EXPRESSÃO DE COMPONENTES DA VIA BIOSSINTÉTICA DAS HEXOSAMINAS E OGLCNACILAÇÃO EM PLACENTA DE CAMUNDONGOS INFECTADAS COM VÍRUS DA ZIKA DURANTE A GESTAÇÃO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
EXPRESSÃO DE COMPONENTES DA VIA BIOSSINTÉTICA DAS HEXOSAMINAS E OGLCNACILAÇÃO EM PLACENTA DE CAMUNDONGOS INFECTADAS COM VÍRUS DA ZIKA DURANTE A GESTAÇÃO
Autores
  • Alessandra Cristina Chagas Valim
  • Daniela Pereira Carvalho
  • Sharton Vinicius Antunes Coelho
  • Luciana Barros de Arruda
  • Wagner Barbosa Dias
  • Adriane Regina Todeschini
  • Rakel Kelly Silva Alves
  • Hanailly Ribeiro Gomes
  • Cherley Borba Vieira de Andrade
  • Tânia Maria Ruffoni Ortiga
  • Verônica Müller de Oliveira Nascimento
  • Ronny Paiva Campos de Sousa
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências da Saúde (CCS)/Fisiologia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/314467-expressao-de-componentes-da-via-biossintetica-das-hexosaminas-e-oglcnacilacao-em-placenta-de-camundongos-infectad
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
O-glicosilação, Via Biossintética das Hexosaminas, Zika Vírus, Placenta.
Resumo
Simultaneamente ao surto de Zika no Brasil em 2015, foi observado aumento no número de recém-nascidos com microcefalia e outras alterações congênitas. Estudos comprovaram que esses eventos estão relacionados, caracterizando a Síndrome Congênita da Zika (Campos et al., 2015). Contudo, os mecanismos que medeiam esses efeitos ainda são desconhecidos. Baseando-se no papel da placenta em suprir as necessidades fisiológicas do feto durante a gestação, avaliamos a expressão de biomarcadores produzidos pela via de biossíntese das Hexosaminas e OGlcNAcilação placentária (componentes considerados sensores metabólicos) em camundongos infectadas durante a gestação, tendo o objetivo de analisar o impacto da infecção pelo vírus da Zika na placenta (Lima et al., 2011). Todos os procedimentos foram aprovados sob protocolo n° 036/16, CEUA/UFRJ. No dia E12.5 de prenhez, as fêmeas do grupo ZIKA foram infectadas com o vírus ZIKVBRPE via intracaudal: 10³ PFU, DB (dose baixa) de ZIKV e 5x107 PFU, DA (dose alta) de ZIKV. No grupo CT (controle) foi realizada a administração do meio de cultivo sem as partículas virais. As fêmeas controle e ZIKA foram submetidas à eutanásia em E18.5 e a carga viral foi avaliada. Placentas e fetos foram coletados para análises moleculares e foi realizada a sexagem dos mesmos a fim de separar as placentas de fêmeas e machos, devido ao efeito sexo-específico de alguns biomarcadores (Howerton et al., 2013). A sexagem foi determinada por inspeção visual da distância anogenital ou através de PCR convencional. Avaliamos através de Western Blotting os níveis das enzimas glucosamina 6-fosfato (GFAT-1), O- GlcNAc transferase (OGT), O- GlcNAcase (OGA) e O-GlcNac nas placentas de fetos fêmeas e machos. Neste modelo, não se detectou partículas virais nos cérebros fetais da prole, apenas nas placentas e baços das mães infectadas. A massa das placentas (CT: 0,10 ± 0,003g, ZIKV DB: 0,08 ± 0,006g, ZIKV DA: 0,08 ± 0,008g) e massa corporal total de fetos (CT: 0,74 ± 0,05g, ZIKV DB: 0,62 ± 0,02g, ZIKV DA: 0,72 ± 0,03g) os quais as mães foram infectadas com ZIKV durante a prenhez estavam reduzidas em relação ao grupo controle, sugerindo que a eficiência placentária foi reduzida em placentas de mães infectadas. A proteína GFAT1, enzima que limita o fluxo de glicose para Via de Biossíntese das Hexosaminas, parece ter maior expressão em placentas de mães infectadas com ZIKV tanto em fetos fêmeas, como em machos (CT M: 85,49 ± 10,07%, ZIKV DB M: 154,7 ± 37,91%, ZIKV DA M: 144,2 ± 29,43%, CT F: 100,0 ± 3,02%, ZIKV DB F: 100,5 ± 38,30%, ZIKV DA F: 112,2 ± 39,49%). O açúcar O-GlcNac foi se mostrou reduzido na placenta de fêmeas de mães infectadas em relação ao grupo controle (CT: 100,0 ± 12,70%, ZIKV DB: 49,87 ± 12,48%, ZIKV DA: 9,97 ± 5,78%). O conjunto desses achados, ainda que preliminares, indicam que estão ocorrendo modificações em vias e em mecanismos que controlam o aporte nutricional placentário, alterações que podem afetar o desenvolvimento fetal. Referências CAMPOS, G. S. et al. Zika virus outbreak, Bahia, Brazil. Emerging Infectious Diseases, v. 21, p. 1885-1886, 2015. ISSN 1080-6059 (Eletronic) HOWERTON, C. L. et al. O-GlcNAc transferase (OGT) as a placental biomarker of maternal stress and reprogramming of CNS gene transcription in development. Proc Natl Acad Sci U S A, v. 110, n. 13, p. 5169-74, Mar 26 2013. ISSN 1091-6490 (Electronic) LIMA, V. V. et al. O-GlcNAcylation: A novel pathway contributing to the effects of endothelin in the vasculature. American Journal of Physiology - Regulatory Integrative and Comparative Physiology, v. 300, p. 236-251, 2011. ISSN 0363-6119 (Eletronic)
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VALIM, Alessandra Cristina Chagas et al.. EXPRESSÃO DE COMPONENTES DA VIA BIOSSINTÉTICA DAS HEXOSAMINAS E OGLCNACILAÇÃO EM PLACENTA DE CAMUNDONGOS INFECTADAS COM VÍRUS DA ZIKA DURANTE A GESTAÇÃO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/314467-EXPRESSAO-DE-COMPONENTES-DA-VIA-BIOSSINTETICA-DAS-HEXOSAMINAS-E-OGLCNACILACAO-EM-PLACENTA-DE-CAMUNDONGOS-INFECTAD. Acesso em: 04/07/2025

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