O USO DE PELE DE TILÁPIA PARA TRATAMENTO DE FERIDAS E QUEIMADURAS

Publicado em 04/07/2017

Campus
Faculdade Nordeste - DeVry | Fanor – Dunas
Título do Trabalho
O USO DE PELE DE TILÁPIA PARA TRATAMENTO DE FERIDAS E QUEIMADURAS
Autores
  • Gilcivânia Ferreira Alves Pinheiro
  • Anthunes Ambrósio Cavalcante
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Enfermagem
Data de Publicação
04/07/2017
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mpct2017/44099-o-uso-de-pele-de-tilapia-para-tratamento-de-feridas-e-queimaduras
ISSN
Palavras-Chave
Tilápia, queimaduras, feridas, tratamento, biomaterial
Resumo
Introdução: No Brasil, estima-se que pelo menos 1.000.000 indivíduos queimem-se por ano. No Instituto Doutor José Frota, 1.656 atendimentos a queimados foram realizados em 2015, no período de janeiro a junho e em 2016, no mesmo período, foram registrados 1.873, um aumento de 13% no registro de queimados, que podem ter além de sequelas estéticas, sequelas funcionais. Além disso, apesar do crescente progresso em pesquisas para melhora do tratamento de queimaduras, as infecções ainda aparecem como grande obstáculo para alta desses pacientes e representam uma das principais causas de óbito em queimados. Diante disso, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará vêm desenvolvendo pesquisas, desde 2014, com a pele de Tilápia, a fim de reduzir o tempo de tratamento e diminuir a exposição da pele sensível a agentes causadores de infecção. A técnica já foi testada em pacientes do Instituto Doutor José Frota no segundo semestre de 2016. Diferentemente dos Estados Unidos, no Brasil não há tratamentos com pele humana, Porcina nem artificial para a recuperação do tecido queimado. Na rede pública brasileira, o tratamento convencional é o uso de um curativo de gaze com uma pomada de sulfadiazina de prata. Sendo assim uma pesquisa inédita no mundo que pode trazer grandes melhorias para esse tipo de tratamento e antecipar o processo de recuperação e alta dos pacientes internados nesse estado. Objetivo: O objetivo desse estudo é realizar um levantamento bibliográfico a respeito da eficácia da pele de tilápia em queimados. Método: Trata-se de uma revisão da literatura acerca do uso da pele de Tilápia como curativo para recuperar o tecido queimado. Foram coletados dados dos pesquisadores locais, cujo período do estudo iniciou em 2014, e da Sociedade Brasileira de Queimaduras. Resultados: A pesquisa é coordenada pelo cirurgia~o pla´stico cearense Edmar Maciel, presidente do Instituto de Apoio ao Queimado. A matéria-prima, a Tilápia, é uma das principais espécies de peixe de água doce do Brasil e será usada como curativo biológico e temporário no tratamento de queimaduras e feridas. O médico Edir Maciel justifica que essa alternativa seria mais viável, já que o método convencional com curativo e pomada precisa ser trocado a cada 24 horas e realizada uma limpeza do local, causando dor ao paciente que tem que tomar anestesia ou analgésicos, interferindo no processo de cicatrização. Como as peles usadas nos Estados Unidos, a pele do peixe adere ao leito da ferida, evitando que a contaminação externa invada a lesão, porém, além de ter alta resistência, contem também índices de colágeno superiores aos encontrados em pele humana e de outros animais, como o porco. Seriam diminuídas as trocas de curativos, a dor, o trabalho da equipe e, consequentemente, os custos, já que a maioria da população atingida pelas queimaduras é de baixa renda e 97% não tem nenhum plano de saúde. Foram onze etapas até que a pesquisa fosse apresentada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, em dezembro de 2015 e teve excelentes resultados na aplicação da pele em pacientes sadios para verificar se causava alergia ou sensibilidade. Dos 30 pacientes da primeira aplicação clínica, que foi feita no segundo semestre de 2016, 23 já tiveram alta hospitalar antes mesmo do fim do ano. Conclusão: Diante disso, a pele de Tilápia já é vista como um promissor biomaterial da medicina regenerativa, podendo revolucionar o tratamento de queimaduras e feridas. Por fim, a rentabilidade desse processo ainda está em fase de teste, mas é promissoramente mais econômico que o tratamento convencional.
Título do Evento
Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PINHEIRO, Gilcivânia Ferreira Alves; CAVALCANTE, Anthunes Ambrósio. O USO DE PELE DE TILÁPIA PARA TRATAMENTO DE FERIDAS E QUEIMADURAS.. In: Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017. Anais...Fortaleza(CE) DeVry Brasil - Damásio - Ibmec, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mpct2017/44099-O-USO-DE-PELE-DE-TILAPIA-PARA-TRATAMENTO-DE-FERIDAS-E-QUEIMADURAS. Acesso em: 11/09/2025

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