CORPO LIGAME – A CONDUÇÃO DO NEOGROTESCO NA CENA

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
CORPO LIGAME – A CONDUÇÃO DO NEOGROTESCO NA CENA
Autores
  • Homero Ferreira Kaneko
  • Carmem Cinyra Gadelha Pereira
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH)/Comunicação
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/317058-corpo-ligame--a-conducao-do-neogrotesco-na-cena
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
teatro, neogrotesco, cena, corpo, Companhia Hecatombe
Resumo
Ao nos perguntarmos como o grotesco se manifesta nos dias de hoje, é fácil chegarmos à violência, às tragédias urbanas, à injustiça social, ao racismo, ao Capital opressor – problemas que nos afetam e são de natureza aberrante; mas, ao mesmo tempo, recebem nosso fechar de olhos. No esboço do que podemos considerar neogrotesco, um certo apagamento (talvez por excesso de exposição) da realidade e suas consequências, aquelas às quais nos acostumamos e as que estão por vir. Negamos nossa condição grotesca; nessa negação, o neogrotesco aparece, operando no presente/atualidade, empregnado da tecnociência, dos dispositivos eletrônicos, das próteses, dos smartphones, das mídias sociais. Esse percurso, do grotesco ao neogrotesco, ampara-se basilarmente em Mikhail Bakhtin (2013), Muniz Sodré (1992), entre outros. A pesquisa tem, como objetivo principal, encontrar na análise de três espetáculos teatrais da Companhia Hecatombe (Orégano, Cheiro de carne e Crise de gente), o fator comum responsável por expressar o neogrotesco. Esse possível elo de ligação indica os espaços de trânsito da linguagem neogrotesca, ponto-chave para a compreensão de sua ação/presença nas artes da cena. Um olhar preliminar para o disposto permite ver o corpo na cena como ligame (ligação, liame), o principal responsável por unir uma obra à outra. Essa ligação é via condutora da linguagem, sendo sua identificação importante para localizar o neogrotesco como um procedimento teatral contemporâneo. A busca por este entendimento terá, como método, olhar para as transformações desse corpo que se individualiza, higieniza, espiritualiza, castra-se, molda-se; que se utiliza para o trabalho, a disciplina; corpo-máquina controlado, que se consome e se compartimenta. Tudo isto conduz ao problema de sua própria desterritorialização. Estão em exame as encenações da Companhia Hecatombe: a orientação dessas transformações corporais nas criações. Tal esforço de análise é ancorado também na visão histórica sobre o corpo monstruoso, da professora Ieda Tucherman (1999). Por fim, e como resultado parcial deste empenho, pretende-se definir parâmetros sobre o corpo neogrotesco que sejam capazes de sustentar futuras etapas de trabalho. Como, por exemplo, saber quais outras produções simbólicas são dadas a partir dele, numa possível diferenciação e/ou identificação com o corpo monstruoso. Afinal, o que une também separa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento - O contexto de François Rabelais. São Paulo: Editora Hucitec, 2013. SODRÉ, Muniz. O Social Irradiado: violência urbana, neogrotesco e mídia. São Paulo: Editora Cortez, 1992. TUCHERMAN, Ieda. Breve história do corpo e seus monstros. Lisboa: Editora Vega, 1999.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

KANEKO, Homero Ferreira; PEREIRA, Carmem Cinyra Gadelha. CORPO LIGAME – A CONDUÇÃO DO NEOGROTESCO NA CENA.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/317058-CORPO-LIGAME--A-CONDUCAO-DO-NEOGROTESCO-NA-CENA. Acesso em: 05/05/2025

Trabalho

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