A ARQUITETURA DO ESTADO DE TRÂNSITO, PARTE 2: O TRÂNSITO NOS PLANOS URBANOS RECENTES PARA A METRÓPOLE RIO DE JANEIRO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
A ARQUITETURA DO ESTADO DE TRÂNSITO, PARTE 2: O TRÂNSITO NOS PLANOS URBANOS RECENTES PARA A METRÓPOLE RIO DE JANEIRO
Autores
  • Cauê Costa Capillé
  • Gabriela da Silva Candido de Lima
  • Larissa Monteiro
  • Fernanda Bravo Silveira Alonso
  • Mariana Cruz
  • Arthur Frensch
  • Thiago Tavares Abranches de Soveral (coorientador)
  • Ariane Pereira da Silva (Colaboradora)
  • Isabela Maria Lessa Martins
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Letras e Artes (CLA)/Arquitetura e Urbanismo
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/314968-a-arquitetura-do-estado-de-transito-parte-2--o-transito-nos-planos-urbanos-recentes-para-a-metropole-rio-de-jane
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Arquitetura da Infraestrutura, Trânsito, Tipologia, Baixada Fluminense
Resumo
O tempo médio de deslocamento diário na metrópole do Rio de Janeiro é de 2 horas e 21 minutos, o maior do Brasil. De fato, a metrópole fluminense é frequentemente caracterizada espacialmente por três condições interrelacionadas: por uma estrutura ‘centro-periferia’ de dependência econômica, cultural e política; por distâncias territoriais entre atividades urbanas; e por inúmeras deficiências infraestruturais (CÂMARA METROPOLITANA DE INTEGRAÇÃO GOVERNAMENTAL, 2017; SEBRAE, 2013). Essas três condições – dependência, distância e deficiência – sintetizam profundos problemas sócio-espaciais e contribuem para a naturalização de um ‘estado de trânsito’ cotidiano para milhões de pessoas. Esse fato coloca as infraestruturas de trânsito em uma posição central nas disputas políticas e sociais contemporâneas, bem como no planejamento urbano: tornam-se a arena, o ‘espaço de aparecer’ desta ‘sociedade em trânsito’. Há uma enorme lacuna na compreensão da arquitetura desta condição – e muitas vezes planejadores, arquitetos e governos usam receitas prontas de “boa urbanidade” na intenção de transformá-la. A presente pesquisa visa contribuir ao propor tanto um método de como descrever arquitetonicamente essa condição; e como o projeto se desenvolve a partir dessa análise. Em particular, a pesquisa constrói um repertório de elementos arquitetônicos em infraestruturas, denominados em conjunto como ‘estado-de-trânsito’, propondo como estes servem como plataformas políticas (EASTERLING, 2014) na condição urbana contemporânea da RMRJ. O presente trabalho apresenta uma parte desta pesquisa: uma análise crítica sobre como os planos urbanísticos recentes para a RMRJ (principalmente o Plano Diretor Metropolitano de 2018 e os cadernos e publicações associadas a esse plano 2016-18) posicionam politicamente as infraestruturas de trânsito. Interrogamos: quais os modelos de mobilidade dão suporte teórico a esses planos? Qual a posição das infraestruturas de trânsito no planejamento mais amplo da metrópole? O trabalho reconhece que há um esforço recente por parte de órgãos públicos de planejamento de reverter o esquema centro-periferia da RMRJ para um ‘arquipélago de centralidades’, aplicando ideias de adensamento urbano reforçadas pela Nova Agenda Urbana da ONU Habitat (2016). Esse esforço busca, entre outros objetivos, fortalecer centralidades existentes da Baixada Fluminense. No entanto, o trabalho aponta que as complexidades dos ‘mares metropolitanos’ da Baixada desafiam essas ‘vontades de cidade compacta’ (FARIAS, 2013). Em particular, o trabalho indica que o planejamento de novas centralidades para a periferia metropolitana vem comumente atrelado a ideias tradicionais de centralidade urbana, geralmente eurocêntricas. Por fim, o trabalho argumenta que, para evitar essa imposição de modelos distantes da realidade material da periferia metropolitana, é preciso portanto saber reciclar as ferramentas de análise e projeto do trânsito metropolitano. Referências: CÂMARA METROPOLITANA DE INTEGRAÇÃO GOVERNAMENTAL. Caderno Metropolitano 2: Centralidades: Perspectivas de Políticas Públicas. Rio de Janeiro: Câmara Metropolitana de Integração Governamental, 2017. v. 2 EASTERLING, K. Extrastatecraft: The power of infrastructure space. London: Verso, 2014. FARIAS, J. A. O projeto urbano ex-cêntrico como instrumento de política urbana. In: COSTA, L. M. S. A.; MACHADO, D. B. P. (Eds.). . Conectividade e resiliência: estratégias de projeto para a metrópole. Rio de Janeiro: Rio Books e PROURB, 2012. p. 223–256. SEBRAE. Mobilidade Urbana e Mercado de Trabalho na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: Estudo Estratégico. Rio de Janeiro: Observatório Sebrae/RJ, 2013. UN HABITAT. The New Urban Agenda. In: World Cities Report 2016 - Urbanization and Development: Emerging Futures. [s.l: s.n.].
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CAPILLÉ, Cauê Costa et al.. A ARQUITETURA DO ESTADO DE TRÂNSITO, PARTE 2: O TRÂNSITO NOS PLANOS URBANOS RECENTES PARA A METRÓPOLE RIO DE JANEIRO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/314968-A-ARQUITETURA-DO-ESTADO-DE-TRANSITO-PARTE-2--O-TRANSITO-NOS-PLANOS-URBANOS-RECENTES-PARA-A-METROPOLE-RIO-DE-JANE. Acesso em: 14/05/2025

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