ANÁLISE DE ANCESTRALIDADE GENÉTICA EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO MISCIGENADA DO RIO DE JANEIRO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
ANÁLISE DE ANCESTRALIDADE GENÉTICA EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO MISCIGENADA DO RIO DE JANEIRO
Autores
  • Daniele de Souza Rodrigues
  • Rosane Silva
  • Rodrigo Soares de Moura Neto
Modalidade
Resumo apresentação oral curta
Área temática
Centro de Ciências da Saúde (CCS)/Genética
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/314847-analise-de-ancestralidade-genetica-em-uma-amostra-da-populacao-miscigenada-do-rio-de-janeiro
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
mtDNA, cromossomo Y,marcadores genéticos, Rio de Janeiro
Resumo
A caracterização da variação genética humana têm sido uma das principais fontes de interesse entre pesquisadores no mundo inteiro. Todavia, em populações altamente miscigenadas, o uso de informações de autodeclaração étnica não é uma alternativa confiável. O genoma do Brasileiro é um exemplo clássico, sendo altamente miscigenado com o DNA mitocondrial (mtDNA) e ancestralidade genômica de diferentes origens. No campo da genética o uso do marcador de microssatélites ou STR (Short Tandem Repeats), que consistem em pequenas sequências de 2 a 5 nucleotídeos repetidas e distribuídas no genoma humano, não se mostra ideal para a análise de amostras forenses por possuir altas taxas de mutação, além de baixa performance em amostras de DNA degradado, o que dificulta a análise de ancestralidade. Uma opção mais segura, seriam os marcadores bialélicos como SNPs (Single Nucleotide polymorphism) que são polimorfismos de um único nucleotídeo, e InDels (Marcadores de Inserção - Deleção), já que possuem uma baixa taxa de mutação. (MOURA-NETO et al., 2017). Temos como objetivos avaliar a heterogeneidade genética da população do Rio de Janeiro, analisando as relações de ascendência com Europeus, Ameríndios e Africanos através da análise de marcadores SNP e Indel no mtDNA (STROBL et al., 2019) e no cromossomo Y (PURP et al., 2014). Selecionamos uma amostra de homens, não relacionados, de origem miscigenada, autoidentificados como Mulatos, da cidade do Rio de Janeiro, provenientes do Serviço de Identificação Genética do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Para fins de análise de haplótipo do cromossomo Y, um total de 58 indivíduos foram analizados como o kit PowerPlex Y (Promega). Em uma amostra de 81 indivíduos foi amplificado e sequenciado a região HVI do mtDNA. Os haplótipos foram definidos através do algorítimo do HaploGrep. Foi aplicado o algoritmo Past para obter a relação geográfica entre as populações, GDA (Genetic Data Analysis) para obter árvore filogenética com base no FST, o software Arlequin para obtenção de parâmetros estatísticos e distância genética. O grupo de Mulatos da cidade do Rio de Janeiro, apresentou a seguinte distribuição por haplogrupos mitocondriais: 11% do A; 6% do B; 1,3% do C; 5% do D; 1,3% do F; 3,5% do H; 2,5% do J; 65,5% do L; 1,3% do Q; 1,3% do T e 1,3% do V. Segundo esta distribuição, 25,92% dos haplogrupos mitocondriais são de origem nativo americana; 8,63% são de origem européia e 65,45% são de origem africana. Em relação aos haplotipos do cromossomo Y, nossos resultados mostraram que na cidade do Rio de Janeiro, aproximadamente, 66% dos haplótipos são europeus, 19% são haplótipos únicos, 8% são haplótipos de populações misturadas e 6% são haplótipos africanos. Os dados apresentados acima nos permitem estabelecer que, dependendo do material genético investigado, as ancestralidades observadas podem ser distintas. A origem matrilínea exibe uma ancestralidade majoritária africana, enquanto a origem patrilínea apresenta uma ancestralidade majoritária européia. Uma análise de marcadores autossômicos poderá esclarecer qual o conjunto de marcadores genéticos devem ser usados para definir a ancestralidade genética de nossa população miscigenada.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RODRIGUES, Daniele de Souza; SILVA, Rosane; NETO, Rodrigo Soares de Moura. ANÁLISE DE ANCESTRALIDADE GENÉTICA EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO MISCIGENADA DO RIO DE JANEIRO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/314847-ANALISE-DE-ANCESTRALIDADE-GENETICA-EM-UMA-AMOSTRA-DA-POPULACAO-MISCIGENADA-DO-RIO-DE-JANEIRO. Acesso em: 30/06/2025

Trabalho

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