A LEITURA DA PAISAGEM COMO INSTRUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO E PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

LIA MARIA GOMES BAHIA; Helena Tuler Creston

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Resumo

Título do Trabalho

A LEITURA DA PAISAGEM COMO INSTRUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO E PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Autores

LIA MARIA GOMES BAHIA
Helena Tuler Creston

Modalidade

Resumo

Área temática

Eixo 2 – Cidade, arquitetura e cultura: quais futuros possíveis?

Data de Publicação

13/10/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/mestreseconselheiros2022/502888-a-leitura-da-paisagem-como-instrumento-de-identificacao-e-protecao-do-patrimonio-cultural

ISBN

978-65-5941-853-4

Palavras-Chave

Paisagem, patrimônio cultural, cidade, identidades, multiplicidade

Resumo

A paisagem da cidade pode ser lida como uma inscrição da sociedade que ali vive, através dos elementos que conformam determinada territorialidade. Assim, entende-se a paisagem como uma produção e prática social de caráter econômico, político e cultural. Consequentemente, essa interface da questão da paisagem reflete nas transformações das cidades na contemporaneidade. Porém, nota-se que as decisões sobre o solo urbano se dão, principalmente, sob a ótica econômica e política, cuja produção é vinculada à forças hegemônicas. Sendo assim, constitui um processo que pode sujeitar a transformação dos espaços urbanos a partir da lógica mercadológica, sobrepondo interesses privados sobre os valores do coletivo. Tal transformação, quando atrelada à sobreposição de valores, sobressaltando certos interesses, grupos sociais ou até mesmo a escolha de um ponto de vista na esfera estética-visual, em detrimento dos demais, vincula a ideia de paisagem a partir de uma seleção e valoração de uma parcela do mundo percebido. Dessa forma, certos espaços da cidade, apesar de serem públicos, não são mais coletivos, por excluírem e deixarem de representar os demais grupos sociais que antes inscreviam seus signos naquele território. Atuar na paisagem significa, então, tomar decisões que abarcam a relação entre os diversos grupos sociais e seu meio. É, assim, uma dimensão essencialmente política, por vincular fatores de dimensões coletivas: interesses, valores, referências culturais e identidades sociais expressas em um território em comum, a paisagem. Partindo desse pensamento, a dimensão política da paisagem pode estar associada tanto à sua gestão, às políticas, institucionais ou contestatórias, que capturam a ideia de paisagem como um instrumento de ação, quanto também à leitura de sua transformação, pela forma como as identidades se representam no espaço. Assim, o presente trabalho busca questionar como a categoria paisagem pode ser um importante instrumento para a leitura de referências culturais dos territórios, a partir de seus signos e subjetividades, e, por consequência, a identificação e proteção de seu patrimônio cultural, resguardando as múltiplas expressões de identidades, que têm o direito de ali existir e permanecer.

Título do Evento: 13º Mestres e Conselheiros
Cidade do Evento: Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento: Anais do 13º Mestres e Conselheiros: o futuro do patrimônio
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BAHIA, LIA MARIA GOMES; CRESTON, Helena Tuler. A LEITURA DA PAISAGEM COMO INSTRUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO E PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL.. In: Anais do 13º Mestres e Conselheiros: o futuro do patrimônio. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mestreseconselheiros2022/502888-A-LEITURA-DA-PAISAGEM-COMO-INSTRUMENTO-DE-IDENTIFICACAO-E-PROTECAO-DO-PATRIMONIO-CULTURAL. Acesso em: 05/05/2025