CONSTRUÇÃO DA ARETÉ POLÍTICA EM SÓCRATES

Publicado em 04/07/2017

Campus
Faculdade Nordeste - DeVry | Fanor – Dunas
Título do Trabalho
CONSTRUÇÃO DA ARETÉ POLÍTICA EM SÓCRATES
Autores
  • Renata de Freitas Chaves
  • Jean Michel De Lima Silva
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Educação
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/44939-construcao-da-arete-politica-em-socrates
ISSN
Palavras-Chave
Conhecimento, Consciência, Política, Aréte.
Resumo
Introdução: O período da democracia em Atenas no século V a.C., conduziu os filósofos da época a refletir sobre a problemática ético-político e sobre o homem, enquanto cidadão. A pólis ateniense era um espaço político e democrático que exigia uma participação política ativa do cidadão. Para tanto, este deveria ser instruído a participar da vida pública, e sua formação guiar-se pelos ideais da pólis, isto é, servir ao bem da cidade. Inserido neste cenário, Sócrates dedicou-se a política, porém de maneira diferente, defendendo que era preciso estabelecer por meio da força espiritual e moral do saber a areté política. E, ainda defendia a necessidade e a relevância da ética, da honestidade, do caráter, da justiça, da prática da virtude guiada pela reta razão e do comprometimento antes de tudo com sua consciência para que viesse existir um comprometimento com a esfera pública e, assim se estabelecer o bem comum. Desta forma, o pensamento socrático torna-se pertinente diante do cenário caótico na atual política brasileira, onde o verdadeiro sentido da política, a saber, a busca pelo bem comum, encontra-se escondido por trás de interesses particulares, de escândalos de corrupção e de desrespeito para com o cidadão brasileiro. Objetivo: Assim, objetiva-se demonstrar como Sócrates desvelava a vida da pólis em busca de estabelecer a areté política, pontuando os desafios e os conflitos causados por suas ideias frente aos “sábios da sociedade”. Além de mostrar como o seu método dialético auxiliaria na formação do verdadeiro cidadão ético e como a pólis atingiria seu ideal, em outras palavras, o bem comum. Métodos: Portanto, para compreender e discutir esta problemática, a pesquisa será qualitativa, partindo da análise bibliográfica dos principais filósofos que nos permitem conhecer o pensamento socrático, a saber, Platão na Defesa de Sócrates e Xenofonte na Apologia de Sócrates, além de produções acadêmicas de cunho filosófico pertinentes a temática. Resultados: Sócrates, ao desenvolver seu pensamento, confrontava com os seus contemporâneos sofistas, punha-se contrário a estes pela maneira de formar o cidadão da pólis, simplesmente, pelo ensino da retórica e da oratória como compreensão para participar da política. Restringindo esta participação do cidadão ao discurso coerente em seus aspectos gramaticais e linguísticos, de forma a conseguir pelo entrelaçamento dos argumentos convencer a assembleia de que suas ideias são mais adequadas para estabelecer o bem da pólis. Sócrates, por sua vez, denunciava que a busca pelo conhecimento especificamente para argumentar nas assembleias, constituía-se como simples opinião que escondia do homem a verdade e o aprisionava de seu próprio pensamento. Assim, para Sócrates, conhecimento não é técnica, não se ensina o que é a verdade, mas se introduz na busca dela, atentos a não considerar como verdadeiro o que é aparente, mas o essencial, e, para isso, é preciso que cada um descubra a verdade. O primordial para a formação do cidadão era a busca da consciência de si mesmo, por conseguinte, a autonomia política e ética, isto é, ter a capacidade de determinar para si as leis e as regras de conduta por meio do conhecimento, compreendendo, por um lado, a realidade ao seu redor sem os grilhões dos conceitos mal formulados pela pólis, e por outro, que as distâncias sociais e políticas existentes reforçavam os preconceitos sociais e aprisionavam o homem na sua ignorância. Assim, consciente da sua real situação na pólis, o cidadão teria o compromisso consigo mesmo e com sua cidade. Conclusão: Desta forma, conclui-se que o conhecimento e a verdade são inatos devido a racionalidade, de forma que o homem ao conhecer a si mesmo, dará regras e normas de conduta para si e, ao mesmo tempo, irá educar seu caráter para virtude. Isso porque a autonomia moral ou ética é necessariamente fruto da força inata da razão, logo, o homem que segue a reta razão não deixará de praticar a virtude, a saber, a areté política.
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CHAVES, Renata de Freitas; SILVA, Jean Michel De Lima. CONSTRUÇÃO DA ARETÉ POLÍTICA EM SÓCRATES.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/44939-CONSTRUCAO-DA-ARETE-POLITICA-EM-SOCRATES. Acesso em: 10/06/2025

Trabalho

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