PREVALÊNCIA DE PATÓGENOS MULTIRRESISTENTES DO GRUPO ESKAPE EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO RIO DE JANEIRO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
PREVALÊNCIA DE PATÓGENOS MULTIRRESISTENTES DO GRUPO ESKAPE EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO RIO DE JANEIRO
Autores
  • Luis Phillipe Nagem Lopes
  • Camila Silva de Oliveira
  • Alice Ramos Oliveira da Silva
  • ELISANGELA DA COSTA LIMA DELLAMORA
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências de Saúde (CCS)/Farmácia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/316171-prevalencia-de-patogenos-multirresistentes-do-grupo-eskape-em-hospital-terciario-do-rio-de-janeiro
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Unidade de Terapia Intensiva, Resistência microbiana a medicamentos, Prevalência
Resumo
Introdução: A resistência a antimicrobianos é um problema de saúde pública. Os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão mais suscetíveis a infecções por patógenos multirresistentes devido a procedimentos invasivos, ao uso de antibióticos e as alterações fisiopatológicas inerentes ao quadro crítico (1). No Brasil, a prevalência de patógenos do grupo ESKAPE (Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter spp), relacionados a graves infecções hospitalares, é alta em UTI (2). Objetivo: Descrever a prevalência de patógenos do grupo ESKAPE, incluindo os perfis multirresistentes, em pacientes internados em UTI. Método: Foi realizado um estudo descritivo e exploratório no ano de 2019 em um hospital terciário do Rio de Janeiro. Este estudo utilizou a definição de bactéria multidrug resistant (MDR) como aquela que não é suscetível a pelo menos 1 agente em pelo menos 3 classes (3). Foram incluídos todos os pacientes internados na UTI investigada durante o período de estudo que tiveram diagnóstico de infecção hospitalar (em, pelo menos, uma cultura positiva). Foram excluídos pacientes com tempo de internação inferior a 48 horas e menores de 18 anos. Os dados foram coletados do sistema informatizado do serviço de microbiologia do hospital e em prontuários. As variáveis categóricas foram expressas em frequência absoluta e relativa e as variáveis continuas foram expressas em mediana e intervalo interquartil. Os resultados duplicados (culturas positivas com o mesmo agente), por paciente, foram excluídos para determinação da frequência. Utilizou-se o programa estatístico Bioest 5.3® para realizar o teste binominal aplicado as variáveis categóricas e o teste não paramétrico de Mann Whitney para variáveis contínuas. Foi adotado intervalo de confiança de 95%, sendo valor de p <0,005 estatisticamente significativo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 25683019.4.0000.5249). Resultados preliminares: O estudo incluiu 331 pacientes. Destes, 158 (47,7%) eram do sexo feminino; a mediana de idade foi 79. A mediana do escore Charlson de comorbidade foi 2 (1,0 -3,0). A mediana do escore SAP3 de gravidade foi 52 (46,5– 60,0). Houve óbito de 147 (40,8%) pacientes. Os patógenos ESKAPE foram responsáveis por 555 (49,60%) dos isolados microbianos. A frequência de MDR no grupo ESKAPE foi 98 (46,9%) versus 15 (12,30%) não ESKAPE (p <0,001). O número de óbitos do grupo ESKAPE foi 100 (47,8%) versus 47 (38,5%) do grupo não ESKAPE (p = 0,096). Óbitos no grupo MDR foram 57 (51,8%) versus 90 (41,3%) no grupo não MDR (p = 0,070). O tempo total de internação hospitalar em dias foi de 56 (27,0–130,5) no grupo ESKAPE versus 24 (12,7–56,5) do grupo não ESKAPE (p <0,0001). Os pacientes com patógenos MDR do grupo ESKAPE tiveram um tempo de internação total em dias de 75 (36,2–159,0) versus 46 (21,0–87,0) com patógenos não MDR (p= 0,0045). O total de culturas positivas foi 1119 (média = 3,8 culturas positivas/paciente). P.aeruginosa foi o patógeno mais prevalente (256; 22,9%). K. pneumoniae (113; 10,1%) e A. baumannii (90; 8,0%) foram, respectivamente, o 4º e 6º patógenos mais prevalentes. Os cocos gram-positivos S. aureus 40 (3,6%) e E. faecium 13 (1,2%) tiveram baixa prevalência, em relação a outras investigações brasileiras (2). Conclusão: Foi encontrada uma alta prevalência de patógenos do grupo ESKAPE e de bactérias MDR neste grupo. O perfil MDR, contudo, não foi associado a aumento da mortalidade hospitalar, mas apresentou o tempo total de internação superior quando comparado aos patógenos não MDR. REFERÊNCIAS 1 - MARAOLO et al. Exp Rev Anti-Inf Ther, 15,9:861–71, 2017. 2 - BRAGA et al. J Hosp Inf, 99,3:318-24, 2018. 3 - MAGIORAKOS et al. Clin Microbiol Inf, 18, 3:268–81, 2012.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LOPES, Luis Phillipe Nagem et al.. PREVALÊNCIA DE PATÓGENOS MULTIRRESISTENTES DO GRUPO ESKAPE EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO RIO DE JANEIRO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/316171-PREVALENCIA-DE-PATOGENOS-MULTIRRESISTENTES-DO-GRUPO-ESKAPE-EM-HOSPITAL-TERCIARIO-DO-RIO-DE-JANEIRO. Acesso em: 21/07/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes