em todos os estereótipos da escala houve diferença entre os grupos, visto que as mulheres classificaram seu grupo com médias mais altas para todos os estereótipos. Além disso, dois estereótipos que caracterizam a dimensão de competência apresentaram diferença significativa entre os grupos, as mulheres se avaliam como mais eficientes (M=6,25; DP=1,62) do que os homens avaliam (M=5,54; DP=1,91), t (89)=1,96, p=0,05. As mulheres também se percebem como mais habilidosas (M=6,23; DP=1,62) do que os homens acham (M=5,54; DP=1,89), t(90) =1,90, p=0,05. Os resultados aqui encontrados apontam para a existência de uma relação entre a pertença grupal e o modo como determinados estereótipos são avaliados. Ou seja, pode-se perceber que pessoas do gênero feminino percebem as mulheres como mais eficientes e habilidosas do que as do gênero masculino. Apesar disso, realizando o teste t de Student para avaliar diferenças na avaliação das duas dimensões, não foi possível observar resultados significativos na percepção de competência [t(90)=1,43, p=0,15] e sociabilidade [t(92)=1,32, p=0,19]. Esses resultados corroboram com o que a teoria prevê, uma vez que a sociedade tende a ver as mulheres de negócios, com alta competência e baixa socialização e o oposto com donas de casa, alta socialização e baixa competência. Apesar disso, pode-se considerar que os estereótipos com diferença significativa entre os grupos são relativos a aspectos de competência, podendo apontar a valorização do endogrupo e existência do preconceito paternalista, mesmo em relação a mulheres que já estão inseridas no contexto de trabalho.
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALVES, Natália Fernandes Teixeira et al.. CONTEÚDO DE ESTEREÓTIPOS DE MULHERES NO CONTEXTO DE TRABALHO SOB A VISÃO DE UNIVERSITÁRIOS.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/47290-CONTEUDO-DE-ESTEREOTIPOS-DE-MULHERES-NO-CONTEXTO-DE-TRABALHO-SOB-A-VISAO-DE-UNIVERSITARIOS. Acesso em: 24/10/2025

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