RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO UTERINO NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT, 2017 A 2021

Publicado em 16/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-531-2

Título do Trabalho
RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO UTERINO NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT, 2017 A 2021
Autores
  • RAQUEL APARECIDA RODRIGUES NICÁCIO
  • Bruna Estevão Araújo
  • Bruna Leal Brito
  • Regiane Novais da Silva Reis
  • Jania Cristiane de Souza Oliveira
  • Carla Regina Correa
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Atenção à Saúde
Data de Publicação
16/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/mostraenfpos/570211-rastreamento-de-cancer-de-colo-uterino-no-municipio-de-rondonopolis-mt-2017-a-2021
ISBN
978-85-5722-531-2
Palavras-Chave
Atenção Primária à Saúde, Saúde da mulher; Exame colpocitológico
Resumo
Introdução: O câncer do colo uterino desenvolve-se na parte inferior do útero, chamada colo, localizado no fundo da vagina. Possui história natural bem conhecida e é causado a partir da infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV e estes podem causar lesões benignas como verrugas, até vários tipos de câncer, como do colo do útero, ânus, vagina e pênis (INCA, 2019). É uma doença de desenvolvimento lento, geralmente assintomática em fase inicial, evoluindo para quadros de sangramento vaginal espontâneo e/ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal, dor abdominal e, nos casos mais avançados, sintomas urinários e/ou intestinais (INCA, 2021). É a quarta causa de mortalidade por câncer em mulheres no país, sem considerar tumores de pele não melanoma. No Brasil, a estimativa para 2022 são 16.710 casos novos, com risco estimado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres (INCA, 2019). O INCA apresenta estratégias para o diagnóstico de câncer: rastreamento, que consiste em ofertar o exame para mulheres sem sinais ou sintomas, mas que se enquadram na idade recomendada para realização, e a detecção precoce, que consiste em ofertar o exame às mulheres com algum sinal ou sintoma, independentemente da idade. Objetivo: Analisar o rastreamento do câncer de colo uterino no município de Rondonópolis-MT no período de 2017 a 2021. Metodologia: Pesquisa quantitativa, de série temporal, com dados secundários de domínio público, disponibilizados pelo DATASUS, por meio do Sistema de Informação de Câncer – SISCAN. Os dados foram tabulados em planilhas do Microsoft Excel. Foi realizada análise descritiva. As variáveis de interesse foram faixa etária, motivo do exame e tempo do exame (período transcorrido entre coleta e entrega do laudo). Foram incluídas mulheres residentes no município de Rondonópolis-MT, entre os anos de 2017 e 2021, em serviços do Sistema Único de Saúde - SUS. Resultados: Foram realizados 79.588 exames colpocitológicos de colo uterino no período analisado, distribuídos nas seguintes faixas etárias: 10.222 (12,85%) realizados em mulheres menores de 25 anos, 17.271 (21,7%) de 25 a 34 anos, 19.172 (24,09%) de 35 a 44 anos, 17.145 (21,54%) de 45 a 54 anos, 11.333 (14,24%) de 55 a 64 anos e 4.445 (5,58%) com 65 anos ou mais. Em geral, 64.921 (81.57%) exames foram realizados em mulheres na faixa etária alvo e 14.667 (18,43%) exames fora da faixa etária alvo. A variável motivo do exame apresentou 77.328 (97,16%) exames de rastreamento, 629 (0,79%) exames de repetição e 1.631 (2,05%) exames de seguimento. Em relação à variável tempo do exame, que apresenta o intervalo entre a coleta e a emissão do laudo, 8.580 (10,78%) destes chegaram em até 30 dias, 21.078 (26,48%) entre 31 e 60 dias, e 49.930 (62,74%) com mais de 60 dias. Discussão: Espera-se que maior parte dos exames sejam com indicação de rastreamento, de acordo com a faixa etária alvo, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Os resultados mostraram que 77.328 (97,16%) exames foram de rastreamento, de acordo com o esperado, porém, em relação ao total de exames, 14.667 (18,43%) foram realizados fora da faixa etária alvo, o que representa quantidade expressiva. De acordo com o INCA (2016), a idade com maior incidência para o câncer de colo do útero é entre 45 e 50 anos, no entanto a faixa de maior detecção de lesões percussoras ocorre entre os 20 e 29 anos de idade. Em relação à variável tempo do exame, observou-se a demora na entrega dos resultados, onde a maioria dos exames tiveram mais de 60 dias de intervalo entre a coleta e a emissão do laudo. Essa problemática da demora demonstra dificuldades na acessibilidade organizacional e traz transtornos às usuárias, ocasionando perda de tempo, prejuízo financeiro e emocional, diante da incerteza dos resultados (RIBEIRO, SANTOS e TEIXEIRA, 2011). Conclusões: De acordo com o INCA (2016), cabe ao enfermeiro realizar rastreamento para detecção primária das lesões precursoras do câncer do colo do útero e suas fases iniciais, assintomáticas. Estudos sobre a temática mostram que, majoritariamente, os exames são coletados por enfermeiros. Para garantir a efetividade de rastreamento deve-se realizar a busca ativa e organizar os indicadores de saúde da população feminina, possibilitando acesso a informações e controle da redução das taxas de incidências de mortalidade pelo câncer de colo do útero, o que coloca a equipe da APS como agente principal nesse processo (INCA, 2016). Referências 1- INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Estimativa 2020: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//... Acesso em: 29 de setembro de 2022. 2- INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Detecção precoce do câncer. – Rio de Janeiro: INCA, 2021. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. Disponível em: Diretrizes para o Rastreamento do câncer do colo do útero_2016.indd (inca.gov.br). Acesso em: 29 de setembro de 2022. 3- INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. 4- OLIVEIRA, M.M et al. Cobertura de exame Papanicolaou em mulheres de 25 a 64 anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. v. 21, 2013. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1980- 549720180014>. Acesso em: 30/09/2022. 5- Ribeiro MGM, Santos SMR, Teixeira MTB. Itinerário terapêutico de mulheres com câncer do colo do útero: uma abordagem focada na prevenção. Rev Bras Cancerol. 2011; 57(4):483-91.
Título do Evento
VIII MOSTRA CIENTÍFICA DE ENFERMAGEM IV SEMINÁRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE
Cidade do Evento
Rondonópolis
Título dos Anais do Evento
VIII Mostra Científica de Enfermagem e IV Seminário da Pós-Graduação em Saúde: Competências Socioemocionais no Contexto da Prática Multiprofissional em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

NICÁCIO, RAQUEL APARECIDA RODRIGUES et al.. RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO UTERINO NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT, 2017 A 2021.. In: VIII Mostra Científica de Enfermagem e IV Seminário da Pós-Graduação em Saúde: Competências Socioemocionais no Contexto da Prática Multiprofissional em Saúde. Anais...Rondonópolis(MT) UFR/MT, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mostraenfpos/570211-RASTREAMENTO-DE-CANCER-DE-COLO-UTERINO-NO-MUNICIPIO-DE-RONDONOPOLIS-MT-2017-A-2021. Acesso em: 18/07/2025

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