ANATOMIA FLORAL DE CLUSIA ORGANENSIS (CLUSIACEAE)

Barbara de Sá Haiad; Camila Raposo Soares

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Trabalho

Título do Trabalho

ANATOMIA FLORAL DE CLUSIA ORGANENSIS (CLUSIACEAE)

Autores

Barbara de Sá Haiad
Camila Raposo Soares

Modalidade

Resumo apresentação oral curta

Área temática

Fórum de Ciência e Cultura (FCC)/Botânica

Data de Publicação

22/03/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/313330-anatomia-floral-de-clusia-organensis-(clusiaceae)

ISBN

978-65-5941-128-3

Palavras-Chave

dioicia, resina, flor, estrutura

Resumo

A família Clusiaceae é particularmente interessante para o estudo da diversificação floral por exibir enorme diversidade de formas florais e modos de polinização (Gustafsson et al., 2002). O gênero neotropical Clusia é considerado o maior de Clusiaceae, com cerca 300-400 espécies distribuídas desde a Flórida, nos Estados Unidos, até Rio Grande do Sul, no Brasil (Flora do Brasil 2020). Apesar de algumas espécies apresentarem néctar ou pólen como recurso para os polinizadores, a maioria secreta resina. A produção de resina floral é incomum nas angiospermas, sendo considerada rara e atraindo polinizadores específicos (Carmo & Franceschinelli, 2002). As resinas florais geralmente são coletadas por abelhas fêmeas sociais que as usam com a finalidade de forrar seus ninhos, onde agem como um impermeabilizante de lenta decomposição e de ação antimicrobiana. Clusia organensis Planch. & Triana, espécie arbustiva, dióica e endêmica do Brasil, ocorre na região Sudeste, nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo (Flora do Brasil 2020) e possui flores aparentemente resiníferas. Objetiva-se, através de análises anatômicas, responder às perguntas: o recurso oferecido aos polinizadores pelas flores unissexuadas de C. organensis é a resina? Quais os sítios de produção da resina nestas flores? Botões florais e flores, estaminados e pistilados, foram coletados no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ, Brasil), fixados, emblocados em Historesin® e estão sendo seccionados com navalha de vidro em micrótomo rotativo. Os resultados aqui apresentados são preliminares. As flores de C. organensis estão dispostas em dicásios; são pediceladas e possuem 4 sépalas esverdeadas e 5-6 pétalas vermelho-escuro com manchas esbranquiçadas ou vermelho-escuro com manchas vermelho-amareladas ou ainda esbranquiçadas com manchas vermelho-escuro, dependendo do indivíduo. Flores estaminadas possuem estames livres, alaranjados que circundam o pistilódio branco. Flores pistiladas possuem estaminódios alaranjados circundando o gineceu branco. Os frutos são obovados, deiscentes, verdes quando jovens e avermelhados na maturidade, com os estigmas persistentes no fruto, porém colapsados. São cápsulas septifragas, abrindo-se em 5 valvas, com muitas sementes. As sementes possuem um arilo alaranjado e são, por vezes, dispersas por formigas. O pedicelo apresenta epiderme uniestratificada, formada por células de contorno quadrangular a retangular, com cutícula espessa formando flanges que penetram nas paredes anticlinais. A região cortical é composta por estratos de parênquima onde são encontrados cavidades secretoras e idioblastos drusíferos. O sistema vascular, composto por feixes colaterais, está disposto em anel e é acompanhado de uma bainha amilífera. A região medular possui células de parênquima, cavidades secretoras e idioblastos drusíferos. As cavidades encontram- se em estádio pós-secretor apresentando epitélio praticamente colapsado e lúmen. Tais cavidades também foram encontradas em pétalas e filetes. Referências Bibliográficas: Carmo, R. M.; Franceschinelli, E. V. Polinização e biologia floral de Clusia arrudae Planchon & Triana (Clusiaceae) na Serra da Calçada, município de Brumadinho, MG.Brazilian Journal of Botany, 2002. v. 25, n. 3, p.351-360. Clusia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6830>. Acesso em: 22 nov. 2020 Gustafsson, M.H.G.; Bittrich, V. & Stevens, P.F. 2002. Phylogeny of Clusiaceae based on rbcL sequences. International Journal of Plant Science, 2002. v. 163, p. 1045-1054.

Título do Evento: XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

HAIAD, Barbara de Sá; SOARES, Camila Raposo. ANATOMIA FLORAL DE CLUSIA ORGANENSIS (CLUSIACEAE).. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/313330-ANATOMIA-FLORAL-DE-CLUSIA-ORGANENSIS-(CLUSIACEAE). Acesso em: 19/08/2025