EFEITOS DA ESTRATÉGIA DE FLUIDOS DURANTE A VENTILAÇÃO COM ALTA E BAIXA PRESSÃO POSITIVA AO FINAL DA EXPIRAÇÃO NO DANO PULMONAR E RENAL EM MODELO DE SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

DOI
10.29327/131086.1-50  
Título do Trabalho
EFEITOS DA ESTRATÉGIA DE FLUIDOS DURANTE A VENTILAÇÃO COM ALTA E BAIXA PRESSÃO POSITIVA AO FINAL DA EXPIRAÇÃO NO DANO PULMONAR E RENAL EM MODELO DE SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO
Autores
  • Letícia Almeida da Silva
  • Ligia de Albuquerque Maia
  • Nazareth de Novaes Rocha
  • Gisele Camargo Rodrigues
  • Mariana Coelho Silva
  • Paolo Pelosi
  • Patricia Rieken Macêdo Rocco
  • Pedro Leme Silva
  • Nathane Santanna Felix
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências da Saúde (CCS)/Fisiologia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/314158-efeitos-da-estrategia-de-fluidos-durante-a-ventilacao-com-alta-e-baixa-pressao-positiva-ao-final-da-expiracao-no-
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
fluidos, ventilação, SDRA, PEEP.
Resumo
A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é caracterizada por aumento da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar (MATTHAY et al., 2012). Desta forma, a infusão de fluidos deve ser controlada. A estratégia conservadora de infusão de fluidos promove melhor troca gasosa e menor tempo de ventilação mecânica (GATTINONI et al., 2014). Em relação à ventilação protetora, única terapia até o momento capaz de reduzir a mortalidade de pacientes com SDRA, baseia-se em baixo volume corrente (VT ? 6mL/kg de peso corporal) e pressão expiratória final (PEEP) adequada de forma a reduzir a lesão pulmonar induzida pelo ventilador (VILI) (AMATO et al., 2015). Não há um consenso sobre o uso da pressão positiva ao final da expiração (PEEP) adequada para pacientes com SDRA aliado a estratégia de infusão de fluidos. Sabe-se que a PEEP estabiliza os alvéolos, porém junto com o aumento da pressão alveolar há elevação da pós-carga do ventrículo direito, o que reduz o retorno venoso e pode prejudicar a perfusão de órgãos distais. Entretanto, um mecanismo pouco explorado é que o efeito cardiopulmonar negativo de altos valores de PEEP possa ser atenuado pelo edema alveolar e baixa complacência pulmonar presentes na SDRA. Diante disso, levantou-se a hipótese de que na presença de alta infusão de fluidos e edema alveolar, os efeitos cardiopulmonares negativos de altos níveis de PEEP possam ser mitigados na SDRA experimental. Objetivo: Comparar o impacto de distintas estratégias de administração de fluidos em diferentes níveis de PEEP no funcionamento cardíaco, pulmonar e renal. Metodologia: Vinte e oito ratos Wistar machos (335 ±31g) receberam instilação intratraqueal de lipopolissacarídeo de E. coli (LPS) (9,6 x 106 EU/mL) para a indução de SDRA. Após 24 horas, eles foram anestesiados, ventilados com VT protetor (6mL/kg) e randomizados em grupos LOW (5mL/kg/h) e HIGH (20mL/kg/h) correspondendo a estratégia de infusão de fluidos. Esses grupos serão expostos a níveis baixos de PEEP (3cmH2O) ou altos de PEEP (9cmH2O) por 1 hora (n=7/grupo). Ecocardiografia, gasometria do sangue arterial e mecânica respiratória foram verificados ao longo do experimento. Pulmões e rins foram removidos para análise. Resultados: Os resultados ainda são preliminares. Oxigenação arterial não apresentou diferença significativa entre os grupos. Pressões de pico e média nas vias aéreas foi maior em PEEP 9 do que em PEEP 3, independente da administração de fluidos. Em HIGH, volume sistólico do ventrículo direito foi menor em PEEP 9 que em PEEP 3 (p=0,048). Em HIGH, a expressão de fator de necrose tumoral (TNF)-a em tecido pulmonar (p=0,015) assim como a expressão de molécula de injúria renal (KIM-1) e lipocalina associada a gelatinase neutrofílica (NGAL) em tecido renal, estavam menores em PEEP9 do que em PEEP3 (p=0,028 e p=0,023, respectivamente). Conclusão: Neste modelo de SDRA, vemos que alta PEEP reduz danos nos pulmões e nos rins quando usado em conjunto a estratégia liberal de fluido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AMATO, M. B. et al. Driving pressure and survival in the acute respiratory distress syndrome. N Engl J Med, v. 372, n. 8, p. 747-55, Feb 19 2015. GATTINONI, L. et al. Fluids in ARDS: from onset through recovery. Curr Opin Crit Care, v. 20, n. 4, p. 373-7, Aug 2014. MATTHAY, M. A. et al. The acute respiratory distress syndrome. J Clin Invest, v. 122, n. 8, p. 2731-40, Aug 2012.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
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Como citar

SILVA, Letícia Almeida da et al.. EFEITOS DA ESTRATÉGIA DE FLUIDOS DURANTE A VENTILAÇÃO COM ALTA E BAIXA PRESSÃO POSITIVA AO FINAL DA EXPIRAÇÃO NO DANO PULMONAR E RENAL EM MODELO DE SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/314158-EFEITOS-DA-ESTRATEGIA-DE-FLUIDOS-DURANTE-A-VENTILACAO-COM-ALTA-E-BAIXA-PRESSAO-POSITIVA-AO-FINAL-DA-EXPIRACAO-NO-. Acesso em: 04/07/2025

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