LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA HOJE: QUESTÕES PRELIMINARES PARA A DEFINIÇÃO DE UM CAMPO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA HOJE: QUESTÕES PRELIMINARES PARA A DEFINIÇÃO DE UM CAMPO
Autores
  • Jéssica Rabelo
  • João Camillo Penna
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/313289-literatura-indigena-brasileira-hoje--questoes-preliminares-para-a-definicao-de-um-campo
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
literatura indígena, identidade, escrita, Kaká Werá, Daniel Munduruku, e Yguarê Yamã
Resumo
A união dos termos "literatura" e "indígena" exige imediatamente uma reflexão sobre a fluidez das identidades. Algum estranhamento pode surgir. “‘Índio’ escreve?”. Esta indagação leva a um questionamento mais fundamental: a aquisição de uma característica não-indígena – escrita ou fala de língua oficial, propriedade de um carro ou celular – é uma fragilidade no constructo da identidade indígena? O senso comum busca fixar identidades, considerando, portanto, a troca, a aquisição de aspectos externos pelo contato intersubjetivo, como uma fragilidade do constructo subjetivo indígena. Primeiramente, porque considera as identidades como entidades fixas, imóveis, não como um processo. O pensamento moderno e o discurso dominante impõem, aos povos originários, definições estáticas e estereotípicas que servem à manutenção da dominação. São imagens coloniais, ligadas a uma vivência passada, que exclui os povos originários da sociedade atual e o confinam ao museu, ao livro estanque de uma etnografia clássica conservadora. Aprender a escrever seria adequar-se, afastar-se de uma cultura original, o que significaria uma fragilidade na sua identificação como indígena. É vetado aos índios a adequação a alguns aspectos da modernidade, dentre elas a escrita, considerando-se que isso significaria a perda de sua identidade. Ora, o acesso à modernidade é um direito de (sobre)vivência de todos os seres vivos. Esta comunicação vai a contrapelo dessas fórmulas, detendo-se sobre as experiências escritas de alguns índios escritores: Kaká Werá, Daniel Munduruku, e Yguarê Yamã, tentando entender a maneira como se manifestam hoje essas novas vozes da literatura brasileira marcadas pela pedagogia e pela militância. Referências bibliográficas ARRUDA, Rinaldo Sérgio Vieira. Imagens do índio: signos da intolerância. In: GRUPIONI, Luís Donisete Benzi; VIDAL, Lux Boelitz; FISCHMANN, Roseli. Povos indígenas e tolerância: construindo práticas de respeito e solidariedade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001. JECUPÉ, Kaka Werá. Oré awé roiru’a ma – Todas as vezes que dissemos adeus – Whenever we said goodbye. São Paulo: TRIOM, 2002. KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras, São Paulo, 2019.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RABELO, Jéssica; PENNA, João Camillo. LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA HOJE: QUESTÕES PRELIMINARES PARA A DEFINIÇÃO DE UM CAMPO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/313289-LITERATURA-INDIGENA-BRASILEIRA-HOJE--QUESTOES-PRELIMINARES-PARA-A-DEFINICAO-DE-UM-CAMPO. Acesso em: 21/07/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes