INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO EM PORTADORES DE FIXADORES EXTERNOS ILIZAROV

Publicado em 04/07/2017

Campus
Centro Universitário do Vale do Ipojuca - DeVry | UNIFAVIP
Título do Trabalho
INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO EM PORTADORES DE FIXADORES EXTERNOS ILIZAROV
Autores
  • Edna Camila de arruda ferreira
  • Jacqueline Avelino da Silva
  • Tatianny de Assis Freitas Souza
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Enfermagem
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/47275-incidencia-de-infeccao-em-portadores-de-fixadores-externos-ilizarov
ISSN
Palavras-Chave
Fixadores externos, infecção, Ilizarov, osteomelite.
Resumo
Incidência de infecção em portadores de fixadores externos Ilizarov Introdução: Infecção no trajeto de fios e/ou pinos (ITFP) é a complicação mais comum e significante do uso de dispositivos de fixação externa. Nas revisões de literatura tem-se observado taxas que variam de 0 a 100%, com média entre 4% e 12%, tendo seu risco aumentado quando condições assépticas não podem ser mantidas. A fixação externa permite o contato direto dos fragmentos ósseos e elimina o movimento na área da fratura, o que acelera os estágios da consolidação óssea, além de ter a capacidade única de estabilizar ossos e tecidos moles a certa distância do foco operatório ou do traumatismo. Além disso, a fixação externa possui baixa taxa de complicações graves, não é obstrutiva, é suficientemente rígida para manter o alinhamento sob situações adversas das cargas, proporciona tratamento ambulatorial e permite o retorno do paciente às atividades ocupacionais o mais breve possível. Objetivo: Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo analisar, através de uma revisão literária, os fatores que influenciam o desenvolvimento da infecção em fixadores externos do tipo Ilizarov. Metodologia: Para a construção do trabalho, foram utilizadas bases de pesquisas como o portal Periódicos CAPES, Scielo e o Google Acadêmico. No total, foram analisados quinze artigos científicos, entre os anos de 2000 até 2012, que tratavam a incidência de infecções em portadores de fixadores externos. As palavras-chave utilizadas para a busca foram: infecção, fixadores externos, Ilizarov e osteomelite. Resultados: A maioria dos fios e pinos utilizados nos fixadores externos é rapidamente colonizada por micro-organismos, mais frequentemente pela microbiota da pele. Com o tempo, as bactérias podem aderir à superfície dos implantes e subsequentemente formar agregados, levando à formação de um glicocálix fibroso que recobre os fios e pinos (biofilme). Este biofilme fornece resistência aos antibióticos e às defesas imunológicas do organismo, maximiza a nutrição bacteriana e reduz a quantidade de patógenos necessários para estabelecer um quadro infeccioso. Partículas liberadas por esses materiais também podem desencadear uma intensa reação inflamatória local, levando à deterioração da arquitetura óssea. Pode-se notar que a presença de partículas é capaz de ativar o aparecimento de osteoclastos, os quais promovem fagocitose desses corpos estranhos e reabsorção óssea. Ademais, tem sido sugerido que o tipo de material usado na fabricação dos fios e pinos dos fixadores externos pode favorecer o surgimento de infecção no trajeto destes implantes. Avalia-se que a proteção adequada da interface fio/pino-pele é medida importante no manejo, controle e redução do número de ITFP dos fixadores externos. Aliada ao uso de boa técnica operatória, com mínima destruição tecidual e à melhor compreensão dos diversos materiais empregados em ortopedia, o que configura um passo fundamental para que isso ocorra. Os dados analisados demonstram que a bactéria mais encontrada nos casos de infecção é a Staphylococcus aureus e que a maioria dessas infecções é gerada por bactérias gram-positivas. A adoção de uma droga antimicrobiana, com espectro para bactérias gram-positivas, como veículo tópico empregado diariamente, de forma profilática, na interface fio/pino-pele, poderia redundar em taxas menores dessa complicação em grande número de casos. Estudos com a finalidade de verificar tal hipótese fazem-se necessários para que se encontrem essas drogas. Conclusão: A partir dessas informações, pode-se concluir que medidas profiláticas devem ser tomadas, uma vez que tais infecções se apresentam comumente. O autocuidado deve ser estimulado, a assepsia do local com potencial inflamatório, estudos acerca do material ortopédico utilizado e drogas tópicas que retardam o crescimento bacteriano.
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Edna Camila de arruda; SILVA, Jacqueline Avelino da; SOUZA, Tatianny de Assis Freitas. INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO EM PORTADORES DE FIXADORES EXTERNOS ILIZAROV.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/47275-INCIDENCIA-DE-INFECCAO-EM-PORTADORES-DE-FIXADORES-EXTERNOS-ILIZAROV. Acesso em: 27/05/2025

Trabalho

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