CENTROS HISTÓRICOS NAS CARTAS PATRIMONIAIS: DIRETRIZES PARA CONSERVAÇÃO E CONTINUIDADE

Giovanna Garcêz Freire

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Trabalho

Título do Trabalho

CENTROS HISTÓRICOS NAS CARTAS PATRIMONIAIS: DIRETRIZES PARA CONSERVAÇÃO E CONTINUIDADE

Autores

Giovanna Garcêz Freire

Modalidade

Resumo

Área temática

Eixo 2 – Cidade, arquitetura e cultura: quais futuros possíveis?

Data de Publicação

13/10/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/mestreseconselheiros2022/497939-centros-historicos-nas-cartas-patrimoniais--diretrizes-para-conservacao-e-continuidade

ISBN

978-65-5941-853-4

Palavras-Chave

carta patrimonial; centro histórico; preservação, diretrizes, conservação

Resumo

As Cartas Patrimoniais surgiram diante da necessidade de diversos países ao buscarem orientações e diretrizes às práticas acerca da proteção dos seus bens culturais. Tais documentos não possuem valor legal, mas seu caráter universal garante que as recomendações sejam acatadas tanto para o patrimônio material quanto imaterial. A primeira delas, a Carta de Atenas, foi escrita em 1931, teve como objetivo “proteger os monumentos de interesse histórico, artístico ou científico, pertencente à diferentes nações” (CARTA DE ATENAS, 1931). Contudo, é na Carta de Atenas de 1933 que constam as primeiras instruções para proteção e conservação de centros históricos. Esta carta fala sobre a cidade funcional, modernista, mas apresenta em seu texto as devidas orientações para que o tecido antigo da cidade coexista com o novo. Este documento foi o primeiro a recomendar que edifícios isolados ou conjuntos urbanos fossem preservados e revitalizados, já que “são testemunhos preciosos do passado que serão respeitados (...)” (CURY, 2004, p. 52). A carta ainda recomenda que devam ser salvaguardados edifícios e sítios que constituam a expressão de uma cultura anterior e que corresponda a um interesse geral. Somente na Carta de Veneza (1964) é que o conceito de centro histórico é abordado. O texto aprofunda os princípios da Carta de Atenas, tratando conservação e restauro como atividades interdisciplinares. Anos depois, as Normas de Quito (Equador, 1967) tratam da conservação e utilização não só dos monumentos, mas também do seu entorno diante de um interesse histórico e artístico. Neste documento constam recomendações para que os projetos de valorização de bens fizessem parte dos planos de desenvolvimento nacional, aliando o governo, como principal responsável, a uma equipe técnica. Aos poucos, nota-se que o tombamento de edificações e conjuntos urbanos passa a dar lugar à medida que tenham como objetivo conservar a estabilidade da paisagem urbana, onde os diversos elementos que compõem a cidade – edificações, lotes, usos e costumes – coexistam para promover a qualidade de vida e as possibilidades de desenvolvimento da população local. “O objeto da política muda, passando de monumentos isolados para grupos de edificações, paisagens urbanas e aos espaços públicos” (STARLING, 2011, p.4.). Surgem outras recomendações em cartas posteriores, tais como acerca da manutenção da população local (Manifesto de Amsterdã, 1975); salvaguarda dos conjuntos históricos e sua função na vida contemporânea (Recomendação de Nairóbi, 1976); reconstrução e adaptação de bens e conjuntos (Carta de Burra, 1980); participação da comunidade nos processos de intervenção (Carta de Washington, 1987), entre outras. Espera-se que documentos como estes continuem sendo redigidos nos eventos que tratem sobre a proteção de bairros históricos, pois é constante o desafio de manter esses que são os lugares mais dinâmicos da vida urbana e continuam sendo referenciais simbólicos da cidade.

Título do Evento: 13º Mestres e Conselheiros
Cidade do Evento: Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento: Anais do 13º Mestres e Conselheiros: o futuro do patrimônio
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

FREIRE, Giovanna Garcêz. CENTROS HISTÓRICOS NAS CARTAS PATRIMONIAIS: DIRETRIZES PARA CONSERVAÇÃO E CONTINUIDADE.. In: Anais do 13º Mestres e Conselheiros: o futuro do patrimônio. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/mestreseconselheiros2022/497939-CENTROS-HISTORICOS-NAS-CARTAS-PATRIMONIAIS--DIRETRIZES-PARA-CONSERVACAO-E-CONTINUIDADE. Acesso em: 10/06/2025