INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADA À PSEUDOMONAS: DESAFIO PARA SAÚDE PÚBLICA

Publicado em 04/07/2017

Campus
Centro Universitário do Vale do Ipojuca - DeVry | UNIFAVIP
Título do Trabalho
INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADA À PSEUDOMONAS: DESAFIO PARA SAÚDE PÚBLICA
Autores
  • Juliana laguzza de Oliveira bustos villabon
  • Maria Eduarda Da Silva
  • Monica Virgínia da Silva
  • Pedro Giovane Alves de Oliveira
  • Wilka Marques
  • Nathalia Joanne Bispo Cezar
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Biomedicina
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/45089-infeccao-hospitalar-associada-a-pseudomonas--desafio-para-saude-publica
ISSN
Palavras-Chave
Infecção hospitalar, Pseudomonas aeruginosa, Multirresistência,Morbidade, Mortalidade
Resumo
Introdução: A infecção hospitalar (IH) é definida como a infecção adquirida após internação do paciente que se manifesta durante esse processo ou mesmo após a alta. Atualmente, a transmissão de agentes infecciosos no ambiente hospitalar tornou-se motivo de preocupação, visto que, as infecções adquiridas nesses locais têm contribuído para aumentar o risco de morte entre pacientes imunocomprometidos e em estado grave. Nesse contexto, a bactéria Pseudomonas aeruginosa, classificada como bacilo gram-negativo, com mínimas exigências nutricionais e tolerante a grandes variações de temperatura, tem sido considerada um dos principais agentes etiológicos das IH. A Pseudomonas aeruginosa é um bacilo produtor do pigmento piocinina e não fermentador de glicose, sendo capaz de permanecer por tempos prolongados em diferentes regiões no corpo. No Brasil, as IH constituem um problema que ultrapassa a área econômica e social, estando associadas a altas taxas de morbidade e mortalidade. Esses altos índices interferem de forma individual e institucional, aumentando os custos na assistência. Objetivo: Considerando que no Brasil, no mês de janeiro de 2017, aproximadamente 5.500 hospitalizações nas unidades de terapia intensiva (UTIs) evoluíram para IH e que as infecções por Pseudomonas aeruginosa foram descritas como as mais comuns, este estudo tem como objetivo descrever o impacto das infecções por Pseudomonas aeruginosa em unidades hospitalares e na saúde púbica. E, além disso, relatar a influência do tratamento com antibióticos para este tipo de infecção. Metodologia: Este estudo consiste em uma revisão de literatura realizada entre os meses de fevereiro e março de 2017 através de artigos científicos disponíveis nos bancos de dados SciELO e Bireme. Inicialmente, foram selecionadas 20 publicações, deste total oito artigos apresentaram na íntegra a temática investigada e foram utilizados para este estudo. Foram excluídos trabalhos que não abordavam a questão da infecção hospitalar associada à Pseudomonas como tema central. Discussão: Esta revisão destacou a preocupação das Comissões de Infecção Hospitalar e dos serviços de saúde em relação a ocorrência de pacientes hospitalizados colonizados ou infectados por microrganismos resistentes. Registros recentes do DATASUS (janeiro de 2017) apontam que do total de 817.661 internamentos 63.810 resultam em internação nas UTIs, onde as infecções por Pseudomonas aeruginosa constituem 10% de todas as infecções registradas. Dentre as infecções ocasionadas por esse patógeno, podem ser citadas infecções do trato respiratório inferior (mais frequentes), do trato urinário, das feridas cirúrgicas e das grandes queimaduras. Adicionalmente, essa bactéria está relacionada a quadros de bacteremia. A preocupação em relação ao controle das infecções por Pseudomonas aeruginosa reside no fato da existência de cepas multirresistentes aos principais antimicrobianos (Imipinem, Meropenem, Piperacilina, Tazobactan). A resistência dessa bactéria aos quimioterápicos está associada a imperícia e imprudência durante a prescrição. Ao longo dos anos antibióticos foram prescritos de forma indiscriminada. Com isso, cepas bacterianas desenvolveram mecanismos de autodefesa. Nesse contexto, a Pseudomonas aeruginosa apresenta plasmídeos e proteínas na membrana celular externa que limitam a penetração da maioria dos antimicrobianos. Dessa forma, os laboratórios mundiais passaram a investir quantidades bilionárias a procura de antibióticos ideais para combater às IH. Conclusão: A partir deste estudo foi possível compreender que o impacto das infecções por bactérias resistentes, principalmente a infecção por Pseudomonas aeruginosa, representa ameaça para a população, tornando-se um grave problema de saúde pública. Além disso, foi possível constatar que o uso indiscriminado de antimicrobianos contribui para o surgimento de cepas de Pseudomonas aeruginosa multirresistentes, tornando o tratamento clínico um desafio para toda equipe de saúde.
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VILLABON, Juliana laguzza de Oliveira bustos et al.. INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADA À PSEUDOMONAS: DESAFIO PARA SAÚDE PÚBLICA.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/45089-INFECCAO-HOSPITALAR-ASSOCIADA-A-PSEUDOMONAS--DESAFIO-PARA-SAUDE-PUBLICA. Acesso em: 14/05/2025

Trabalho

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