O PAPEL EVOLUTIVO DOS FAGÓCITOS DURANTE A REGENERAÇÃO DE TECIDOS E ÓRGÃOS

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
O PAPEL EVOLUTIVO DOS FAGÓCITOS DURANTE A REGENERAÇÃO DE TECIDOS E ÓRGÃOS
Autores
  • Felipe matheus ribeiro de lima
  • Katia Carneiro de Paula
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências de Saúde (CCS)/Medicina Regenerativa
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/312480-o-papel-evolutivo-dos-fagocitos-durante-a-regeneracao-de-tecidos-e-orgaos
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
regeneração; inflamação; epigenética; fagócitos
Resumo
Introdução Fagócitos são células altamente plásticas e dinâmicas que participam de diversos programas homeostáticos ao longo da derivação filogenética dos metazoários, desempenhando papéis relevantes tanto durante a organogênese embrionária quanto durante a regeneração de tecidos e órgãos na vida adulta. Embora os fagócitos tenham recebido notoriedade como elementos indispensáveis da resposta imunológica inata, seu papel como moduladores centrais da regeneração ganhou destaque na literatura apenas recentemente. Dentro dessa noção, também é constatado que os metazoários apresentam estratégias regenerativas diversas, nas quais animais menos derivados costumam possuir programas regenerativos bastante poderosos que promovem a reconstituição de tecidos, órgãos e apêndices. Sendo assim, observando que fagócitos são centrais para a modulação de programas de retorno à homeostase extremamente distintos, como a regeneração de alguns anfíbios e a cicatrização dos mamíferos, se torna interessante investigar o papel dessa linhagem celular ao longo da derivação dos metazoários. Objetivo Esse estudo tem como objetivo discutir a origem e ontogenia das células fagocíticas, ou fagócitos, com ênfase no papel que desempenham durante o retorno à homeostase após eventos de injúria, com foco na regeneração de tecidos e órgãos através de revisão bibliográfica. Deste modo, revisamos na literatura os mecanismos que sustentam tal capacidade típica dos fagócitos, olhando com especial interesse para a maquinaria epigenética, uma vez que é bastante conservada ao longo da evolução dos metazoários ao mesmo tempo que é a responsável por orquestrar as diferentes respostas de regeneração encontradas dentre os diferentes filos. Resultados e Discussão A fagocitose é uma ferramenta que, possivelmente, se originou no domínio Archaea. Dentre os eucariotos, amebócitos de vida livre mobilizaram a fagocitose em uma forma de captação nutricional, algo que, ao longo da derivação do domínio Eukarya, foi ressignificado por indivíduos multicelulares em uma estratégia de contenção de patógenos. Nesse contexto, fagócitos demonstram ser um fenótipo celular bastante antigo entre os metazoários, sendo presentes de poríferos até cordados. Destacadamente, para além da captação nutricional, em metazoários, linhagens fagocíticas são centrais para programas imunológicos e homeostáticos. Particularmente, evidencia-se que os cordados, gradativamente, especializaram linhagens fagocíticas de modo a delimitar um sistema imune celular inato. Assim, cordados basais, como as ascídias, exibem os primórdios da linhagem de fagócitos mielóides também comuns à imunidade de cordados mais derivados, como os vertebrados. Mielócitos, como neutrófilos e monócitos, assim, se consolidaram como agentes inflamatórios e promotores da regeneração em cordados, sobretudo em vertebrados. Deste modo, ao longo da derivação dos vertebrados, é evidenciado que o ganho de poder inflamatório ocorreu em paralelo à perda gradativa de capacidade regenerativa. Nesse contexto, vertebrados basais, como os anfíbios, são capazes de regenerar estruturas complexas, como apêndices, enquanto que vertebrados mais derivados, como os mamíferos, regeneram apenas a nível histológico; optando pela cicatrização, em alguns casos. Contudo, embora os vertebrados detenham poderes regenerativos diversos, é evidenciada uma sobreposição de agentes celulares durante o retorno à homeostase, aonde os fagócitos mielóides aparentam ser indispensáveis. Ademais, a literatura sugere que a regeneração seja uma recapitulação de eventos embrionários, algo que é relevante à medida que fagócitos mielóides primitivos são promotores da organogênese em vertebrados. Sendo assim, propomos que o aprofundamento da compreensão dos mecanismos que conferem plasticidade funcional e fenotípica a esses fagócitos ao longo da evolução em vertebrados é de extremo interesse por abrir portas para translação para clínica humana, com foco na Medicina Regenerativa.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Felipe matheus ribeiro de; PAULA, Katia Carneiro de. O PAPEL EVOLUTIVO DOS FAGÓCITOS DURANTE A REGENERAÇÃO DE TECIDOS E ÓRGÃOS.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/312480-O-PAPEL-EVOLUTIVO-DOS-FAGOCITOS-DURANTE-A-REGENERACAO-DE-TECIDOS-E-ORGAOS. Acesso em: 18/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes