OSTEOSSARCOMA EM MARRECO-CAROLINA (AIX SPONSA)

Marina Alvarado De Medeiros; Shamira de Fátima Sallum Leandro; Cássia Regina Ramos Gonzaga; Flora Nogueira Matos; André Luiz Mota da Costa; Natália Coelho Couto de Azevedo Fernandes; Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira; Maria Atalla Belloti

Todos os Trabalhos

Trabalho

Título do Trabalho

OSTEOSSARCOMA EM MARRECO-CAROLINA (AIX SPONSA)

Autores

Marina Alvarado De Medeiros
Shamira de Fátima Sallum Leandro
Cássia Regina Ramos Gonzaga
Flora Nogueira Matos
André Luiz Mota da Costa
Natália Coelho Couto de Azevedo Fernandes
Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira
Maria Atalla Belloti

Modalidade

Resumo

Área temática

Clínica de Animais Silvestres e Pets não Convencionais

Data de Publicação

18/03/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/jornadagbr/757322-osteossarcoma-em-marreco-carolina-(aix-sponsa)

ISBN

978-65-272-0365-0

Palavras-Chave

Anseriformes, Ave selvagem, Neoplasia, Ornitopatologia, Zoológico

Resumo

Introdução: O marreco-carolina (Aix sponsa) é uma ave migratória com dimorfismo sexual, pertencente a ordem Anseriforme, família Anatidae, originária da América do Norte. O osteossarcoma é um tumor maligno de células ósseas mesenquimais, que apresentam diferenciação osteoblástica com produção de osteóide, podendo essa matriz óssea ser de caráter reativo ou metaplásico. Objetivo: O objetivo deste estudo foi relatar o caso clínico de marreco-carolina, aproximadamente 9 anos, fêmea, mantido sob cuidados humanos no Zoológico de Sorocaba, diagnosticado com osteossarcoma. Metodologia: Para melhora do quadro de claudicação e edema de membro pélvico direito do paciente, foi administrado inicialmente meloxicam 0,5 mg/kg por cinco dias por via intramuscular. Posteriormente, foi realizado exame radiográfico (Figura 1), e após o seu resultado, foi feito citologia aspirativa do local e coleta de sangue para hemograma e perfil bioquímico. Baseado nos resultados dos exames complementares e estado clínico geral do animal, foi optado pela eutanásia do paciente. Realizou-se a necrópsia e a coleta do material de membro e de outros órgãos para avaliação histopatológica e molecular, sendo armazenados de duas formas: formol 10% e congelados. Resultados e discussão: No exame radiográfico, foi constatada acentuada reação óssea agressiva, predominantemente lítica em fêmur direito, acentuado aumento de volume com opacidade de tecidos moles e presença de áreas minerais em permeio, de limites parcialmente definidos (Figura 1), concluindo-se como principal diagnóstico diferencial neoplasia óssea com acentuada perda óssea femoral, e possível extensão a partes moles associadas ao processo inflamatório tecidual e foi realizada citologia aspirativa do local, hemograma e bioquímico. No laudo da citologia, foram observadas células epiteliais basalóides agrupadas em clusters, arranjadas em paliçada, apresentando núcleos redondos ou ovais com alta relação núcleo: citoplasma, nucléolos únicos ou múltiplos e cromatina nuclear condensada, e não foram observados bactérias ou estruturas fúngicas. Portanto, a análise foi sugestiva de neoplasia epitelial benigna. O hemograma apresentou basófilos aumentados e no bioquímico ácido úrico diminuído. A inviabilidade de amputação do membro pélvico do animal, devido a sua anatomia, e a progressão de sua clínica, determinaram a decisão da eutanásia do paciente. Na necropsia, foi observada neoformação de consistência firme e altamente vascularizada em região de fêmur esquerdo, não aderida a musculatura. Além disso, observou-se osteólise de 95% do osso (Figura 2). Na necrópsia, foi coletado material para histopatológico e exame molecular. No laudo, foi descrito neoplasia infiltrativa não encapsulada com feixes irregulares de células alongadas a poligonais com citoplasma fino, granular e eosinofílico; núcleos ovais com cromatina levemente pontilhada e 1-2 nucléolos variavelmente proeminentes; células associadas à deposição de matriz osteóide; além de uma figura de mitose em 2,53 mm². Observou-se áreas de extensa necrose e hemorragia dentro da massa tumoral, concluindo como características histológicas sugestivas de osteossarcoma. Neoplasias são comuns em aves domésticas e em algumas aves de companhia, principalmente em Psittaciformes, no entanto tumores esqueléticos são raramente relatados. Conclusão: A investigação frente a casos como este na clínica de animais selvagens demonstra a importância das pesquisas para compreensão das neoplasias de músculo esquelético em aves e desenvolvimento de terapias para esses pacientes.

Título do Evento: X Jornada Acadêmica do GEAS Brasil
Cidade do Evento: Palhoça
Título dos Anais do Evento: Anais da Jornada Acadêmica do GEAS Brasil: medicina, manejo e conservação de animais aquáticos
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MEDEIROS, Marina Alvarado De et al.. OSTEOSSARCOMA EM MARRECO-CAROLINA (AIX SPONSA).. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jornadagbr/757322-OSTEOSSARCOMA-EM-MARRECO-CAROLINA-(AIX-SPONSA). Acesso em: 17/05/2025