CORPO EM ABISMO: MÁRIO CESARINY EM DIÁLOGO COM CAMÕES

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
CORPO EM ABISMO: MÁRIO CESARINY EM DIÁLOGO COM CAMÕES
Autores
  • Raphael Felipe Pereira de Araujo
  • MONICA GENELHU FAGUNDES
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/315516-corpo-em-abismo--mario-cesariny-em-dialogo-com-camoes
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Mário Cesariny, Camões, corpo, metalinguagem
Resumo
O surrealista português Mário Cesariny é conhecido por estabelecer diálogos intertextuais com incontáveis artistas. Em sua obra poética, encontramos desde poemas que dialogam com autores da tradição literária portuguesa, como Cesário Verde e Fernando Pessoa, a poemas que dialogam com artistas que estão para além da sua tradição nacional, como Antonin Artaud e Edgar Allan Poe. Em O poema como palco (2017), Maria Silva Prado Lessa afirma que o texto de Cesariny “parece depender do encontro com o outro” (LESSA, 2017, p. 56), de modo que o exercício do diálogo se torna um aspecto fundamental da poética cesariniana. Este trabalho se propõe a pensar no diálogo que Cesariny estabelece com um renomado poeta da literatura portuguesa: Luís Vaz de Camões. Na enorme biblioteca que o surrealista fez de sua poesia, este poeta ocupa um lugar peculiar. Lessa observa que o retorno de Cesariny a Camões se dá “de forma tortuosa” (LESSA, 2017, p. 78), tendo em vista que Camões nunca é referenciado diretamente pelo surrealista. O apagamento do nome do autor d’Os Lusíadas, entretanto, não significa sua completa ausência. Pela obra de Cesariny, encontramos vestígios camonianos, pequenos traços que remontam a esta poesia que deixou sua marca na cultura portuguesa. Nosso exercício de leitura é votado à busca destes vestígios, destas sutilezas de que Cesariny se vale para se posicionar diante de Camões. Um ponto central a ser discutido é o modo como estes poetas tratam da perda do corpo amado e o papel que a metalinguagem desempenha em suas poéticas. Enquanto Camões delega “à linguagem a responsabilidade do luto” (FAGUNDES, 2017, p. 113), Cesariny parece se voltar à mesma “materialidade da linguagem” (BLANCHOT, 2011, p. 335) para formar um outro corpo, inorgânico, que se confunde com o corpo amado e perdido: o corpo do poema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLANCHOT, M. A parte do fogo. Trad. Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 2011. FAGUNDES, M. G. “Da mágoa, sem remédio, de perder-te”: o luto como trabalho da linguagem na poesia de Camões. Revista Diadorim, Rio de Janeiro, v. 1, n. 19, p. 102-14, Janeiro-Junho, 2017. LESSA, M. S. P. O poema como palco: algumas cenas da escrita de Mário Cesariny. 2017. 102f. Dissertação (Mestrado em Letras Vernáculas) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ARAUJO, Raphael Felipe Pereira de; FAGUNDES, MONICA GENELHU. CORPO EM ABISMO: MÁRIO CESARINY EM DIÁLOGO COM CAMÕES.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/315516-CORPO-EM-ABISMO--MARIO-CESARINY-EM-DIALOGO-COM-CAMOES. Acesso em: 17/05/2025

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