RAP, JUVENTUDE NEGRA E SERVIÇO SOCIAL: CAMINHOS PARA UMA ATUAÇÃO PROFISSIONAL ANTIRRACISTA

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
RAP, JUVENTUDE NEGRA E SERVIÇO SOCIAL: CAMINHOS PARA UMA ATUAÇÃO PROFISSIONAL ANTIRRACISTA
Autores
  • Laryssa Carvalho de Olivera Neves
  • Gracyelle Costa Ferreira
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH)/Serviço Social
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/315293-rap-juventude-negra-e-servico-social--caminhos-para-uma-atuacao-profissional-antirracista
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Rap, Juventude Negra, Serviço Social
Resumo
O referido resumo é baseado no trabalho de conclusão de curso, que teve o objetivo de demostrar que o rap pode se constituir como um elemento aliado do Serviço Social no atendimento aos jovens negros. Baseado nos griots africanos, no sound system jamaicano e no movimento hip hop fundado nos Estados Unidos, o rap - abreviação de ritmo e poesia - chega ao Brasil por volta dos anos 80, nos bailes blacks. Com o desenvolvimento das manifestações do hip hop, os primeiros rappers aparecem nas rodas de break (SANTOS, 2016). A juventude negra começou a se identificar com o ritmo que retratava sua realidade, exaltava sua cultura e beleza. A consciência política dos rappers e daqueles que com ele se identificam aumenta e as letras apresentam mais denúncias às desigualdades e às condições de vida precárias dessa população (SANTOS, 2016). O rap ficou conhecido como som de preto para pretos, expandindo-se para os excluídos e marginalizados. Onde mesmo subvertendo as estatísticas da violência policial, racismo, drogas, mortes, a juventude negra se apropria da criatividade do Sound System, ressignificando-as de acordo com suas vivências e experiências (SANTOS, 2016, p. 99). O Serviço Social, por sua vez, é uma profissão generalista e consegue se inserir em muitos espaços de trabalho; todavia, Iamamoto (2009) sinaliza que a maior parte das/dos profissionais se encontram alocados na esfera pública. Também é possível dizer, apesar dos poucos números de preenchimento do item raça/cor nas fichas de atendimento, que a população negra é a maioria por eles atendida nas políticas públicas (CFESS, 2019). Dado que o movimento de reconceituação construiu outra perspectiva para a profissão e desenvolveu Projeto Ético Político pautado na defesa de uma nova ordem societária e da classe trabalhadora, entende-se o tema aqui exposto como uma alternativa aos caminhos que colaboram para a emancipação dos indivíduos. Os caminhos para a construção do trabalho passaram pelas pesquisas bibliográfica e documental; essa última, caracterizada pela busca de materiais sem aprofundamento teórico ou debate científico anteriores (GIL, 2002), se concretizou a partir da análise de letras das músicas Favela Vive 2, Mandume, Boa esperança e Corra, que abordam temas como a vivência nas favelas, as desigualdades e o genocídio negro. As letras foram analisadas e comparadas aos dados disponíveis no atlas da violência, observatório das favelas e demais informações fornecidas pelo IBGE. O resultado da análise aponta que as músicas traduzem os números e dados sobre as questões políticas e sociais no país. Como produto final, é possível dizer que o rap, com seu caráter crítico, pode se constituir como um elemento instrutivo para a juventude negra e, ao ser utilizado pelos assistentes sociais, pode ter impactos importantes na trajetória de vida desses jovens, pois fortalece as identidades individual e coletiva, além de auxiliar no reconhecimento dos mesmo enquanto sujeitos de direitos. O rap se revela como uma peça que pode impulsionar esses jovens na autovalorização e na busca de um conhecimento crítico sobre a sociedade estruturalmente racista, criando formas de resistência a mesma. Sobre o Serviço Social, conclui-se que os diálogos e emprego do rap nos atendimentos à juventude negra fortalecem a luta contra o genocídio cultural e o epistemicídio, já que valoriza as contribuições dos negros para a sociedade, o que coaduna com a busca por uma ordem societária sem preconceitos e exploração. Referências bibliográficas CFESS. Assistente social: compartilhe sua história de combate ao racismo. Disponível: cfess.org.br/ . Acesso em 24 de Outubro de 2020 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, Joelma de Sales dos. Rap, periferia e questões de gênero: história e representações. 2016. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Estudos Pós-Graduados em História, PUC/SP, São Paulo, 2016.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

NEVES, Laryssa Carvalho de Olivera; FERREIRA , Gracyelle Costa Ferreira . RAP, JUVENTUDE NEGRA E SERVIÇO SOCIAL: CAMINHOS PARA UMA ATUAÇÃO PROFISSIONAL ANTIRRACISTA.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/315293-RAP-JUVENTUDE-NEGRA-E-SERVICO-SOCIAL--CAMINHOS-PARA-UMA-ATUACAO-PROFISSIONAL-ANTIRRACISTA. Acesso em: 22/07/2025

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