O TRANSPLANTE DE MITOCÔNDRIAS ISOLADAS DE CÉLULAS ESTROMAIS MESENQUIMAIS REDUZ A LESÃO PULMONAR E DE ÓRGÃO DISTAL EM SEPSE EXPERIMENTAL

Juliana Borges Vieira; Luiza Rachel Pinheiro de Carvalho; Soraia Carvalho Abreu; Ligia Lins; Luisa Helena Andrade da Silva; Paula Mattos da Silva; Renata Trabach Santos; Marianna Ribeiro Cabral; Pedro Leme Silva; Fernanda Ferreira Cruz; Patricia Rieken Macêdo Rocco

Título do Trabalho

Autores

Juliana Borges Vieira
Luiza Rachel Pinheiro de Carvalho
Soraia Carvalho Abreu
Ligia Lins
Luisa Helena Andrade da Silva
Paula Mattos da Silva
Renata Trabach Santos
Marianna Ribeiro Cabral
Pedro Leme Silva
Fernanda Ferreira Cruz
Patricia Rieken Macêdo Rocco

Modalidade

Resumo apresentação oral padrão

Área temática

Centro de Ciências de Saúde (CCS)/Medicina Regenerativa

Data de Publicação

22/03/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/313532-o-transplante-de-mitocondrias-isoladas-de-celulas-estromais-mesenquimais-reduz-a-lesao-pulmonar-e-de-orgao-distal

ISBN

978-65-5941-128-3

Palavras-Chave

sepse, células-tronco mesenquimais, mitocôndrias

Resumo

A sepse é a principal causa de internações em CTIs e possui alta taxa de mortalidade. Em relação à fisiopatologia, observa-se um desequilíbrio da resposta imunológica a uma infecção. Logo, a terapia com células-tronco mesenquimais (MSCs) destaca-se como uma alternativa terapêutica. Entretanto, na administração intravenosa, cerca de 90% das MSCs ficam retidas nos pulmões e outros órgãos, além de haver alto risco para tromboembolismo pulmonar (EZQUER et al., 2018). A fim de driblar estas limitações, a terapia acelular com produtos biologicamente ativos surge como uma possibilidade terapêutica (PALIWAL et al., 2018). Estudos relataram transferência mitocondrial in vivo de MSCs para células epiteliais alveolares e brônquicas (ISLAM et al., 2012). Contudo, ainda é desconhecido seu impacto sobre propriedades bactericida e inflamatória. Assim, hipotetizamos se a administração isolada de mitocôndrias derivadas de MSCs melhoraria a lesão orgânica em modelo murino de sepse. O objetivo, então, foi investigar efeitos da administração sistêmica de mitocôndrias sobre mediadores químicos, taxa de sobrevida e injúria orgânica. Para isso, realizaram-se ensaios in vivo com camundongos C57Bl6, divididos em grupo controle (Sham), grupo sepse 24 horas (CLP) e grupo sepse com mito-tratamento 24 horas (CLP-mito, mitocôndrias derivadas de 3x106 MSCs). A expressão de mediadores foi analisada por RT-PCR. Enquanto a injúria orgânica foi avaliada por histologia. Como resultados finais, observou-se uma sobrevivência aumentada em 89% no grupo CLP-mito comparado ao CLP. Em relação aos mediadores no tecido pulmonar, houve redução da expressão de mRNA de IL-1ß, KC, IDO-2 e PD-1, enquanto houve aumento de KGF no CLP-mito em comparação ao CLP. Ademais, análises de morfometria pulmonar demonstraram redução significativa do colapso alveolar após o mito-tratamento (27.7%) comparado ao CLP (46.5%). Análises de quantificação de células polimorfonucleares (PMN), demostraram o aumento de células PMN em pulmões de animais sépticos (16.6%), sendo esses revertidos após o tratamento mitocondrial (8.2%). No que tange a avaliação renal, houve aumento dos níveis de IL-18, NRF-2 e SOD do grupo CLP-mito comparado ao CLP. Foi observado também o aumento do dano de borda em escova e do edema no grupo CLP (score 3.1 e 16.1%, respectivamente), retornando a níveis Sham após mito-tratamento (score 1.1 e 9.3%, respectivamente). Em relação às alterações hepáticas, houve redução de mRNA em IL-6, IDO-2 e PD-1 do CLP-mito comparado ao grupo CLP. Houve aumento de mRNA IL-10 comparado ao grupo CLP e Sham. Além disso, o transplante de mitocôndrias foi eficiente em reduzir a vacuolização do grupo CLP-mito comparado ao CLP (score 2.7 vs 3.6, respectivamente), porém não na contagem de células inflamatórias (23.4% vs 24.5%, respectivamente). Dessa forma, o presente trabalho demonstrou que o tratamento mitocondrial foi capaz de mitigar a disfunção orgânica na sepse experimental, além de melhorar a taxa de sobrevida. EZQUER, F. et al. Intravenous administration of anti-inflammatory mesenchymal stem cell spheroids reduces chronic alcohol intake and abolishes binge drinking. Sci Rep, 2018. v. 8, p.4325. ISLAM, M. N. et al. Mitochondrial Transfer From Bone-Marrow-Derived Stromal Cells to Pulmonary Alveoli Protects Against Acute Lung Injury. Nat Med, 2012. v. 18, p. 759-765. PALIWAL, S. et al. Regenerative Abilities of Mesenchymal Stem Cells Through Mitochondrial Transfer. J Biomed Sci, 2018. v. 25, n.31.

Título do Evento: XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

VIEIRA, Juliana Borges et al.. O TRANSPLANTE DE MITOCÔNDRIAS ISOLADAS DE CÉLULAS ESTROMAIS MESENQUIMAIS REDUZ A LESÃO PULMONAR E DE ÓRGÃO DISTAL EM SEPSE EXPERIMENTAL.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/313532-O-TRANSPLANTE-DE-MITOCONDRIAS-ISOLADAS-DE-CELULAS-ESTROMAIS-MESENQUIMAIS-REDUZ-A-LESAO-PULMONAR-E-DE-ORGAO-DISTAL. Acesso em: 16/05/2025