O ESPAÇO COMO METÁFORA DA EXCEÇÃO NO ROMANCE BIOGRAFIA DO LÍNGUA, DE MÁRIO LÚCIO SOUSA

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
O ESPAÇO COMO METÁFORA DA EXCEÇÃO NO ROMANCE BIOGRAFIA DO LÍNGUA, DE MÁRIO LÚCIO SOUSA
Autores
  • Pamela de Simas Rodrigues
  • NAZIR AHMED CAN
Modalidade
Resumo apresentação oral curta
Área temática
Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/314770-o-espaco-como-metafora-da-excecao-no-romance-biografia-do-lingua-de-mario-lucio-sousa
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Espaço fictício, Literaturas africanas, Literatura cabo-verdiana, Mário Lúcio Sousa
Resumo
Integrado no projeto “O espaço e a tradução da experiência-limite na ficção de língua portuguesa”, coordenado pelo Prof. Nazir Can, da Faculdade de Letras, a presente comunicação pretende observar os laços entre espaço e exceção no romance Biografia do Língua (2015), do escritor cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa. O autor situa seu romance em uma falésia inominada em local desconhecido, onde um condenado à morte relata a história do escravo Língua aos guardas, atrasando assim sua morte. A construção de um espaço fictício é uma das estratégias a partir das quais o autor atribui à sua narrativa uma espécie de universalidade patente, característica que, no entanto, pode ser problematizada com base em elementos que, em algum nível, operam como delimitadores de um sentido também local, uma vez que fazem referência, direta indiretamente, a uma determinada cultura e aos processos históricos e tradições de certos povos. Ao mesmo tempo, a narrativa alicerça-se em bases históricas que não podem ser completamente descoladas de suas realidades geográficas. Partindo do princípio de que “inferências sociológicas, filosóficas, estruturais, etc., fazem parte de uma interpretação do espaço na obra literária”, e que ela se baseia não só na “análise da vida íntima, mas abrange também a vida social e todas as relações do espaço com a personagem seja no âmbito cultural ou natural” (BORGES FILHO, 2007, p. 33), interessa observar de que modo esses elementos, constitutivos da representação de uma realidade não localizada explicitamente, mas referenciada – através de símbolos mais ou menos recuperáveis – geográfica e historicamente, contribuem para a construção de uma narrativa que alude às realidades africanas e, em particular, ao tráfico negreiro, situação de exceção por excelência. Considerando que as literaturas africanas contemporâneas se ocupam, predominantemente, da recuperação histórica e cultural, “mesmo que tal processo se faça através de uma reinvenção” (CHAVES, 2004, p. 148), veremos de que modo o espaço opera nesta narrativa não somente como um cenário em que se desenrolam as ações, mas também como metáfora da exceção e elemento, em si mesmo, desencadeador de situações-limite. Referências bibliográficas BORGES FILHO, Ozíris. Espaço e literatura: introdução à topoanálise. São Paulo, Ribeirão, 2007. CHAVES, R. (2004). O passado e o presente na literatura africana. Via Atlântica, (7), 147-161.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RODRIGUES, Pamela de Simas; CAN , NAZIR AHMED CAN . O ESPAÇO COMO METÁFORA DA EXCEÇÃO NO ROMANCE BIOGRAFIA DO LÍNGUA, DE MÁRIO LÚCIO SOUSA.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/314770-O-ESPACO-COMO-METAFORA-DA-EXCECAO-NO-ROMANCE-BIOGRAFIA-DO-LINGUA-DE-MARIO-LUCIO-SOUSA. Acesso em: 16/05/2025

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