ADENOSINA DIFOSFATO COMO NOVO TRATAMENTO PARA FERIDAS CUTÂNEAS EM MODELO MURINO DE DIABETES DO TIPO 2

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
ADENOSINA DIFOSFATO COMO NOVO TRATAMENTO PARA FERIDAS CUTÂNEAS EM MODELO MURINO DE DIABETES DO TIPO 2
Autores
  • Thaís da Silva Bastos
  • Evelyn Mendes do Nascimento
  • Vanderlei da Silva Fraga Junior
  • Claudia Farias Benjamim
Modalidade
Resumo apresentação oral curta
Área temática
Centro de Ciências da Saúde (CCS)/Imunologia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/315195-adenosina-difosfato-como-novo-tratamento-para-feridas-cutaneas-em-modelo-murino-de-diabetes-do-tipo-2
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Diabetes, Imunologia, ADP, Tratamento
Resumo
Diabetes Mellitus é uma doença metabólica crônica causada pela produção insuficiente ou pela redução da sinalização da insulina, hormônio que regula o nível de glicose no sangue. O diabetes leva a complicações de vários órgãos, sendo uma doença com grande prevalência global. A doença é classificada mais comumente em diabetes mellitus tipo I (DM I), correspondendo cerca de 5% dos casos, e o tipo II (DM II), mais incidente (até 95% dos casos). O DM I geralmente é associado a destruição autoimune das células beta pancreáticas, levando à deficiência na produção de insulina. O modelo adotado para este estudo é de DM II, caracterizado principalmente pelo quadro de resistência à insulina, o qual gera a exaustão funcional das células beta e promove um quadro de hiperglicemia permanente. Além da obesidade, outra comorbidade perigosa é relacionada com a doença: a deficiência no processo cicatrizante de feridas, a qual favorece o aparecimento de lesões cutâneas crônicas e com possível progressão para amputação de membros ou até morte (GRENNE et al., 1992). Atualmente, embora numerosos, muitos tratamentos são apenas paliativos e/ou inacessíveis. Desta forma, é latente a necessidade da pesquisa sobre opções de tratamento que possam suprir tais necessidades. A nossa pesquisa utiliza a adenosina difosfato (ADP) como tratamento para feridas crônicas: ela é agonista de 3 dos 8 subtipos de receptores da família P2Y, que possui receptores expressos em diversos tipos celulares envolvidos no processo de reparo. Com base na literatura, o ADP possui um papel neuroprotetor com comprovada eficiência na redução da morte celular e perda tecidual em modelo de lesão de retina de Zebrafish (BATTISTA et al., 2009). O estudo nos levou a considerar a possível ação cicatrizante do ADP em animais diabéticos com lesão cutânea. Dados do nosso grupo demonstram que o tratamento tópico com ADP (0,38 µg/ lesão/ 30 µL ) acelera o processo de cicatrização de feridas cutâneas em animais diabéticos submetidos ao modelo de DM I induzido por Aloxana: animais tratados com ADP têm aproximadamente 60% da área cicatrizada enquanto os tratados com veículo têm somente 2% (BORGES et al., em submissão). Assim como nos modelos com DM I, utilizamos camundongos da linhagem Swiss num primeiro ensaio com indução de DM II via dieta hiperlipídica (HFD 45%) por 18 semanas. Os animais ficaram obesos e desenvolveram intolerância à glicose. Após isso, todos os 4 grupos(controles tratados com ADP e veículo, e HFD tratados com ADP e veículo) foram lesionados dorsalmente e tratados. Os animais Swiss submetidos à dieta não apresentaram atraso na cicatrização, o que compromete a avaliação do resultado do tratamento com ADP. A ideia atual é repetir os experimentos, desta vez com camundongos do modelo C57BL/6, por apresentar menor variação e por ser mais susceptível à obesidade, além de ser um modelo mais estabelecido na literatura. A hipótese é que as feridas diabéticas não fecham devido a uma estagnação entre as fases inflamatória e proliferativa do processo de cicatrização e que o ADP, sendo um mediador pró-inflamatório, acelera o reparo tecidual através da ativação de seus receptores presentes em todas as células envolvidas no processo de reparo, ativando-as para fases subsequentes. (CEUA/UFRJ - processos: n.º DFBCICB028, n.º 093/15 e n.º IMPPG 128/15). Referências bibliográficas: BATTISTA, A.G. et al. Extracellular ADP regulates lesion-induced in vivo cell proliferation and death in the zebrafish retina. Journal of Neurochemistry, 111 (2): 600-13. (2009). BORGES, P. et al. Adenosine diphosphate accelerates and improves wound healing in diabetic mice through P2Y1 and P2Y12 activation. Em submissão, (2020). GREENNE, D. A. et al. Complications: neuropathy, pathogenetic considerations. Diabetes Care, 15: 1902-1925 (1992).
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BASTOS, Thaís da Silva et al.. ADENOSINA DIFOSFATO COMO NOVO TRATAMENTO PARA FERIDAS CUTÂNEAS EM MODELO MURINO DE DIABETES DO TIPO 2.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/315195-ADENOSINA-DIFOSFATO-COMO-NOVO-TRATAMENTO-PARA-FERIDAS-CUTANEAS-EM-MODELO-MURINO-DE-DIABETES-DO-TIPO-2. Acesso em: 07/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes