MODULAÇÃO NA POLARIZAÇÃO DE NEUTRÓFILOS COMO ESTRATÉGIA NO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
MODULAÇÃO NA POLARIZAÇÃO DE NEUTRÓFILOS COMO ESTRATÉGIA NO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA
Autores
  • Clara Luisa Docasar Silva
  • Carolinne Souza de Amorim
  • João Moraes
Modalidade
Resumo apresentação oral curta
Área temática
Centro de Ciências da Saúde (CCS)/Farmacologia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/315002-modulacao-na-polarizacao-de-neutrofilos-como-estrategia-no-combate-ao-cancer-de-mama
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Câncer de Mama, Inflamação, Neutrófilos associados ao tumor, Vesículas Extracelulares.
Resumo
introdução: O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum no mundo e o primeiro mais comum entre as mulheres. A linhagem celular MDA-MB-231 é o subtipo molecular mais agressivo e de pior prognóstico, conhecido como triplo negativo ou basal. A inflamação é o mecanismo protetor, pois visa eliminar o agente causador da lesão com posterior reparo tecidual (MANTOVANI et al, 2011). A relação entre câncer e inflamação está bem estabelecida, tendo sido descrita a presença de neutrófilos (PMN) em tumores (HANAHAN et al, 2011). As células do sistema imune, inclusive os PMN, são recrutadas pelo microambiente tumoral como um local de inflamação crônica e, então, começam a atuar em prol do tumor. Os PMN presentes no sítio tumoral são chamados de neutrófilos associados ao tumor (TAN) e podem apresentar dois fenótipos: N1 (antitumoral) ou N2 (pró-tumoral) (FRIDLENDER et al, 2009). Como estratégia de polarização in vitro de TAN utilizamos as vesículas extracelulares (VE) de células tumorais MDA-MB-231 em comparação com as VE de células não tumorais MCF10. Objetivo: Desvendar in vitro a importância das VE de MDA-MB-231 na polarização de N2 e elucidar uma forma de impedir esta polarização. Métodos: Os PMN foram isolados em gradiente de ficoll a partir de sangue periférico de doadores humano saudáveis (aprovado pelo comitê de ética CAAE: 38257914.7.0000.5259) e foram polarizados através do tratamento in vitro por 3 horas a 37°C e 5% de CO2 com VE tumorais. A viabilidade das células tumorais tratadas com PMN polarizados foi observada por MTT e pelo conteúdo de pró-caspase-3 por western blotting após 24h; Em relação aos PMN tratados com VE, foi avaliada a capacidade quimiotática (1h), produção de armadilhas extracelulares neutrofílicas (NET, avaliação de DNA extracelular – 3h), alteração do seu tempo de meia vida (morfologia – 20h) e modificação na produção de espécies reativas de oxigênio intracelular (sonda DCF-DA 3h). Conclusão: Os PMN tratados com VE de MDA-MB-231 foram capazes de aumentar a viabilidade das células tumorais e também aumentar a expressão de pró-caspase-3, proteína percursora da caspase, indicando que há uma menor morte das células tumorais quando tratadas com os PMN polarizados com as VE tumorais. As VE de MDA-MB-231 apresentaram maior capacidade quimiotática dos PMN quando comparadas às VE de MCF10. De forma interessante, o tratamento das VE tumorais com anexina-V reduziu seu efeito quimiotático. Os PMN polarizados com VE tumorais produziram mais DNA extracelular do que os tratados com VE não tumorais, indicando possivelmente maior produção de NET. Em relação às VE tumorais pré tratadas com anexina V bloqueadora, a mesma impediu a liberação de DNA extracelular pelos neutrofilos. Os PMN tratados com VE de MDA-MB-231 tiveram seu tempo de meia vida aumentado em relação aos que foram tratados com as VE não tumorais. Por fim, os PMN tratados com VE tumorais foram capazes de produzir mais ROS intracelular do que os outros grupos experimentais. Com isso, acreditamos que as VE de MDA-MB-231 são capazes de induzir um fenótipo N2-like e a anexina-V pode atuar como um importante agente modulando negativamente esse efeito. Referências: MANTOVANI, A.; CASSATELLA, M.A.; COSTANTINI, C.; JAILLON, S. Neutrophils in the activation and regulation of innate and adaptive immunity. Nature Reviews – Immunology, 2011. HANAHAN, D.; WEINBERG, R.A. Hallmarks of Cancer: The Next generation. Cell 144: 646-674, 2011. FRIDLENDER, Z.G.; SUN, J.; KIM, S.; KAPOOR, V.; CHENG, G.; LING, L.; WORTHEN, G.S.; ALBELDA, S.M. Polarization of tumor-associated neutrophil phenotype by TGF-ß: “N1” versus “N2” TAN. Cancer Cell, 2009.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Clara Luisa Docasar; AMORIM, Carolinne Souza de; MORAES, João. MODULAÇÃO NA POLARIZAÇÃO DE NEUTRÓFILOS COMO ESTRATÉGIA NO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/315002-MODULACAO-NA-POLARIZACAO-DE-NEUTROFILOS-COMO-ESTRATEGIA-NO-COMBATE-AO-CANCER-DE-MAMA. Acesso em: 02/05/2025

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