ESTÉTICA DO OPRIMIDO VS. ESTÉTICA DA LIBERTAÇÃO

Gustavo Hessmann Dalaqua

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Trabalho

Título do Trabalho

ESTÉTICA DO OPRIMIDO VS. ESTÉTICA DA LIBERTAÇÃO

Autores

Gustavo Hessmann Dalaqua

Modalidade

1) Comunicação de processos de pesquisa

Área temática

Estética da Resistência

Data de Publicação

02/12/2020

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/jitou2020/283412-estetica-do-oprimido-vs-estetica-da-libertacao

ISBN

978-65-5941-026-2

Palavras-Chave

Apresentação: https://youtu.be/u6ip0XGPrnE

Resumo

O objetivo do nosso trabalho é comparar duas importantes teorias estéticas da América Latina a fim de analisar suas semelhanças e diferenças. A primeira delas é a estética da libertação (EL), que foi teorizada por Enrique Dussel (2020) em "Siete ensayos de filosofía de la liberación". A segunda delas é a estética do oprimido (EO), que foi sintetizada por Augusto Boal (2009) em seu último livro. Dentre as semelhanças que ambas teorias apresentam, a principal delas é que tanto a EL quanto a EO visam promover a liberdade popular e a resistência à opressão mediante a descolonização da estética. Contudo, ainda que compartilhem deste mesmo objetivo, a EL e a EO possuem diferenças significativas. Ao passo que a EL supõe que o povo oprimido corresponde a um grupo homogêneo de pessoas, a EO entende que o conjunto dos oprimidos abriga diversidade interna. A EO parte do pressuposto de que o povo oprimido se compõe de diferentes grupos e reconhece o caráter inerradicável do conflito. A EL, em contrapartida, afirma que a descolonização estética conduz o povo oprimido a uma coexistência harmônica que eliminaria o conflito. Nossa hipótese inicial é a de que estas diferentes concepções do povo se devem aos diferentes modos como a EL e a EO compreendem a opressão. Ao passo que a EL entende que a opressão é de origem apenas externa, a EO tematiza diferentes mecanismos que fazem com que o oprimido internalize a opressão. Justamente por conta desta diferença, a EO reconhece que o oprimido pode agir como um opressor e, eventualmente, oprimir um ou mais membros que fazem parte de seu povo. Visto que não atenta para o tema da internalização da opressão, a EL não aventa semelhante possibilidade.

Título do Evento: VIII Jornadas Internacionais de Teatro do Oprimido e Universidade - Teatro do Oprimido como arte marcial: resistência em movimento!
Título dos Anais do Evento: Anais das VIII Jornadas Internacionais de Teatro do Oprimido e Universidade - Teatro do Oprimido como arte marcial: resistência em movimento!
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

DALAQUA, Gustavo Hessmann. ESTÉTICA DO OPRIMIDO VS. ESTÉTICA DA LIBERTAÇÃO.. In: Anais das VIII Jornadas Internacionais de Teatro do Oprimido e Universidade - Teatro do Oprimido como arte marcial: resistência em movimento!. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UNIRIO, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jitou2020/283412-ESTETICA-DO-OPRIMIDO-VS-ESTETICA-DA-LIBERTACAO. Acesso em: 18/07/2025