BIOACÚSTICA APLICADA AO COMPORTAMENTO DE CETÁCEOS

Publicado em 18/03/2024 - ISBN: 978-65-272-0365-0

Título do Trabalho
BIOACÚSTICA APLICADA AO COMPORTAMENTO DE CETÁCEOS
Autores
  • Paula Maria Santos Ferreira
  • Erika Paola Pereira Silva
  • Joana de Bairros Neris
  • Isabella Cristina Souza Félix
  • Milena Pereira Barreto
  • Lucas Belchior Souza de Oliveira
Modalidade
Resumo
Área temática
Impactos Socioambientais e Ecologia
Data de Publicação
18/03/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jornadagbr/756611-bioacustica-aplicada-ao-comportamento-de-cetaceos
ISBN
978-65-272-0365-0
Palavras-Chave
Adaptação, comunicação, evolução, Mysticeti, Odontoceti.
Resumo
A infraordem cetacea, com aproximadamente 106 espécies, engloba a subordem Mysticeti (baleias-verdadeiras), e Odontoceti (botos, golfinhos e cachalotes) (MACHADO, 2021). Os cetáceos são mamíferos exclusivamente aquáticos apresentando especializações voltadas à aerodinâmica, regulagem de temperatura, capacidade de ecolocalização para georreferenciamento e alimentação, assim como a de bioacústica, adaptada ao desenvolvimento de relações sociais, reconhecimento individual, cuidado parental e reprodução (ERBE, 2019). A caça destes animais, degradação ambiental e impactos da poluição sonora na percepção e capacidade auditiva dos cetáceos são problemáticas importantes (MELO, 2018), portanto, se faz necessário a avaliação dos mecanismos envolvidos na bioacústica, para o desenvolvimento de alternativas visando a minimização dos impactos ambientais sobre essas espécies. O presente resumo visa sintetizar informações e aplicabilidades voltadas a estratégias de avaliação dos fatores envolvidos na bioacústica de cetáceos, priorizando publicações entre 2018 e 2023, pela seleção de produções científicas em literatura atualizada. As palavras buscadas consistiram em: bioacústica, cetáceos, mamíferos aquáticos, Mysticeti e Odontoceti. A presença de cetáceos em mares turvos e em locais de profundidade avançada se relaciona ao desenvolvimento de habilidades sensoriais. Em geral, apresentam comunicação intraespecífica por meio de assobios de frequência constante ou modulada (MELO, 2018). A ecolocalização também funciona por meio de sons pulsados para ajudar a se localizar no espaço, sendo utilizada por Odontoceti como forma de interação social (cortejo, comportamento agonístico), deslocamento e forrageamento (MINELLO, 2022). Fisiologicamente em Odontoceti, o som é gerado a partir da passagem nasal direita do animal, anterior ao crânio e caudalmente ao "melão", na fronte do animal. O “melão” funciona justamente como um transdutor acústico e lente sônica, dando direcionalidade para a produção de som focal e uma ecolocalização precisa (MELO, 2018). Assim, o caminho a ser percorrido pela onda sonora está situado a partir do melão interno. Ademais, apesar das grandes similaridades entre as formas de ecolocalização entre espécies, existem particularidades entre famílias, sendo resultado da morfologia, habitat, presas e comportamentos intraespecíficos (MINELLO, 2022). Devido à adaptação evolutiva frente às limitações visuais ocasionadas pelo ambiente nos quais se encontra, os cetáceos utilizam uma variedade de vocalizações, incluindo cliques, assobios e canções complexas, para se comunicarem uns com os outros e navegarem em ambiente aquático (MACHADO, 2021). Um dos aspectos mais notáveis da bioacústica dos cetáceos é a sua capacidade de produzir sons de alta frequência, dependentes da anatomia coclear e, muitas vezes, inaudíveis pelos humanos. Enquanto os golfinhos utilizam cliques de alta frequência para se comunicar, as baleias podem produzir canções melodiosas alcançando grandes distâncias sob a água. Por exemplo, o golfinho-comum-de-bico-curto (Delphinus delphis), possui a frequência dos assobios variando de 1.34-35.23 kHz e a duração variando entre 0.11 e 2.16 segundos (SIMONATO, 2020). Mecanismos anatomofisiológicos, comportamentais e ambientais são alguns dos fatores que influenciam na comunicação intraespecífica, impactando diretamente na percepção em ambiente aquático. Alterações no habitat podem afetar a bioacústica desses animais, portanto, são necessárias mais pesquisas que relacionem esses fatores a fim de entender a dinâmica adaptativa e evolutiva envolvida e assim estabelecer estratégias de conservação das espécies de cetáceos.
Título do Evento
X Jornada Acadêmica do GEAS Brasil
Cidade do Evento
Palhoça
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Acadêmica do GEAS Brasil: medicina, manejo e conservação de animais aquáticos
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Paula Maria Santos et al.. BIOACÚSTICA APLICADA AO COMPORTAMENTO DE CETÁCEOS.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jornadagbr/756611-BIOACUSTICA-APLICADA-AO-COMPORTAMENTO-DE-CETACEOS. Acesso em: 31/05/2025

Trabalho

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