O RAP E O PÓS-COLONIALISMO: AS REMINISCÊNCIAS E RESÍDUOS DE UM SISTEMA NAS MÚSICAS DO GRUPO RACIONAIS MC’S E DO RAPPER EMICIDA

Beatriz Assis e Silva; Paulo Roberto Tonani do Patrocínio

Título do Trabalho

Autores

Beatriz Assis e Silva
Paulo Roberto Tonani do Patrocínio

Modalidade

Resumo apresentação oral curta

Área temática

Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas

Data de Publicação

22/03/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/316841-o-rap-e-o-pos-colonialismo--as-reminiscencias-e-residuos-de-um-sistema-nas-musicas-do-grupo-racionais-mcs-e-do-r

ISBN

978-65-5941-128-3

Palavras-Chave

Rao; Hip Hop; Pós-colonial; segregação; racismo

Resumo

De forma recorrente, a crítica cultural que se debruça sobre as produções discursivas do rap utiliza o conceito de crônica urbana enquanto forma de ancoragem a esta manifestação cultural. O uso deste conceito surge em decorrência de seu teor testemunhal que pode ser entrevisto nas produções poético-musicais que buscam retratar a realidade de locais e sujeitos marginalizados. Baseando-se nisso, a pesquisa se direciona a analisar as composições do Rap brasileiro enquanto forma de subjetivação e, principalmente, enquanto recurso para a produção de uma identidade cultural baseada na afirmação de uma territorialidade que se constrói em oposição a uma ideia de centro. Além disso, a partir de um referencial teórico fundado em pensadores Pós-Coloniais objetiva-se analisar as letras dessas composições poético-musicais enquanto representações dos resíduos e das reminiscências do imperialismo, da colonização e da escravidão na sociedade brasileira – especialmente nas periferias de São Paulo, o local que pode ser considerado o berço dessas composições. A partir desse horizonte nosso olhar será direcionado principalmente às músicas do grupo Racionais MC’s – um dos principais nomes do rap brasileiro. Para além do ponto mais evidente da colonização, que é a segregação racial, em nossa análise serão observadas questões como a ocupação do espaço urbano, o sonho da liberdade e as diversas formas em que as violências atmosférica e física ocorrem atualmente no Brasil, e que têm raízes no passado colonial e escravocrata do país. A pesquisa se baseou nas contribuições que fazem uma crítica do Rap, para tanto autores como Ricardo Teperman, Roberto Camargos e Roberta Estrela D'Alva foram fundamentais. Contamos também com um conjunto de teóricos como Homi K. Bhabha, Frantz Fanon e Achille Mbembe que corroboram com as narrativas presentes no Rap e pontuam as problemáticas sociais que possuem origens de um longo período colonial e violento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998. CAMARGOS, Roberto. Rap e Política: percepções da vida social brasileira. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2015. MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições, 2018.

Título do Evento: XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SILVA, Beatriz Assis e; PATROCÍNIO, Paulo Roberto Tonani do. O RAP E O PÓS-COLONIALISMO: AS REMINISCÊNCIAS E RESÍDUOS DE UM SISTEMA NAS MÚSICAS DO GRUPO RACIONAIS MC’S E DO RAPPER EMICIDA.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/316841-O-RAP-E-O-POS-COLONIALISMO--AS-REMINISCENCIAS-E-RESIDUOS-DE-UM-SISTEMA-NAS-MUSICAS-DO-GRUPO-RACIONAIS-MCS-E-DO-R. Acesso em: 16/05/2025